O Enigma da Pálpebra que Pulsa: Desvendando a Mioclonia Palpebral
Olá, leitores. Como oftalmologista, uma das queixas mais comuns que ouço em meu consultório não envolve perda de visão, óculos ou doenças complexas, mas sim
Neste portal você encontrará, informações sobre causas, consequências e tratamentos. Relacionado a saúde ocular. Todo feitos por um referência nacional em oftalmologia infantil e estrabismo.
A oftalmologista infantil Dra. Iara Debert

Olá, leitores. Como oftalmologista, uma das queixas mais comuns que ouço em meu consultório não envolve perda de visão, óculos ou doenças complexas, mas sim
Iara DebertOftalmologia Pediátrica e EstrabismoJulho de 2025 Introdução O estrabismo infantil afeta cerca de 2 a 5% das crianças globalmente e, se não tratado precocemente,
Iara DebertEspecialidade: Oftalmologia Pediátrica e Estrabismo Introdução O estrabismo infantil é uma condição que, se não tratada adequadamente, pode levar a problevisuais permanentes, como ambliopia
Olá, leitores. Como oftalmologista, uma das queixas mais comuns que ouço em meu consultório não envolve perda de visão, óculos ou doenças complexas, mas sim
Iara DebertOftalmologia Pediátrica e EstrabismoJulho de 2025 Introdução O estrabismo infantil afeta cerca de 2 a 5% das crianças globalmente e, se não tratado precocemente,
Iara DebertEspecialidade: Oftalmologia Pediátrica e Estrabismo Introdução O estrabismo infantil é uma condição que, se não tratada adequadamente, pode levar a problevisuais permanentes, como ambliopia
Cuidar da visão das crianças é essencial para garantir um desenvolvimento saudável e pleno. A visão desempenha um papel crucial no aprendizado, na coordenação motora,
Introdução: A ambliopia, conhecida popularmente como “olho preguiçoso”, é uma condição oftalmológica que afeta cerca de 2 a 3% da população infantil. Caracteriza-se pela redução da acuidade visual em um ou ambos os olhos, mesmo com a melhor correção óptica (óculos ou lentes de contato). A condição se desenvolve durante a infância, período crítico para a formação e o amadurecimento das vias visuais. Se não diagnosticada e tratada precocemente, pode levar a uma perda de visão permanente e comprometer significativamente a qualidade de vida. Neste guia completo, exploraremos em detalhes as causas, os sintomas, o diagnóstico, os tratamentos e as formas de prevenção da ambliopia, fornecendo informações valiosas para pais, responsáveis e profissionais de saúde.
A ambliopia não é um problema estrutural do olho em si, mas sim um problema de desenvolvimento da via visual entre o olho e o cérebro. Durante a infância, o cérebro aprende a interpretar os sinais visuais recebidos de ambos os olhos. Quando um dos olhos recebe imagens embaçadas, distorcidas ou desalinhadas, o cérebro tende a suprimir a imagem desse olho para evitar confusão. Com o tempo, essa supressão contínua leva ao enfraquecimento da via visual do olho suprimido, resultando em ambliopia. É como se o cérebro “desligasse” um dos olhos, impedindo seu desenvolvimento visual adequado.
A ambliopia pode ter várias causas, e entender sua origem é essencial para determinar o tratamento mais eficaz. As principais causas incluem diversos fatores que interferem no desenvolvimento normal da visão durante a infância e visão adulta.
Ambliopia causada por estrabismo (Ambliopia Estrabísmica): É a causa mais comum de ambliopia, representando cerca de 50% dos casos. O desalinhamento dos olhos (estrabismo) impede que o cérebro receba as mesmas imagens de ambos os olhos, levando à supressão da imagem de um dos olhos. A esotropia (desvio para dentro) é o tipo mais associado à ambliopia
Ambliopia causada por erros de refração (Ambliopia Anisometrópica e Ambliopia por Ametropia): Erros de refração não corrigidos ou com grande diferença entre os olhos (anisometropia) causam imagens embaçadas ou distorcidas que chegam ao cérebro. A anisometropia é uma causa comum e muitas vezes não é percebida pelos pais. Por exemplo, se um olho tem uma visão normal e o outro apresenta alta miopia, o cérebro pode priorizar o olho com melhor visão, levando à ambliopia no olho menos utilizado.
Ambliopia causada por bloqueio ou diminuição da visão (Ambliopia ex anopsia ou Ambliopia por Privação): Qualquer condição que impeça a entrada de luz no olho durante a infância pode causar ambliopia. As causas mais comuns são catarata congênita (opacidade do cristalino presente ao nascimento), ptose palpebral (pálpebra caída) e cicatrizes na córnea. Exemplos incluem catarata congênita, ptose (queda da pálpebra) ou lesões oculares. Esse bloqueio impede o desenvolvimento normal da visão durante a infância.
A ambliopia é mais comum em crianças, especialmente entre 6 meses e 7 anos de idade, período crítico para o desenvolvimento visual. Durante essa fase, o cérebro aprende a processar informações visuais e qualquer interrupção pode levar ao desenvolvimento de ambliopia. Estudos mostram que a detecção precoce é crucial, pois o cérebro infantil é altamente plástico, ou seja, capaz de se adaptar e corrigir problemas visuais com intervenção adequada. No entanto, se a ambliopia não for tratada até os 8-10 anos de idade, as chances de recuperação completa significativamente.
Embora a ambliopia seja mais frequentemente associada à infância, ela também pode afetar adultos. Em alguns casos, a condição não foi diagnosticada na infância ou o tratamento inicial não foi bem-sucedido. Em adultos, o tratamento pode ser mais desafiador devido à menor plasticidade cerebral. No entanto, avanços recentes, como terapias de reabilitação visual e uso de tecnologias específicas, têm mostrado resultados promissores.

Para entender plenamente a ambliopia, é fundamental mergulhar nas especificidades de cada uma de suas causas, compreendendo os mecanismos pelos quais elas afetam o desenvolvimento visual.
Ambliopia Estrabísmica: O Estrabismo, como um ponto de partida para a Ambliopia.
A ambliopia estrabísmica é a forma mais comum, representando aproximadamente metade de todos os casos. Essa condição surge quando há um desalinhamento dos olhos, conhecido como estrabismo. Em vez de ambos os olhos apontarem para o mesmo ponto no espaço, um olho se desvia para dentro (esotropia), para fora (exotropia), para cima (hipertropia) ou para baixo (hipotropia).
Mecanismo: Essa divergência na direção dos olhos resulta em duas imagens diferentes sendo enviadas ao cérebro. Incapaz de processar duas imagens distintas, o cérebro começa a suprimir a imagem proveniente do olho desalinhado para evitar a diplopia (visão dupla). Com o tempo, essa supressão contínua leva à da via visual do olho desviado, resultando na ambliopia.
Exemplo Prático: Uma criança com esotropia congênita, onde um olho está constantemente desviado para dentro, terá uma forte tendência a desenvolver ambliopia nesse olho. O cérebro, ao priorizar a imagem nítida do olho alinhado, negligencia o outro, comprometendo seu desenvolvimento visual.
Ambliopia Anisometrópica: A Diferença que Prejudica a Visão.
Anisometropia refere-se a uma diferença significativa no erro refrativo entre os dois olhos. Isso significa que um olho pode ter miopia (dificuldade para enxergar de longe), hipermetropia (dificuldade para enxergar de perto) ou astigmatismo (visão distorcida) em um grau diferente do outro olho.
Mecanismo: Essa disparidade nos erros de refração causa uma diferença na nitidez das imagens que chegam ao cérebro. O olho com menor erro de refração enviará uma imagem clara, enquanto o olho com maior erro refrativo enviará uma imagem embaçada. Novamente, o cérebro tende a favorecer a imagem mais nítida e suprimir a mais embaçada, levando à ambliopia no olho com maior erro refrativo.
Exemplo Prático: Uma criança com +1,00 dioptrias de hipermetropia em um olho e +4,00 dioptrias no outro terá uma grande disparidade na capacidade de focar objetos próximos. O cérebro, ao privilegiar a imagem mais nítida, suprime a imagem do olho com maior hipermetropia, resultando em ambliopia anisometrópica.
Ambliopia por Ametropia (Refracional): A Falta de Foco Bilateral.
Diferente da anisometropia, a ambliopia por ametropia ocorre quando ambos os olhos apresentam altos erros refrativos (miopia, hipermetropia ou astigmatismo) que não são corrigidos.
Mecanismo: A ausência de correção óptica adequada resulta em imagens constantemente embaçadas chegando ao cérebro. Embora ambos os olhos estejam enviando imagens de qualidade inferior, a falta de nitidez impede o desenvolvimento visual normal.
Exemplo Prático: Uma criança com +6,00 dioptrias de hipermetropia em ambos os olhos terá dificuldade para enxergar com clareza. Se esse alto grau não for corrigido com óculos ou lentes de contato, ambos os olhos sofrerão com a falta de estimulação visual adequada, levando à ambliopia bilateral por ametropia.
Ambliopia por Privação (Ex Anopsia): Impedindo a Luz, Roubando a Visão.
A ambliopia por privação é a forma mais grave, pois resulta da obstrução da visão em um ou ambos os olhos. Essa obstrução impede a entrada de luz e a formação de imagens nítidas na retina, privando o cérebro da estimulação visual necessária.
Mecanismo: Sem a estimulação visual adequada, as vias visuais não conseguem se desenvolver corretamente, levando à ambliopia. A gravidade da ambliopia depende da duração e da intensidade da privação visual.
Exemplos Práticos:
Catarata Congênita: Uma opacidade do cristalino presente ao nascimento impede a passagem da luz, causando ambliopia grave se não for removida cirurgicamente o mais cedo possível.
Ptose Palpebral: Uma pálpebra caída que cobre a pupila impede a entrada de luz no olho, resultando em ambliopia por privação.
Opacidades Corneanas: Cicatrizes ou outras opacidades na córnea podem obstruir a visão e causar ambliopia.
Outras Ambliopias: Causas Menos Comuns, Impacto Similar.
Existem outras causas menos frequentes de ambliopia, como:
Nistagmo: Movimentos involuntários e rítmicos dos olhos que dificultam a fixação e a obtenção de uma imagem nítida.
Aniridia: Ausência parcial ou total da íris, a parte colorida do olho, que pode causar sensibilidade à luz e visão embaçada. Lesões Oculares: Traumas ou outras lesões que afetem a visão podem levar à ambliopia.
Embora a ambliopia possa ser assintomática em muitos casos, a observação atenta de certos sinais e comportamentos pode auxiliar na detecção precoce da condição. É importante notar que os sintomas podem variar dependendo da idade da criança e da gravidade da ambliopia.
Sinais Comportamentais:
Dificuldade em Julgar Distâncias: A criança pode ter dificuldade em pegar objetos, tropeçar com frequência ou apresentar falta de jeito em atividades que exigem coordenação motora.
Visão Embaçada ou Distorcida: A criança pode se queixar de visão embaçada em um dos olhos ou relatar que as coisas parecem diferentes em cada olho.
Sensibilidade à Luz (Fotofobia): Algumas crianças com ambliopia podem apresentar sensibilidade à luz forte e preferir ambientes mais escuros.
Cansaço Ocular: A criança pode se queixar de fadiga ocular após atividades que exigem esforço visual, como leitura ou uso de dispositivos eletrônicos.
Apertar ou Estrabicar os Olhos: Algumas crianças podem apertar ou forçar os olhos para tentar melhorar a visão.
Inclinar a Cabeça: A criança pode inclinar a cabeça para um lado na tentativa de compensar o desalinhamento dos olhos ou melhorar a visão.
Sinais Físicos:
Desalinhamento Ocular (Estrabismo): O desalinhamento dos olhos é um dos sinais mais óbvios de ambliopia. No entanto, nem toda criança com estrabismo terá ambliopia, e nem toda criança com ambliopia terá estrabismo aparente.
Pupilas Desiguais: Em alguns casos, as pupilas dos olhos podem ter tamanhos diferentes.
Movimentos Oculares Anormais: Podem ser notados movimentos irregulares ou descoordenados dos olhos.
Reflexo Vermelho Anormal: Durante o exame do olhinho (teste do reflexo vermelho), o reflexo pode estar diminuído ou ausente em um dos olhos.
Sinais em Testes de Visão:
Diferença na Acuidade Visual: O achado mais característico da ambliopia é a diferença na acuidade visual entre os dois olhos. Em geral, considera-se ambliopia quando há uma diferença de duas ou mais linhas na tabela de Snellen (tabela de optotipos utilizada para medir a acuidade visual). Exemplo Prático: Uma criança que sempre fecha um olho quando tenta ler ou que tem dificuldade em pegar uma bola pode estar apresentando sinais de ambliopia e deve ser avaliada por um oftalmologista.
Geralmente envolve uma combinação de exames oftalmológicos como:
Teste de Acuidade Visual: Avaliação da capacidade de enxergar letras ou símbolos em diferentes distâncias.
Exame de Refração: Identificação de erros refrativos, como miopia, hipermetropia ou astigmatismo.
Teste de Cobertura Ocular: Observação do movimento dos olhos ao cobrir e descobrir cada um individualmente.
Exame de Fundo de Olho: Verificação da saúde da retina e nervo óptico. Em muitos casos, o diagnóstico é feito durante consultas pediátricas de rotina ou exames escolares de triagem visual. É importante que todas as crianças passem por exames oftalmológicos regulares para detectar precocemente a ambliopia e outros problemas de visão.

O prognóstico da ambliopia depende de vários fatores, como a idade do paciente no momento do diagnóstico, a gravidade da condição e a adesão ao tratamento. Quanto mais cedo a ambliopia for detectada e tratada, melhores são as chances de recuperação completa. Pesquisas indicam que cerca de 75% dos casos de ambliopia podem ser corrigidos com tratamento adequado antes dos 7 anos de idade. Após essa idade, o sucesso do tratamento diminui, mas não é impossível.
A ambliopia tem tratamento e, em muitos casos, pode ser revertida, principalmente se diagnosticada e tratada precocemente. No entanto, a “cura”, no sentido de restaurar a visão normal em ambos os olhos, nem sempre é possível. O objetivo principal do tratamento é melhorar a visão do olho mais fraco e fortalecer a via visual entre o olho e o cérebro. Sim, a ambliopia pode ser curada, especialmente quando diagnosticada e tratada precocemente. O tratamento visa corrigir a causa subjacente e treinar o cérebro a usar ambos os olhos de maneira equilibrada.
O tratamento da ambliopia visa forçar o uso do olho mais fraco, estimulando o desenvolvimento da via visual. As opções de tratamento incluem:
Correção Óptica: O primeiro passo é corrigir qualquer erro de refração (miopia, hipermetropia, astigmatismo) com o uso de óculos ou lentes de contato.
Tampão Ocular: O uso de um tampão no olho mais forte (com melhor visão) força o uso do olho mais fraco, estimulando o seu desenvolvimento. A duração do uso do tampão varia conforme a idade e a gravidade da ambliopia e deve ser determinada pelo oftalmologista. A adesão ao tratamento com o tampão é fundamental para o sucesso.
Colírios: Em alguns casos, pode ser utilizado um colírio que embaça a visão do olho mais forte, forçando o uso do olho mais fraco.
Terapia Visual: Exercícios oculares específicos podem ser utilizados para melhorar a coordenação e a visão binocular.
Cirurgia: Em casos de ambliopia causada por estrabismo, a cirurgia para alinhar os olhos pode ser necessária para permitir que o cérebro utilize ambos os olhos.
Tratamento dicóptico (binocular): É um tratamento novo para ambliopia que tem sido estudado nos últimos anos. Seu objetivo é estimular os dois olhos da criança simultaneamente e tem mostrado bons resultados como alternativa ou complemento ao tratamento tradicional com tampão. E o mais animador é que esse tratamento é feito por meio de jogos, aplicativos de realidade virtual e filmes 3D, tornando o tratamento bem mais divertido.

Identificar os fatores de risco para ambliopia é crucial para que os pais e profissionais de saúde possam estar mais atentos e realizar exames oftalmológicos precoces.
Histórico Familiar:
Ter pais ou irmãos com ambliopia ou estrabismo aumenta significativamente o risco de a criança desenvolver a condição. A predisposição genética desempenha um papel importante na suscetibilidade a problemas visuais.
Prematuridade e Baixo Peso ao Nascer:
Bebês prematuros, especialmente aqueles que nascem com menos de 30 semanas de gestação ou pesam menos de 1500 gramas, apresentam um risco aumentado de desenvolver retinopatia da prematuridade (ROP), catarata congênita, glaucoma congênito e outros problemas oculares que podem levar à ambliopia.
Doenças Genéticas:
Algumas síndromes genéticas, como a síndrome de Down, estão associadas a um risco aumentado de problemas de visão, incluindo ambliopia, catarata congênita e glaucoma congênito.
Catarata Congênita:
A presença de catarata congênita, mesmo que pequena, pode obstruir a visão e levar à ambliopia por privação se não for tratada precocemente.
Ptose Palpebral:
A ptose palpebral congênita (pálpebra caída desde o nascimento) que cobre parte ou toda a pupila impede a entrada de luz no olho, levando à ambliopia por privação.
Outras Condições Oculares:
Qualquer condição que afete a clareza da visão, como cicatrizes na córnea, tumores oculares ou glaucoma congênito, pode aumentar o risco de ambliopia.
Exemplo Prático: Um bebê que nasce prematuro e com histórico familiar de estrabismo deve ser acompanhado de perto por um oftalmologista, realizando exames oftalmológicos regulares para detectar precocemente qualquer problema de visão e iniciar o tratamento o mais rápido possível. Ao compreender em profundidade as causas, os sintomas e os fatores de risco da ambliopia, é possível aumentar a conscientização sobre a importância da detecção precoce e do tratamento adequado, garantindo um futuro com mais qualidade de vida para as crianças afetadas.
Idealmente, o primeiro exame oftalmológico deve ser realizado no primeiro ano de vida, seguido de avaliações aos 3 anos e antes do início da alfabetização.
Torne a experiência mais lúdica e divertida, utilizando tampões coloridos com desenhos, incentivando a criança com recompensas e elogiando o esforço. Converse com o oftalmologista para ajustar o tempo de uso do tampão e buscar alternativas.
Sim, em alguns casos, a ambliopia pode recorrer, especialmente se o tratamento for interrompido precocemente ou se não houver acompanhamento regular com o oftalmologista.
Em geral não, mas depende da acuidade visual do melhor olho. A legislação de trânsito brasileira exige uma acuidade visual mínima para dirigir. Consulte as normas do Detran para obter informações mais precisas.
O estrabismo é o desalinhamento dos olhos, enquanto a ambliopia é a redução da visão em um ou ambos os olhos, causada pela falta de uso ou por outros problemas de visão. O estrabismo pode levar à ambliopia, mas nem toda ambliopia é causada por estrabismo.
Se não tratada, a ambliopia pode levar à perda permanente de visão no olho afetado, dificuldade na percepção de profundidade, limitações nas escolhas profissionais e aumento do risco de perda de visão em caso de problemas no outro olho.
Sim, a ambliopia pode causar dificuldades de aprendizado, pois afeta a leitura, a escrita e a concentração.
A cirurgia corrige a ambliopia? A cirurgia para estrabismo pode melhorar o alinhamento dos olhos e facilitar o tratamento da ambliopia, mas não corrige a ambliopia diretamente. O tratamento principal para ambliopia continua sendo o uso de óculos e tampão ou colírio.
A ambliopia (olho preguiçoso) é uma condição tratável que pode ter um impacto significativo na visão e no desenvolvimento infantil. A detecção precoce, por meio de exames oftalmológicos regulares, é fundamental para um tratamento eficaz. Com as opções terapêuticas disponíveis, como correção óptica, tampão ocular e colírios, é possível melhorar a visão do olho mais fraco e garantir um futuro com mais qualidade de vida. Consulte um oftalmologista para um diagnóstico e tratamento individualizado.
Acessibilidade em São Paulo cirurgia de estrabismo Crianças com Deficiência Visual estrabismo estrabismo infantil Lazer Inclusivo miopia Museus Acessíveis em SP Oftalmologista Infantil São Paulo vesguice visão infantil
Cuidar da visão das crianças é essencial para garantir um desenvolvimento saudável e pleno. A visão desempenha um papel crucial no aprendizado, na coordenação motora, na interação social e na qualidade de vida. Escrito por Iara Debert especialista em oftalmologia infantil e estrabismo, com dados e exemplos reais para auxiliar pais e responsáveis. Abordaremos desde o funcionamento da visão infantil até os cuidados necessários para proteger os olhos dos pequenos, incluindo exames, tratamentos e dicas de prevenção.
A visão de uma criança não é uma versão em miniatura da visão adulta. Ela se desenvolve gradualmente desde o nascimento, atingindo a maturidade por volta dos 6 a 7 anos de idade. Recém-nascidos enxergam de forma embaçada e têm dificuldade para distinguir cores e focar objetos distantes. A capacidade de enxergar cores se desenvolve por volta dos 4 meses, e a visão binocular, responsável pela percepção de profundidade, se consolida por volta dos 6 meses.
Os exames oftalmológicos regulares são cruciais para acompanhar o desenvolvimento da visão infantil, detectar precocemente problemas e garantir que a criança atinja seu pleno potencial visual. A Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica recomenda o primeiro exame completo ao primeiro ano de vida, com avaliações subsequentes aos 3 anos, antes de iniciar a alfabetização, e posteriormente, conforme a orientação do oftalmologista.
Erros refrativos: Miopia (dificuldade para enxergar de longe), hipermetropia (dificuldade para enxergar de perto) e astigmatismo (visão embaçada ou distorcida) são os problemas mais comuns. Um estudo publicado no Ophthalmology mostrou que a prevalência de miopia em crianças aumentou significativamente nas últimas décadas, possivelmente devido ao aumento do tempo em atividades de perto, como leitura e uso de dispositivos eletrônicos.


A detecção precoce é crucial para o sucesso do tratamento da maioria dos problemas de visão infantil. Quanto antes o problema for identificado e tratado, maiores as chances de a criança desenvolver uma visão normal.
Avaliação da acuidade visual: Utiliza-se tabelas ou figuras para medir a capacidade da criança de enxergar detalhes à distância.
Exame externo dos olhos: Avaliação da saúde das pálpebras, conjuntiva, córnea, íris e pupila.
Avaliação da motilidade ocular: Observação dos movimentos oculares para detectar estrabismo ou outras alterações.
Teste de refração: Determina o grau dos olhos (miopia, hipermetropia, astigmatismo). Pode ser feito com colírios cicloplégicos para obter resultados mais precisos em crianças.
Exame de fundo de olho: Avaliação da retina, nervo óptico e vasos sanguíneos.
O Teste do Olhinho, ou Teste do Reflexo Vermelho, é um exame simples e indolor que detecta problemas oculares em recém-nascidos, como catarata congênita, glaucoma congênito e retinoblastoma. É realizado logo após o nascimento e repetido nas consultas pediátricas.
O uso excessivo de telas pode causar:
Fadiga ocular: Vista cansada, ardência, olhos secos.
Síndrome da visão computacional: Dores de cabeça, visão embaçada, dificuldade para focar.
Miopia: Estudos comprovam a relação entre o aumento do tempo em atividades de perto, como o uso de telas, e o desenvolvimento de miopia.
Evitar o contato com pessoas infectadas, não compartilhar objetos pessoais que tocam os olhos (toalhas, lenços, maquiagem), lavar as mãos com frequência.
Idealmente, no primeiro ano de vida.
Dificuldade para enxergar de perto ou de longe, apertar os olhos para focar, dores de cabeça frequentes.
Sim, o estrabismo pode ser tratado com óculos, tampão ocular, toxina botulínica ou cirurgia.
É um exame simples que detecta problemas oculares em recém-nascidos.
Limitar o tempo de exposição, incentivar pausas regulares, garantir boa iluminação e distância adequada das telas.
Frutas e vegetais ricos em vitaminas A, C e E, peixes ricos em ômega 3, ovos, castanhas e nozes.
A visão é um sentido fundamental para o desenvolvimento integral da criança. Cuidar da saúde ocular dos pequenos é essencial para garantir um futuro com mais qualidade de vida, aprendizado e bem-estar. Com acompanhamento oftalmológico regular, hábitos saudáveis e atenção aos sinais de alerta, é possível detectar e tratar precocemente os problemas de visão, permitindo que as crianças enxerguem o mundo com clareza e atinjam seu pleno potencial.
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Resumo: Ainda que pareça uma solução impossível, existe sim colírio para evitar a progressão do grau em casos de miopia. Porém, além de não representar cura da miopia, esse tratamento não funciona em qualquer momento da vida. Durante esse artigo, você vai entender o que é miopia e alta miopia, como acontece a progressão de grau, as consequências da alta miopia e conhecer o tratamento com colírio de atropina, indicado apenas para crianças.

Miopia é um problema considerado comum, que atrapalha a visão de longe. Em grande parte da população afetada, não é grave e não apresenta riscos, sendo o uso de óculos corretivos o principal tratamento. A miopia manifesta-se, em média, aos 7 anos de idade, quando o crescimento da criança pode estar acompanhado do alongamento dos olhos, e evolui, comumente, até os 17 anos de idade.
De maneira global, a incidência da miopia entre jovens e crianças vem crescendo substancialmente. Os novos hábitos de vida, em ambientes fechado e o uso intensivo de celulares e tablets, estão sendo relacionados a esse incremento. A explosão global da incidência de miopia e, consequentemente, da miopia patológica ou alta miopia, e de suas complicações, estimulou o avanço de estudos para o desenvolvimento de meios eficazes e seguros para controlar a taxa de progressão da miopia.
A miopia é considerada alta miopia quando o grau chega a -5. A alta miopia está associada ao possível desenvolvimento de condições que ameaçam a visão, como a degeneração macular miópica ou maculopatia miópica, retinosquise, estafiloma posterior, glaucoma, descolamento de retina e catarata. Por essas razões a OMS (Organização Mundial de Saúde) incluiu a miopia no programa Iniciativa Global para a Eliminação da Cegueira Evitável.
A miopia costuma ocorrer entre os 7 e 10 anos de idade, e evolui até, em média, os 17 anos, quando estabiliza. Essa progressão pode levar a graus muito altos, tornando a pessoa dependente dos óculos para realizar qualquer atividade do seu dia a dia. Porém, a maior gravidade da progressão é a associação com doenças oculares graves, que podem aparecer ao longo da vida e ameaçam a saúde dos olhos, podendo levar à perda da visão, como vimos anteriormente neste artigo.
Portanto, é extremamente recomendado que crianças façam exames oftalmológicos de rotina e sejam acompanhadas por um oftalmologista infantil ou oftalmopediatra, mesmo sem queixas sobre a visão. É importante observar que crianças míopes enxergam bem de perto e podem ser excelentes alunos, o que retarda as queixas sobre a visão. Assim, o problema ficará evidente somente quando o grau já estiver elevado, dificultando o controle da progressão de grau através do tratamento com colírio.
O colírio de atropina já faz parte do dia a dia dos consultórios oftalmológicos, mas com um proposito diferente do controle da evolução da miopia. Ele é usado, na proporção 1%, para dilatar a pupila e paralisar momentaneamente o mecanismo de focalização para a realização de exames. O colírio de atropina também é utilizado no tratamento da ambliopia, popularmente conhecida como “olho preguiçoso”.
Estudos comprovaram que a utilização da atropina em diluição 100 vezes menor que a utilizada para exames, ou seja, na concentração 0,01%, não dilata a pupila e nem interfere no mecanismo de focalização, mas pode controlar a progressão da miopia em crianças e adolescentes agindo na diminuição do alongamento ocular (comprimento axial).
O uso da atropina para o tratamento da evolução da miopia iniciou-se há mais de 50 anos e sua eficácia e segurança vem sendo comprovada através de complexos estudos e da redução da taxa anual da progressão de miopia, que diminuiu em mais de 70%.

O tratamento com colírio de atropina age controlando o comprimento axial do olho ainda em crescimento, diminuindo assim a progressão da miopia, porém não tem efeito em um olho desenvolvido e com miopia estabilizada, o que ocorre por volta dos 17 anos. Portanto, esse tratamento não funciona em adultos, sendo indicado para crianças e adolescentes que tenham miopia estabelecida ou fatores de risco para o seu desenvolvimento. O tratamento, após iniciado, pode seguir até a adolescência, quando a miopia comumente estabiliza.
O colírio de atropina retarda a progressão do grau da miopia, porém não reverte essa condição. Seu principal objetivo é diminuir a taxa de progressão do grau, evitando o aparecimento de doenças relacionadas à alta miopia como descolamento de retina, glaucoma e catarata, que podem levar à perda da visão.
O tratamento com atropina deve ser prescrito pelo oftalmologista infantil ou oftalmopediatra. O médico fará a indicação do tratamento exclusivo para a necessidade de cada paciente. O medicamento é formulado em farmácias de manipulação capacitadas para a diluição dos ativos.
Para saber mais sobre tratamentos de miopia e outras doenças que acometem a visão, entre em contato com a clínica OIE (Oftalmologia Infantil e Estrabismo). Agende sua consulta com nossa equipe de oftalmopediatras especialistas tanto em oftalmologia infantil quanto em estrabismo.
A miopia é um erro refrativo que dificulta a visão de longe. Em crianças, o globo ocular ainda está em desenvolvimento, o que pode levar ao alongamento excessivo do olho e, consequentemente, à miopia. Fatores genéticos e ambientais, como o uso excessivo de telas e a falta de atividades ao ar livre, também contribuem para o desenvolvimento da miopia infantil.
Sim, estudos recentes têm demonstrado que o colírio de atropina em baixa dose pode ser eficaz no controle da progressão da miopia em crianças. No entanto, é importante ressaltar que o colírio não cura a miopia, mas sim retarda seu avanço
Acredita-se que o colírio de atropina atue relaxando o músculo ciliar, responsável pela acomodação visual, e estimulando a liberação de dopamina na retina, o que pode inibir o crescimento excessivo do globo ocular
O colírio de atropina em baixa dose é considerado seguro para uso infantil, mas pode causar alguns efeitos colaterais temporários, como dilatação da pupila, sensibilidade à luz e visão turva para perto. É fundamental que o uso do colírio seja acompanhado por um oftalmologista, que irá monitorar a resposta da criança ao tratamento e ajustar a dose, se necessário.
O tratamento geralmente é indicado para crianças com progressão rápida da miopia, geralmente entre 6 e 12 anos. A decisão de iniciar o tratamento deve ser individualizada, levando em consideração a idade da criança, o grau da miopia e a velocidade de progressão
A duração do tratamento varia de acordo com a resposta individual de cada criança, mas geralmente é de 2 a 3 anos. O oftalmologista irá avaliar a necessidade de continuar o tratamento ou interrompê-lo, com base na estabilização da miopia.
Não. Além do colírio de atropina, outras opções de tratamento podem ser consideradas, como o uso de lentes de contato especiais (ortoceratologia) e a adoção de hábitos saudáveis, como aumentar o tempo de atividades ao ar livre e reduzir o uso de telas
Incentivar atividades ao ar livre: A exposição à luz natural ajuda a regular o crescimento do globo ocular.
Limitar o tempo de uso de telas: O uso excessivo de dispositivos eletrônicos pode aumentar o risco de miopia.
Garantir uma boa iluminação para leitura e estudo: A iluminação adequada evita o esforço visual excessivo.
Realizar consultas oftalmológicas regulares: O acompanhamento profissional é fundamental para monitorar a progressão da miopia e ajustar o tratamento, se necessário.
Consulte um oftalmologista: O profissional poderá fornecer informações personalizadas e indicar o melhor tratamento para cada caso

Resumo: Os cuidados com os olhos e com a boa visão devem ser iniciados já nos primeiros meses de vida. Entenda o que é o estrabismo, quais seus tipos, quando ocorre, e suas principais causas. Saiba também como é diagnosticado, quais suas consequências e tratamentos mais eficazes, além de quando deve-se procurar ajuda especializada.
Estrabismo é um distúrbio que altera o alinhamento dos olhos fazendo com que cada olho aponte para uma direção diferente, e assim comprometendo o paralelismo entre os olhos. Esse distúrbio pode aparecer em qualquer fase da vida, desde bebês pequenos até idosos, e por diferentes razões. É importante realizar uma consulta com o oftalmologista especialista em estrabismo quando:
Lembre-se: o estrabismo ocorre em cerca de 3% das crianças, e que se o tratamento não for precoce, pode haver alguma perda de visão.
O estrabismo pode ser classificado em esotropia ou convergente, quando um ou os dois olhos apontam para dentro (para o nariz); exotropia ou divergente, quando um ou ambos os olhos se deslocam para fora e em hipertropia ou vertical, quando um ou os dois olhos apontam para cima ou para baixo.
É importante observar que esses desvios podem ser monoculares, quando ocorrem sempre no mesmo olho, ou alternantes, quando aparecem ora em um, ora em outro olho. Os desvios alternantes são relativamente mais funcionais que os monoculares pois a acuidade visual pode ser semelhante em ambos os olhos, já nos monoculares um olho apresenta visão normal e o outro (com desvio) pode apresentar perda progressiva da visão.
Há ainda os desvios intermitentes, quando ocorrem de vez em quando ou latentes, quando o olho fica desalinhado apenas em algumas situações. É frequente perceber o desalinhamento dos olhos principalmente em fotografias. Nos desvios latentes o alinhamento é corrigido pelo cérebro, mantendo um aparente alinhamento e permitindo a fusão das imagens que chegam ao sistema nervoso central, partindo de cada um dos olhos. Esses tipos de estrabismo podem não causar sintomas e passar despercebidos, sendo diagnosticados apenas pelo oftalmologista especialista em estrabismo.
Há ainda a classificação relativa ao ângulo do desvio. É chamado concomitante quando o ângulo de desvio é constante em todas as direções ou paralítico, caso o ângulo seja variável conforme a direção do olhar.
O estrabismo pode aparecer em qualquer fase da vida, desde bebês até idosos, mas vale ressaltar que, até completar 3 meses o bebê ainda está aprendendo a controlar o movimento dos olhos. Essa falta de controle não caracteriza disfunção ou estrabismo.

Nervos cranianos conectados ao sistema nervoso central são os responsáveis por controlar os seis músculos que comandam o movimento de cada um dos olhos. A ação equilibrada e sincronizada desses músculos garante que os olhos permaneçam alinhados.
Entretanto, alguns fatores podem comprometer o funcionamento normal de um ou mais dos integrantes desse sistema, como por exemplo:
Os sintomas do estrabismo não são iguais em todas as idades. Quando a alteração se manifesta nos primeiros anos de vida, ainda não há referência ao principal sintoma, que é a diplopia (visão dupla). As crianças desenvolvem um mecanismo de supressão e apagam a imagem formada pelo olho que sofreu o desvio. Esse mecanismo tem uma grave consequência, que é o não desenvolvimento da região do cérebro responsável pela visão desse olho e, por isso, pode levar a perda visual irreversível. Esse problema é chamado de ambliopia e é frequente em crianças que não foram submetidas a exames de visão de rotina com oftalmologistas infantis (oftalmopediatras) ou oftalmologistas especialistas em estrabismo. Outro sintoma observado em crianças é a postura anômala, movimentação corporal descoordenada, e apertar ou cobrir um dos olhos.
O estrabismo infantil está relacionado à falta de controle muscular, e não com a força muscular.
Diferente das crianças menores, a diplopia é uma queixa frequente em crianças maiores e adultos. Pode ser acompanhada de dor de cabeça, torcicolo e uma inclinação característica da cabeça que a pessoa estrábica faz na tentativa de enxergar melhor.
Quando a pessoa busca o oftalmologista, um dos testes fundamentais que é realizado é o teste do reflexo de luz na córnea. Ele avalia se o foco de luz está centralizado nas duas córneas e é essencial para diagnosticar o estrabismo. Outros exames também são necessários, como os de acuidade visual, de fundo de olho, de oclusão e movimento ocular. Já para avaliar o tamanho do desvio é realizado o covertest. Todos eles são úteis para avaliar a saúde normal dos olhos ou para a confirmação do diagnóstico de estrabismo, além de verificar se o aparente desvio não está sendo provocado por um falso estrabismo. Isso pode acontecer quando há uma alteração anatômica frequente causada pela base do nariz mais larga associada a uma prega de pele que recobre a parte branca dos olhos (esclera), dando a falsa impressão de estrabismo, quando, de fato, os olhos estão bem alinhados.
Na grande maioria dos casos adequadamente tratados, o estrabismo tem cura.
A pergunta “estrabismo tem cura?” é frequente nos consultórios de oftalmologia. A resposta, no entanto, não é tão simples quanto um “sim” ou “não”. O estrabismo pode ser tratado e, em muitos casos, corrigido com sucesso, mas a definição de “cura” depende do tipo e da gravidade do estrabismo, da idade do paciente e da resposta ao tratamento.
Em crianças pequenas, com diagnóstico e tratamento precoces, as chances de correção completa do desalinhamento ocular e recuperação da visão binocular são maiores. O tratamento pode envolver o uso de óculos, tampão ocular, toxina botulínica ou cirurgia de estrabismo. Em alguns casos, a combinação de diferentes abordagens terapêuticas é necessária.
Já em adultos, o tratamento do estrabismo visa principalmente melhorar o alinhamento ocular e reduzir os sintomas, como a visão dupla. A “cura” completa, no sentido de restaurar a visão binocular perfeita, pode ser mais difícil de alcançar em adultos, dependendo da causa e da duração do estrabismo.
É importante destacar que o estrabismo não desaparece sozinho. Ignorar o problema pode levar a complicações como ambliopia (olho preguiçoso) e perda permanente de visão. Por isso, o diagnóstico e o tratamento precoces são fundamentais.
O estrabismo, embora frequentemente associado à infância, também pode afetar adultos. Ele pode persistir desde a infância, surgir como consequência de uma condição preexistente ou ser adquirido devido a outras doenças ou lesões. A manifestação mais comum do estrabismo em adultos é a visão dupla (diplopia), um sintoma que impacta significativamente a qualidade de vida, afetando a leitura, a condução e outras atividades diárias.
O primeiro passo do tratamento é corrigir as causas que possam estar contribuindo para o aparecimento do desvio. Os resultados aparecerão mais rapidamente se o tratamento for iniciado precocemente. Portanto, procurar o oftalmologista infantil, oftalmopediatra ou especialista em estrabismo assim que perceber anormalidades pode garantir melhores resultados. Com o objetivo de corrigir os problemas visuais, são aplicadas medidas terapêuticas como a aplicação de colírios, uso de óculos, exercícios para o fortalecimento dos músculos oculares, uso de tampões para estimular o olho com deficiência e aplicação de medicação nos músculos oculares, como a toxina botulínica.
Quando o desvio se mantém mesmo após o tratamento das causas, a correção pode ser feita através da cirurgia de estrabismo. O tamanho do desvio é determinante para o médico avaliar se será necessário operar os músculos de um ou ambos os olhos. Em alguns casos, é indicada a aplicação de toxina botulínica (botox) como alternativa ao procedimento cirúrgico.
Como qualquer cirurgia, a cirurgia de estrabismo tem riscos. O principal deles é o estrabismo residual, quando, após a cirurgia, o olho apresenta algum desvio.
De forma geral, as taxas de sucesso da cirurgia são altas. Oftalmologistas especialistas em cirurgia de estrabismo são os profissionais qualificados para realizar esse tipo de procedimento.
O diagnóstico é feito por um oftalmologista através de um exame oftalmológico completo, que inclui: Teste do reflexo corneano (teste do olhinho), Teste de cobertura, Teste de Hirschberg, Avaliação da acuidade visual, Exame de fundo de olho,
Tampão ocular, Toxina botulínica, Cirurgia de estrabismo, Terapia visual (ortóptica), Prismas
Sim, a cirurgia é geralmente segura, mas como qualquer procedimento cirúrgico, envolve riscos potenciais, como infecção, sangramento e visão dupla persistente. Complicações graves são raras.
Em alguns casos, o estrabismo pode retornar após a cirurgia, especialmente se o desalinhamento for muito grande ou se houver alguma condição médica subjacente
Sim, o estrabismo pode causar constrangimento e afetar a autoestima, principalmente em crianças maiores. O tratamento pode ajudar a melhorar a aparência e a confiança da criança.
Se você notar qualquer sinal de estrabismo em seu filho, como desalinhamento dos olhos, inclinação da cabeça para enxergar ou visão dupla, procure um oftalmologista o mais breve possível. A detecção e o tratamento precoces são essenciais para o melhor resultado visual.
Dra Iara Debert atende na Clinica OIE.
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