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Portal sobre Oftalmologia Infantil e Estrabismo

Neste portal você encontrará, informações sobre causas, consequências e tratamentos.   Relacionado a saúde ocular. Todo feitos por um referência nacional em oftalmologia infantil e estrabismo.

A oftalmologista infantil Dra. Iara Debert

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Estrabismo

Introdução: A ambliopia, conhecida popularmente como “olho preguiçoso”, é uma condição oftalmológica que afeta cerca de 2 a 3% da população infantil. Caracteriza-se pela redução da acuidade visual em um ou ambos os olhos, mesmo com a melhor correção óptica (óculos ou lentes de contato). A condição se desenvolve durante a infância, período crítico para a formação e o amadurecimento das vias visuais. Se não diagnosticada e tratada precocemente, pode levar a uma perda de visão permanente e comprometer significativamente a qualidade de vida. Neste guia completo, exploraremos em detalhes as causas, os sintomas, o diagnóstico, os tratamentos e as formas de prevenção da ambliopia, fornecendo informações valiosas para pais, responsáveis e profissionais de saúde.

O que é Ambliopia (Olho Preguiçoso)?

A ambliopia não é um problema estrutural do olho em si, mas sim um problema de desenvolvimento da via visual entre o olho e o cérebro. Durante a infância, o cérebro aprende a interpretar os sinais visuais recebidos de ambos os olhos. Quando um dos olhos recebe imagens embaçadas, distorcidas ou desalinhadas, o cérebro tende a suprimir a imagem desse olho para evitar confusão. Com o tempo, essa supressão contínua leva ao enfraquecimento da via visual do olho suprimido, resultando em ambliopia. É como se o cérebro “desligasse” um dos olhos, impedindo seu desenvolvimento visual adequado.

Causas da Ambliopia

A ambliopia pode ter várias causas, e entender sua origem é essencial para determinar o tratamento mais eficaz. As principais causas incluem diversos fatores que interferem no desenvolvimento normal da visão durante a infância e visão adulta.

Ambliopia causada por estrabismo (Ambliopia Estrabísmica): É a causa mais comum de ambliopia, representando cerca de 50% dos casos. O desalinhamento dos olhos (estrabismo) impede que o cérebro receba as mesmas imagens de ambos os olhos, levando à supressão da imagem de um dos olhos. A esotropia (desvio para dentro) é o tipo mais associado à ambliopia

Ambliopia causada por erros de refração (Ambliopia Anisometrópica e Ambliopia por Ametropia): Erros de refração não corrigidos ou com grande diferença entre os olhos (anisometropia) causam imagens embaçadas ou distorcidas que chegam ao cérebro. A anisometropia é uma causa comum e muitas vezes não é percebida pelos pais. Por exemplo, se um olho tem uma visão normal e o outro apresenta alta miopia, o cérebro pode priorizar o olho com melhor visão, levando à ambliopia no olho menos utilizado.

Ambliopia causada por bloqueio ou diminuição da visão (Ambliopia ex anopsia ou Ambliopia por Privação): Qualquer condição que impeça a entrada de luz no olho durante a infância pode causar ambliopia. As causas mais comuns são catarata congênita (opacidade do cristalino presente ao nascimento), ptose palpebral (pálpebra caída) e cicatrizes na córnea. Exemplos incluem catarata congênita, ptose (queda da pálpebra) ou lesões oculares. Esse bloqueio impede o desenvolvimento normal da visão durante a infância.

Ambliopia em Crianças

A ambliopia é mais comum em crianças, especialmente entre 6 meses e 7 anos de idade, período crítico para o desenvolvimento visual. Durante essa fase, o cérebro aprende a processar informações visuais e qualquer interrupção pode levar ao desenvolvimento de ambliopia. Estudos mostram que a detecção precoce é crucial, pois o cérebro infantil é altamente plástico, ou seja, capaz de se adaptar e corrigir problemas visuais com intervenção adequada. No entanto, se a ambliopia não for tratada até os 8-10 anos de idade, as chances de recuperação completa significativamente.

Ambliopia em Adultos

Embora a ambliopia seja mais frequentemente associada à infância, ela também pode afetar adultos. Em alguns casos, a condição não foi diagnosticada na infância ou o tratamento inicial não foi bem-sucedido. Em adultos, o tratamento pode ser mais desafiador devido à menor plasticidade cerebral. No entanto, avanços recentes, como terapias de reabilitação visual e uso de tecnologias específicas, têm mostrado resultados promissores.

Causas da Ambliopia (Classificações):

Para entender plenamente a ambliopia, é fundamental mergulhar nas especificidades de cada uma de suas causas, compreendendo os mecanismos pelos quais elas afetam o desenvolvimento visual.

Ambliopia Estrabísmica: O Estrabismo, como um ponto de partida para a Ambliopia.

A ambliopia estrabísmica é a forma mais comum, representando aproximadamente metade de todos os casos. Essa condição surge quando há um desalinhamento dos olhos, conhecido como estrabismo. Em vez de ambos os olhos apontarem para o mesmo ponto no espaço, um olho se desvia para dentro (esotropia), para fora (exotropia), para cima (hipertropia) ou para baixo (hipotropia).

Mecanismo: Essa divergência na direção dos olhos resulta em duas imagens diferentes sendo enviadas ao cérebro. Incapaz de processar duas imagens distintas, o cérebro começa a suprimir a imagem proveniente do olho desalinhado para evitar a diplopia (visão dupla). Com o tempo, essa supressão contínua leva à da via visual do olho desviado, resultando na ambliopia.

Exemplo Prático: Uma criança com esotropia congênita, onde um olho está constantemente desviado para dentro, terá uma forte tendência a desenvolver ambliopia nesse olho. O cérebro, ao priorizar a imagem nítida do olho alinhado, negligencia o outro, comprometendo seu desenvolvimento visual.

Ambliopia Anisometrópica: A Diferença que Prejudica a Visão.

Anisometropia refere-se a uma diferença significativa no erro refrativo entre os dois olhos. Isso significa que um olho pode ter miopia (dificuldade para enxergar de longe), hipermetropia (dificuldade para enxergar de perto) ou astigmatismo (visão distorcida) em um grau diferente do outro olho.

Mecanismo: Essa disparidade nos erros de refração causa uma diferença na nitidez das imagens que chegam ao cérebro. O olho com menor erro de refração enviará uma imagem clara, enquanto o olho com maior erro refrativo enviará uma imagem embaçada. Novamente, o cérebro tende a favorecer a imagem mais nítida e suprimir a mais embaçada, levando à ambliopia no olho com maior erro refrativo.

Exemplo Prático: Uma criança com +1,00 dioptrias de hipermetropia em um olho e +4,00 dioptrias no outro terá uma grande disparidade na capacidade de focar objetos próximos. O cérebro, ao privilegiar a imagem mais nítida, suprime a imagem do olho com maior hipermetropia, resultando em ambliopia anisometrópica.

Ambliopia por Ametropia (Refracional): A Falta de Foco Bilateral.

Diferente da anisometropia, a ambliopia por ametropia ocorre quando ambos os olhos apresentam altos erros refrativos (miopia, hipermetropia ou astigmatismo) que não são corrigidos.

Mecanismo: A ausência de correção óptica adequada resulta em imagens constantemente embaçadas chegando ao cérebro. Embora ambos os olhos estejam enviando imagens de qualidade inferior, a falta de nitidez impede o desenvolvimento visual normal.

Exemplo Prático: Uma criança com +6,00 dioptrias de hipermetropia em ambos os olhos terá dificuldade para enxergar com clareza. Se esse alto grau não for corrigido com óculos ou lentes de contato, ambos os olhos sofrerão com a falta de estimulação visual adequada, levando à ambliopia bilateral por ametropia.

Ambliopia por Privação (Ex Anopsia): Impedindo a Luz, Roubando a Visão.

A ambliopia por privação é a forma mais grave, pois resulta da obstrução da visão em um ou ambos os olhos. Essa obstrução impede a entrada de luz e a formação de imagens nítidas na retina, privando o cérebro da estimulação visual necessária.

Mecanismo: Sem a estimulação visual adequada, as vias visuais não conseguem se desenvolver corretamente, levando à ambliopia. A gravidade da ambliopia depende da duração e da intensidade da privação visual.

Exemplos Práticos:

Catarata Congênita: Uma opacidade do cristalino presente ao nascimento impede a passagem da luz, causando ambliopia grave se não for removida cirurgicamente o mais cedo possível.

Ptose Palpebral: Uma pálpebra caída que cobre a pupila impede a entrada de luz no olho, resultando em ambliopia por privação.

Opacidades Corneanas: Cicatrizes ou outras opacidades na córnea podem obstruir a visão e causar ambliopia.

Outras Ambliopias: Causas Menos Comuns, Impacto Similar.

Existem outras causas menos frequentes de ambliopia, como:

Nistagmo: Movimentos involuntários e rítmicos dos olhos que dificultam a fixação e a obtenção de uma imagem nítida.

Aniridia: Ausência parcial ou total da íris, a parte colorida do olho, que pode causar sensibilidade à luz e visão embaçada. Lesões Oculares: Traumas ou outras lesões que afetem a visão podem levar à ambliopia.

Sintomas da Ambliopia

Embora a ambliopia possa ser assintomática em muitos casos, a observação atenta de certos sinais e comportamentos pode auxiliar na detecção precoce da condição. É importante notar que os sintomas podem variar dependendo da idade da criança e da gravidade da ambliopia.

Sinais Comportamentais:

Dificuldade em Julgar Distâncias: A criança pode ter dificuldade em pegar objetos, tropeçar com frequência ou apresentar falta de jeito em atividades que exigem coordenação motora.

Visão Embaçada ou Distorcida: A criança pode se queixar de visão embaçada em um dos olhos ou relatar que as coisas parecem diferentes em cada olho.

Sensibilidade à Luz (Fotofobia): Algumas crianças com ambliopia podem apresentar sensibilidade à luz forte e preferir ambientes mais escuros.

Cansaço Ocular: A criança pode se queixar de fadiga ocular após atividades que exigem esforço visual, como leitura ou uso de dispositivos eletrônicos.

Apertar ou Estrabicar os Olhos: Algumas crianças podem apertar ou forçar os olhos para tentar melhorar a visão.

Inclinar a Cabeça: A criança pode inclinar a cabeça para um lado na tentativa de compensar o desalinhamento dos olhos ou melhorar a visão.

Sinais Físicos:

Desalinhamento Ocular (Estrabismo): O desalinhamento dos olhos é um dos sinais mais óbvios de ambliopia. No entanto, nem toda criança com estrabismo terá ambliopia, e nem toda criança com ambliopia terá estrabismo aparente.

Pupilas Desiguais: Em alguns casos, as pupilas dos olhos podem ter tamanhos diferentes.

Movimentos Oculares Anormais: Podem ser notados movimentos irregulares ou descoordenados dos olhos.

Reflexo Vermelho Anormal: Durante o exame do olhinho (teste do reflexo vermelho), o reflexo pode estar diminuído ou ausente em um dos olhos.

Sinais em Testes de Visão:

Diferença na Acuidade Visual: O achado mais característico da ambliopia é a diferença na acuidade visual entre os dois olhos. Em geral, considera-se ambliopia quando há uma diferença de duas ou mais linhas na tabela de Snellen (tabela de optotipos utilizada para medir a acuidade visual). Exemplo Prático: Uma criança que sempre fecha um olho quando tenta ler ou que tem dificuldade em pegar uma bola pode estar apresentando sinais de ambliopia e deve ser avaliada por um oftalmologista.

Como diagnosticar a Ambliopia ?

Geralmente envolve uma combinação de exames oftalmológicos como:

Teste de Acuidade Visual: Avaliação da capacidade de enxergar letras ou símbolos em diferentes distâncias.

Exame de Refração: Identificação de erros refrativos, como miopia, hipermetropia ou astigmatismo.

Teste de Cobertura Ocular: Observação do movimento dos olhos ao cobrir e descobrir cada um individualmente.

Exame de Fundo de Olho: Verificação da saúde da retina e nervo óptico. Em muitos casos, o diagnóstico é feito durante consultas pediátricas de rotina ou exames escolares de triagem visual. É importante que todas as crianças passem por exames oftalmológicos regulares para detectar precocemente a ambliopia e outros problemas de visão.

Prognóstico da Ambliopia

O prognóstico da ambliopia depende de vários fatores, como a idade do paciente no momento do diagnóstico, a gravidade da condição e a adesão ao tratamento. Quanto mais cedo a ambliopia for detectada e tratada, melhores são as chances de recuperação completa. Pesquisas indicam que cerca de 75% dos casos de ambliopia podem ser corrigidos com tratamento adequado antes dos 7 anos de idade. Após essa idade, o sucesso do tratamento diminui, mas não é impossível.

Ambliopia tem cura?

A ambliopia tem tratamento e, em muitos casos, pode ser revertida, principalmente se diagnosticada e tratada precocemente. No entanto, a “cura”, no sentido de restaurar a visão normal em ambos os olhos, nem sempre é possível. O objetivo principal do tratamento é melhorar a visão do olho mais fraco e fortalecer a via visual entre o olho e o cérebro. Sim, a ambliopia pode ser curada, especialmente quando diagnosticada e tratada precocemente. O tratamento visa corrigir a causa subjacente e treinar o cérebro a usar ambos os olhos de maneira equilibrada.

Como Tratar a ambliopia?

O tratamento da ambliopia visa forçar o uso do olho mais fraco, estimulando o desenvolvimento da via visual. As opções de tratamento incluem:

Correção Óptica: O primeiro passo é corrigir qualquer erro de refração (miopia, hipermetropia, astigmatismo) com o uso de óculos ou lentes de contato.

Tampão Ocular: O uso de um tampão no olho mais forte (com melhor visão) força o uso do olho mais fraco, estimulando o seu desenvolvimento. A duração do uso do tampão varia conforme a idade e a gravidade da ambliopia e deve ser determinada pelo oftalmologista. A adesão ao tratamento com o tampão é fundamental para o sucesso.

Colírios: Em alguns casos, pode ser utilizado um colírio que embaça a visão do olho mais forte, forçando o uso do olho mais fraco.

Terapia Visual: Exercícios oculares específicos podem ser utilizados para melhorar a coordenação e a visão binocular.

Cirurgia: Em casos de ambliopia causada por estrabismo, a cirurgia para alinhar os olhos pode ser necessária para permitir que o cérebro utilize ambos os olhos.

Tratamento dicóptico (binocular): É um tratamento novo para ambliopia que tem sido estudado nos últimos anos. Seu objetivo é estimular os dois olhos da criança simultaneamente e tem mostrado bons resultados como alternativa ou complemento ao tratamento tradicional com tampão. E o mais animador é que esse tratamento é feito por meio de jogos, aplicativos de realidade virtual e filmes 3D, tornando o tratamento bem mais divertido.

Fatores de Riscos da Ambliopia

Identificar os fatores de risco para ambliopia é crucial para que os pais e profissionais de saúde possam estar mais atentos e realizar exames oftalmológicos precoces.

Histórico Familiar:

Ter pais ou irmãos com ambliopia ou estrabismo aumenta significativamente o risco de a criança desenvolver a condição. A predisposição genética desempenha um papel importante na suscetibilidade a problemas visuais.

Prematuridade e Baixo Peso ao Nascer:

Bebês prematuros, especialmente aqueles que nascem com menos de 30 semanas de gestação ou pesam menos de 1500 gramas, apresentam um risco aumentado de desenvolver retinopatia da prematuridade (ROP), catarata congênita, glaucoma congênito e outros problemas oculares que podem levar à ambliopia.

Doenças Genéticas:

Algumas síndromes genéticas, como a síndrome de Down, estão associadas a um risco aumentado de problemas de visão, incluindo ambliopia, catarata congênita e glaucoma congênito.

Catarata Congênita:

A presença de catarata congênita, mesmo que pequena, pode obstruir a visão e levar à ambliopia por privação se não for tratada precocemente.

Ptose Palpebral:

A ptose palpebral congênita (pálpebra caída desde o nascimento) que cobre parte ou toda a pupila impede a entrada de luz no olho, levando à ambliopia por privação.

Outras Condições Oculares:

Qualquer condição que afete a clareza da visão, como cicatrizes na córnea, tumores oculares ou glaucoma congênito, pode aumentar o risco de ambliopia.

Exemplo Prático: Um bebê que nasce prematuro e com histórico familiar de estrabismo deve ser acompanhado de perto por um oftalmologista, realizando exames oftalmológicos regulares para detectar precocemente qualquer problema de visão e iniciar o tratamento o mais rápido possível. Ao compreender em profundidade as causas, os sintomas e os fatores de risco da ambliopia, é possível aumentar a conscientização sobre a importância da detecção precoce e do tratamento adequado, garantindo um futuro com mais qualidade de vida para as crianças afetadas.

Perguntas Frequentes sobre ambliopia

Com que idade devo levar meu filho ao oftalmologista pela primeira vez?

Idealmente, o primeiro exame oftalmológico deve ser realizado no primeiro ano de vida, seguido de avaliações aos 3 anos e antes do início da alfabetização.

O uso do tampão ocular é muito difícil para a criança. O que posso fazer?

Torne a experiência mais lúdica e divertida, utilizando tampões coloridos com desenhos, incentivando a criança com recompensas e elogiando o esforço. Converse com o oftalmologista para ajustar o tempo de uso do tampão e buscar alternativas.

A ambliopia pode voltar após o tratamento?

Sim, em alguns casos, a ambliopia pode recorrer, especialmente se o tratamento for interrompido precocemente ou se não houver acompanhamento regular com o oftalmologista.

A ambliopia impede que a pessoa dirija?

Em geral não, mas depende da acuidade visual do melhor olho. A legislação de trânsito brasileira exige uma acuidade visual mínima para dirigir. Consulte as normas do Detran para obter informações mais precisas.

Qual é a diferença entre ambliopia e estrabismo?

O estrabismo é o desalinhamento dos olhos, enquanto a ambliopia é a redução da visão em um ou ambos os olhos, causada pela falta de uso ou por outros problemas de visão. O estrabismo pode levar à ambliopia, mas nem toda ambliopia é causada por estrabismo.

Quais são os riscos de não tratar a ambliopia?

Se não tratada, a ambliopia pode levar à perda permanente de visão no olho afetado, dificuldade na percepção de profundidade, limitações nas escolhas profissionais e aumento do risco de perda de visão em caso de problemas no outro olho.

A ambliopia afeta a aprendizagem escolar?

Sim, a ambliopia pode causar dificuldades de aprendizado, pois afeta a leitura, a escrita e a concentração.
A cirurgia corrige a ambliopia? A cirurgia para estrabismo pode melhorar o alinhamento dos olhos e facilitar o tratamento da ambliopia, mas não corrige a ambliopia diretamente. O tratamento principal para ambliopia continua sendo o uso de óculos e tampão ou colírio.

Conclusão sobre ambliopia

A ambliopia (olho preguiçoso) é uma condição tratável que pode ter um impacto significativo na visão e no desenvolvimento infantil. A detecção precoce, por meio de exames oftalmológicos regulares, é fundamental para um tratamento eficaz. Com as opções terapêuticas disponíveis, como correção óptica, tampão ocular e colírios, é possível melhorar a visão do olho mais fraco e garantir um futuro com mais qualidade de vida. Consulte um oftalmologista para um diagnóstico e tratamento individualizado.

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Cuidar da visão das crianças é essencial para garantir um desenvolvimento saudável e pleno. A visão desempenha um papel crucial no aprendizado, na coordenação motora, na interação social e na qualidade de vida. Escrito por Iara Debert especialista em oftalmologia infantil e estrabismo, com dados e exemplos reais para auxiliar pais e responsáveis. Abordaremos desde o funcionamento da visão infantil até os cuidados necessários para proteger os olhos dos pequenos, incluindo exames, tratamentos e dicas de prevenção.

1. Como Funciona a Visão Infantil:

A visão de uma criança não é uma versão em miniatura da visão adulta. Ela se desenvolve gradualmente desde o nascimento, atingindo a maturidade por volta dos 6 a 7 anos de idade. Recém-nascidos enxergam de forma embaçada e têm dificuldade para distinguir cores e focar objetos distantes. A capacidade de enxergar cores se desenvolve por volta dos 4 meses, e a visão binocular, responsável pela percepção de profundidade, se consolida por volta dos 6 meses.

1.1. Importância dos Exames:

Os exames oftalmológicos regulares são cruciais para acompanhar o desenvolvimento da visão infantil, detectar precocemente problemas e garantir que a criança atinja seu pleno potencial visual. A Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica recomenda o primeiro exame completo ao primeiro ano de vida, com avaliações subsequentes aos 3 anos, antes de iniciar a alfabetização, e posteriormente, conforme a orientação do oftalmologista.

2. Possíveis Problemas de Visão em Crianças:

Erros refrativos: Miopia (dificuldade para enxergar de longe), hipermetropia (dificuldade para enxergar de perto) e astigmatismo (visão embaçada ou distorcida) são os problemas mais comuns. Um estudo publicado no Ophthalmology mostrou que a prevalência de miopia em crianças aumentou significativamente nas últimas décadas, possivelmente devido ao aumento do tempo em atividades de perto, como leitura e uso de dispositivos eletrônicos.

Mapa mental sobre condições oculares em crianças, incluindo Retinoblastoma, Ptose Palpebral, Estrabismo, Ambliopia, Catarata Congênita e Glaucoma Congênito, com breves descrições sobre cada condição.
Principais condições oculares que afetam crianças: Retinoblastoma, Ptose Palpebral, Estrabismo, Ambliopia, Catarata Congênita e Glaucoma Congênito
  • Estrabismo: Desalinhamento dos olhos, afetando cerca de 4% das crianças.
  • Ambliopia (olho preguiçoso): Redução da visão em um ou ambos os olhos devido ao desenvolvimento inadequado da via visual. Geralmente associada ao estrabismo ou a diferenças significativas de grau entre os olhos.
  • Glaucoma congênito: Aumento da pressão intraocular, que pode danificar o nervo óptico.
  • Retinoblastoma: Tumor maligno da retina, mais comum em crianças pequenas.
  • Ptose palpebral: Pálpebra caída, que pode obstruir a visão e afetar o desenvolvimento visual.

3. Sinais de Alerta:

Ilustração de uma criança com sinais de problemas oculares como inclinação da cabeça, fechar um olho, sensibilidade à luz, lacrimejamento excessivo, piscar excessivo, estrabismo, dificuldade visual e dores de cabeça frequentes.
Identifique os sinais de alerta de problemas oculares em crianças. Consulte um oftalmologista infantil caso observe algum desses sintomas.
  • Sensibilidade à luz
  • Lacrimejamento ou secreção ocular excessiva
  • Piscar excessivo ou apertar os olhos
  • Esfregar os olhos com frequência
  • Dores de cabeça frequentes
  • Dificuldade para enxergar de perto ou de longe, tropeços frequentes
  • Inclinação da cabeça para enxergar melhor
  • Fechamento de um olho para focar
  • Dificuldade para acompanhar objetos em movimento

4. Detecção Precoce para Intervenção Adequada:

A detecção precoce é crucial para o sucesso do tratamento da maioria dos problemas de visão infantil. Quanto antes o problema for identificado e tratado, maiores as chances de a criança desenvolver uma visão normal.

5. Rotina de Cuidados:

  • Consultas regulares com o oftalmologista: Seguir as recomendações da Sociedade Brasileira  de Oftalmologia Pediátrica.
  • Alimentação balanceada: Rica em vitaminas A, C, E, zinco, luteína e zeaxantina.
  • Proteção UV: Usar óculos de sol com proteção UVA e UVB, mesmo em dias nublados.
  • Controle do tempo de tela: Limitar o tempo de exposição e fazer pausas frequentes.
  • Iluminação adequada: Evitar luzes muito fortes ou fracas, garantir boa iluminação para leitura e estudo.
  • Estimular atividades ao ar livre: Estudos mostram que passar tempo ao ar livre reduz o risco de desenvolver miopia.
  • Higiene ocular: Lavar as mãos com frequência e evitar coçar os olhos.

6. Componentes Importantes dos Exames Oftalmológicos Infantis:

Avaliação da acuidade visual: Utiliza-se tabelas ou figuras para medir a capacidade da criança de enxergar detalhes à distância.

Exame externo dos olhos: Avaliação da saúde das pálpebras, conjuntiva, córnea, íris e pupila.

Avaliação da motilidade ocular: Observação dos movimentos oculares para detectar estrabismo ou outras alterações.

Teste de refração: Determina o grau dos olhos (miopia, hipermetropia, astigmatismo). Pode ser feito com colírios cicloplégicos para obter resultados mais precisos em crianças.

Exame de fundo de olho: Avaliação da retina, nervo óptico e vasos sanguíneos.

7. Teste do Olhinho:

O Teste do Olhinho, ou Teste do Reflexo Vermelho, é um exame simples e indolor que detecta problemas oculares em recém-nascidos, como catarata congênita, glaucoma congênito e retinoblastoma. É realizado logo após o nascimento e repetido nas consultas pediátricas.

8. Problemas Devido à Exposição a Telas:

O uso excessivo de telas pode causar:

Fadiga ocular: Vista cansada, ardência, olhos secos.

Síndrome da visão computacional: Dores de cabeça, visão embaçada, dificuldade para focar.

Miopia: Estudos comprovam a relação entre o aumento do tempo em atividades de perto, como o uso de telas, e o desenvolvimento de miopia.

9. Cuidados Específicos para Prevenir Conjutivites e Infecções Oculares:

Evitar o contato com pessoas infectadas, não compartilhar objetos pessoais que tocam os olhos (toalhas, lenços, maquiagem), lavar as mãos com frequência.

10. FAQ – Dúvidas e Respostas sobre visão infantil:

Com que idade devo levar meu filho ao oftalmologista pela primeira vez?

Idealmente, no primeiro ano de vida.

Quais são os sinais de que meu filho precisa de óculos?

Dificuldade para enxergar de perto ou de longe, apertar os olhos para focar, dores de cabeça frequentes.

O estrabismo tem cura?

Sim, o estrabismo pode ser tratado com óculos, tampão ocular, toxina botulínica ou cirurgia.

O que é o teste do olhinho?

É um exame simples que detecta problemas oculares em recém-nascidos.

Como posso proteger a visão do meu filho das telas?

Limitar o tempo de exposição, incentivar pausas regulares, garantir boa iluminação e distância adequada das telas.

Quais alimentos são bons para a visão?

Frutas e vegetais ricos em vitaminas A, C e E, peixes ricos em ômega 3, ovos, castanhas e nozes.

11. Conclusão:

A visão é um sentido fundamental para o desenvolvimento integral da criança. Cuidar da saúde ocular dos pequenos é essencial para garantir um futuro com mais qualidade de vida, aprendizado e bem-estar. Com acompanhamento oftalmológico regular, hábitos saudáveis e atenção aos sinais de alerta, é possível detectar e tratar precocemente os problemas de visão, permitindo que as crianças enxerguem o mundo com clareza e atinjam seu pleno potencial.

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O estrabismo, popularmente conhecido como “vesguice” ou “olho torto”, é uma condição oftálmica caracterizada pelo desalinhamento dos olhos, onde um ou ambos desviam do ponto de fixação. Afeta cerca de 4% da população infantil mundial e, se não tratado, pode levar a consequências significativas para a visão. A cirurgia de estrabismo é um procedimento eficaz para corrigir esse desalinhamento e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Este guia abrangente e embasado em dados científicos, aborda todos os aspectos da cirurgia, desde as indicações e contraindicações até os cuidados pós-operatórios e os possíveis riscos. Esclarecemos dúvidas frequentes, fornecemos informações essenciais e trazemos exemplos reais para auxiliar pais e pacientes no processo de tomada de decisão.

O que é Estrabismo?

O estrabismo ocorre devido a um desequilíbrio na ação dos músculos extraoculares, responsáveis pela movimentação dos olhos. Normalmente, seis músculos controlam a posição e o movimento de cada olho, trabalhando em perfeita sincronia para garantir que ambos os olhos fixem no mesmo ponto. No estrabismo, essa harmonia é rompida, causando o desalinhamento. Isso pode afetar a visão binocular (capacidade de usar os dois olhos simultaneamente para enxergar uma única imagem tridimensional), a percepção de profundidade e, em casos mais graves, pode levar à ambliopia, ou “olho preguiçoso“, uma condição na qual o cérebro ignora a imagem do olho desviado, resultando em perda visual.

Tipos de Estrabismo:

O estrabismo pode ser classificado de acordo com a direção do desvio:

  • Esotropia: O olho desvia para dentro (convergente). É o tipo mais comum de estrabismo, representando cerca de 75% dos casos. Um estudo publicado no Journal of American Association for Pediatric Ophthalmology and Strabismus (AAPOS) mostrou que a esotropia congênita, presente desde o nascimento, é mais frequente em meninos.
  • Exotropia: O olho desvia para fora (divergente). Pode ser intermitente, ocorrendo apenas em momentos de cansaço ou distração, ou constante.
  • Hipertropia: O olho desvia para cima.
  • Hipotropia: O olho desvia para baixo.

Além da direção, o estrabismo também pode ser classificado como:

  • Concomitante: O ângulo de desvio permanece o mesmo em todas as direções do olhar.
  • Incomitante: O ângulo de desvio varia conforme a posição do olho. Geralmente associado a paralisias ou restrições musculares.

Para Quem é Indicada a Cirurgia de Estrabismo?

A cirurgia é geralmente indicada para:

  • Corrigir o desalinhamento ocular que não responde a tratamentos conservadores: Óculos, prismas ou toxina botulínica podem ser eficazes em alguns casos, mas quando não há melhora significativa do alinhamento, a cirurgia pode ser necessária.
  • Restaurar ou melhorar a visão binocular: A cirurgia visa realinhar os olhos para que o cérebro possa fundir as imagens de ambos os olhos em uma única imagem tridimensional, permitindo uma melhor percepção de profundidade.
  • Tratar a ambliopia: Em alguns casos, a cirurgia pode ser necessária para melhorar o alinhamento e permitir que o cérebro utilize ambos os olhos, prevenindo ou tratando a ambliopia.
  • Melhorar a autoestima e a qualidade de vida: O estrabismo pode causar constrangimento e afetar a interação social. A correção cirúrgica pode melhorar a autoestima e a confiança do paciente.

Para Quem NÃO é Indicada a Cirurgia de Estrabismo?

A cirurgia pode ser contraindicada em casos de:

  • Infecções oculares ativas
  • Doenças sistêmicas descompensadas
  • Problemas de coagulação sanguínea
Imagem representativa de situações que contraindicam a cirurgia de estrabismo, como infecção ocular ou doença sistêmica descompensada.
A cirurgia de estrabismo é um procedimento eficaz, mas nem sempre é indicada. Em casos de infecções oculares, doenças sistêmicas descompensadas ou outras condições específicas, o procedimento pode ser contraindicado

Como é Feita a Cirurgia de Estrabismo?

A cirurgia é realizada sob anestesia geral em ambiente hospitalar. O cirurgião oftalmologista especializado em estrabismo realiza pequenas incisões na conjuntiva (membrana que recobre o olho) para acessar os músculos extraoculares. Os músculos podem ser reposicionados, encurtados ou alongados, dependendo do tipo e grau de desalinhamento. As incisões são pequenas e geralmente ficam escondidas sob a pálpebra. Os pontos são absorvidos espontaneamente pelo olho, não sendo necessária a retirada de pontos no pós-operatório.

Cuidados Pós-Operatórios:

  • Uso de colírios e pomadas antibióticas e anti-inflamatórias.
  • Compressas geladas para reduzir o inchaço.
  • Repouso relativo, evitando locais contaminados. Retorno ao oftalmologista para acompanhamento

Riscos da Cirurgia:

Como em qualquer procedimento cirúrgico, existem riscos associados à cirurgia de estrabismo, embora sejam raros:

  • Infecção
  • Sangramento
  • Visão dupla (diplopia)
  • Correção insuficiente ou excessiva
  • Perfuração do globo ocular (extremamente raro)

Acesso aos Músculos Oculares na Cirurgia:

O cirurgião acessa os músculos extraoculares através de pequenas incisões na conjuntiva. A técnica cirúrgica varia de acordo com o tipo de estrabismo e os músculos afetados.

Sutura Ajustável:

Em alguns casos, especialmente em cirurgias complexas, o cirurgião pode optar por usar suturas ajustáveis. Essas suturas permitem que o alinhamento ocular seja ajustado, caso necessário, para obter o melhor resultado possível.

A Cirurgia é Definitiva?

Na maioria dos casos, a cirurgia de estrabismo é eficaz na correção do desalinhamento ocular. No entanto, em alguns casos, pode haver recidiva do estrabismo, principalmente em pacientes com alterações neurológicas ou desequilíbrios musculares complexos. Nesses casos, uma nova cirurgia pode ser necessária

A Cirurgia Causa Dor?

A cirurgia é realizada sob anestesia geral, portanto, o paciente não sente dor durante o procedimento. No pós-operatório, pode haver algum desconforto, inchaço e vermelhidão, geralmente controlados com colírios e analgésicos comuns.

Valor da Cirurgia:

O valor da cirurgia varia conforme a complexidade do caso, o hospital, o plano de saúde e a experiência do cirurgião. É fundamental realizar uma consulta com um oftalmologista especializado em estrabismo para uma avaliação individualizada e um orçamento detalhado.

Dúvidas Frequentes:

A cirurgia pode ser realizada em bebês?

Sim, em alguns casos de estrabismo congênito, a cirurgia pode ser realizada nos primeiros meses de vida.
 

O estrabismo pode voltar após a cirurgia?

Sim, em alguns casos pode haver recidiva. Se necessário, a cirurgia pode ser realizada mais de uma vez para obter resultado satisfatório.

Quais são os sinais de alerta no pós-operatório?

Quais são os sinais de alerta no pós-operatório? Dor intensa, secreção purulenta, diminuição da visão, sangramento.

Conclusão

A cirurgia de estrabismo é um procedimento seguro e eficaz na correção do desalinhamento ocular, proporcionando melhora funcional, estética, e na qualidade de vida dos pacientes. A escolha do cirurgião, os cuidados no pré e pós-operatório, e o acompanhamento regular com o oftalmologista são fundamentais para o sucesso do tratamento.

O estrabismo infantil, conhecido popularmente como “vesguice”, é uma condição ocular relativamente comum, afetando cerca de 2% a 4% das crianças. Caracteriza-se pelo desalinhamento dos olhos, onde um ou ambos desviam do ponto de fixação. Este desvio pode ser para dentro (esotropia), para fora (exotropia), para cima (hipertropia) ou para baixo (hipotropia). O diagnóstico e tratamento precoces são cruciais para prevenir complicações como a ambliopia (olho preguiçoso) e problemas de percepção de profundidade

É fundamental que o estrabismo infantil seja diagnosticado e tratado precocemente para evitar complicações na visão da criança, como ambliopia (olho preguiçoso) e problemas de percepção de profundidade. Neste artigo, vamos abordar as causas, sintomas, tipos de estrabismo e as principais opções de tratamento disponíveis.

Como é a Visão de Quem Tem Estrabismo?

A visão de uma pessoa com estrabismo pode variar dependendo do tipo e gravidade do desalinhamento. Como o cérebro recebe duas imagens diferentes (uma de cada olho), ele pode optar por suprimir a imagem do olho desviado para evitar a visão dupla (diplopia). Essa supressão, se não tratada, pode levar à ambliopia, onde o olho afetado não se desenvolve completamente, resultando em baixa visão

Algumas pessoas com estrabismo podem experimentar visão dupla, dificuldade em focar objetos, dores de cabeça e fadiga ocular. A percepção de profundidade, essencial para atividades como pegar objetos e praticar esportes, também pode ser afetada. Imagine tentar pegar uma bola com duas imagens dela levemente deslocadas – a coordenação entre mão e olho fica prejudicada.

Quando o bebê deixa de ser vesgo ?

Nos primeiros meses de vida, é normal que os olhos dos bebês apresentem um leve desalinhamento ocasional. Isso ocorre porque os músculos oculares ainda estão em desenvolvimento e aprendendo a trabalhar em conjunto. Geralmente, esse desalinhamento desaparece por volta dos 3 a 4 meses de idade.

No entanto, se o desalinhamento persistir após os 6 meses de idade ou se for constante ou muito perceptível, é fundamental procurar um oftalmologista pediátrico para avaliação. O diagnóstico e o tratamento precoces são essenciais para evitar complicações na visão da criança.

O que causa estrabismo infantil ?

O estrabismo infantil pode ser causado por diversos fatores, incluindo:

  • Genética: Histórico familiar de estrabismo aumenta as chances da criança desenvolver a condição.
  • Erros refrativos: Miopia, hipermetropia e astigmatismo não corrigidos podem contribuir para o estrabismo.
  • Problemas musculares: Desequilíbrio na força ou no controle dos músculos oculares.
  • Doenças neurológicas: Paralisia cerebral, hidrocefalia e síndrome de Down podem estar associadas ao estrabismo.
  • Prematuridade e baixo peso ao nascer: Bebês prematuros têm maior risco de desenvolver estrabismo.
  • Traumas oculares ou cerebrais: Lesões nos olhos ou no cérebro podem afetar o controle dos músculos oculares.

Tipos de Estrabismo

Existem diferentes tipos de estrabismo, classificados de acordo com a direção do desvio ocular:

  • Esotropia: Desvio convergente (para dentro). É o tipo mais comum e pode ser congênito (presente ao nascimento) ou adquirido.
  • Exotropia: Desvio divergente (para fora). Mais frequente em momentos de distração ou cansaço.
  • Hipertropia: Desvio para cima. Menos comum que os anteriores
  • Hipotropia: Desvio para baixo. Também menos frequente.

Sintomas de Estrabismo Infantil

Os sintomas do estrabismo infantil podem variar, mas os mais comuns incluem:

  • Desalinhamento ocular visível: um ou ambos os olhos desviam do ponto de fixação.
  • Fechamento de um dos olhos em ambientes com muita luz: A criança pode fechar um dos olhos para evitar a visão dupla.
  • Inclinação da cabeça para enxergar melhor: A criança inclina a cabeça para compensar o desalinhamento ocular.
  • Dificuldade em focar objetos: A criança pode ter dificuldade em acompanhar objetos em movimento.
  • Visão dupla (diplopia): A criança pode enxergar duas imagens do mesmo objeto.
  • Baixa visão em um dos olhos (ambliopia): O olho desviado pode apresentar baixa visão devido à supressão da imagem pelo cérebro.

Diagnóstico de Estrabismo

O diagnóstico de estrabismo é feito por um oftalmologista pediátrico através de um exame oftalmológico completo, que inclui:

  • Avaliação do alinhamento ocular: O médico observa a posição dos olhos da criança em diferentes posições do olhar.
  • Teste do reflexo corneano: Avalia a simetria do reflexo luminoso na córnea de cada olho.
  • Teste de cobertura: O médico cobre um olho de cada vez para observar a movimentação do outro olho.
  • Avaliação da refração: Determina a presença de erros refrativos (miopia, hipermetropia, astigmatismo).

Tratamentos para Estrabismo Infantil

O tratamento para estrabismo infantil varia de acordo com a causa, a gravidade e o tipo de desalinhamento. As principais opções incluem:

  • Óculos: Corrigem erros refrativos, melhorando o alinhamento e prevenindo a ambliopia. A criança pode precisar usar óculos o tempo todo ou apenas para determinadas atividades.

  • Tampão Ocular: Oclusão do olho mais forte para estimular o desenvolvimento do olho mais fraco. A frequência e duração variam conforme a gravidade da ambliopia. É fundamental a adesão da criança e da família a este tratamento, que pode ser desafiador.
  • Toxina Botulínica: Injeções para enfraquecer músculos oculares hiperativos, melhorando o alinhamento. Em alguns casos, o efeito é permanente; em outros, o tratamento deve ser repetido.
  • Cirurgia: Corrige o desalinhamento muscular, geralmente recomendada após as outras opções terapêuticas ou em casos com indicações específicas. A cirurgia costuma ser segura e eficaz.

Quanto tempo usar o tampão?

O tempo de uso do tampão ocular varia de acordo com a gravidade da ambliopia e a resposta da criança ao tratamento. O oftalmologista determinará a frequência e a duração do uso do tampão, que pode variar de poucas horas por dia a períodos mais prolongados.

Qual a melhor idade para fazer cirurgia de Estrabismo?

A idade ideal para cirurgia de estrabismo varia de acordo com tipo de estrabismo. Em alguns casos, é realizada próximo aos 12 meses de idade. Em outros, na criança maior, ou até na adolescência. Os adultos também podem ser submetidos à cirurgia para correção de estrabismo.

Qual a duração da Cirurgia de Estrabismo?

A cirurgia de estrabismo é geralmente realizada no hospital, com duração média de 1 a 2 horas, dependendo da complexidade do caso e também de quantos músculos oculares serão operados.

Pós-Operatório da Cirurgia de Estrabismo: Recuperação e Cuidados

Após a cirurgia, a criança pode apresentar vermelhidão, inchaço e desconforto nos olhos. O oftalmologista prescreverá colírios ou pomadas para ajudar na recuperação e prevenir infecções. É importante seguir as recomendações médicas quanto à higiene ocular, uso de medicamentos e retorno às atividades normais.

Conclusão

O estrabismo infantil é uma condição que requer atenção e tratamento precoce para evitar complicações na visão da criança. Com diagnóstico e tratamento adequados, a maioria das crianças com estrabismo pode alcançar um bom alinhamento ocular e um desenvolvimento visual saudável. É fundamental que os pais estejam atentos aos sinais de estrabismo e procurem um oftalmologista pediátrico para avaliação e acompanhamento


Introdução:

Observar cada detalhe do desenvolvimento de um bebê é uma tarefa deliciosa para os pais, mas também gera muitas dúvidas. Um olhar atento pode notar características que nem sempre indicam um problema, como é o caso do falso estrabismo em bebês.

Enquanto o estrabismo verdadeiro exige acompanhamento médico especializado para corrigir o desalinhamento dos olhos, o falso estrabismo se caracteriza por uma falsa impressão de que os olhos do bebê estão desalinhados.

Neste artigo, vamos entender melhor o que é o falso estrabismo em bebês, suas causas, como diferenciá-lo do estrabismo verdadeiro e quando é importante procurar um oftalmologista.


O que é Falso Estrabismo em Bebês?


O falso estrabismo em bebês, também conhecido como pseudo-estrabismo, é uma condição benigna e bastante comum nos primeiros meses de vida. Ele causa a ilusão de que os olhos do bebê estão desalinhados, geralmente convergindo para dentro (esotropia) ou para fora (exotropia).

Diferente do estrabismo verdadeiro, o falso estrabismo não afeta a saúde ocular do bebê, nem interfere no desenvolvimento da sua visão. A maioria dos casos se resolve naturalmente com o crescimento da criança, sem necessidade de tratamento.

Causas do Falso Estrabismo em Bebês


A principal causa do falso estrabismo em bebê é a anatomia facial ainda em desenvolvimento. Alguns fatores podem contribuir para a aparência de olhos desalinhados, como:


1 – Ponte nasal achatada (comum em bebês): A ponte nasal larga e achatada, característica de bebês, pode fazer com que parte da esclera (parte branca do olho) fique coberta pela pele próxima ao canto interno do olho, dando a ilusão de que os olhos estão voltados para dentro.

2- Pregas epicânticas proeminentes: As pregas epicânticas são dobras de pele presentes no canto interno dos olhos, mais comuns em bebês de origem asiática. Essas pregas podem cobrir parte do branco dos olhos, principalmente quando o bebê olha para os lados, criando a aparência de estrabismo.

3 – Distância entre os olhos (hipertelorismo): Bebês com hipertelorismo, ou seja, com uma distância maior entre os olhos, podem apresentar uma tendência ao falso estrabismo divergente, com os olhos parecendo voltados para fora.

Diferenciando Falso Estrabismo de Estrabismo Verdadeiro



Diferenciar o falso estrabismo do verdadeiro é fundamental para garantir que o bebê receba o tratamento adequado, caso necessário. Somente um oftalmologista pode realizar o diagnóstico preciso, mas alguns sinais podem ajudar os pais a identificarem a necessidade de uma consulta médica:

Falso estrabismo em bebês:

  • A aparência de olhos desalinhados é inconsistente, ou seja, os olhos do bebê parecem retos em alguns momentos e desalinhados em outros.
  • O desalinhamento ocular é mais evidente em fotos, especialmente quando a cabeça do bebê está inclinada ou virada para o lado.
  • Não há histórico familiar de estrabismo.

Estrabismo verdadeiro:

  • O desalinhamento ocular é constante, independente da posição da cabeça do bebê.
  • Um ou ambos os olhos do bebê se movem independentemente um do outro.
  • O bebê pode apresentar outros sintomas, como inclinação da cabeça, fechamento frequente de um dos olhos, dificuldade em acompanhar objetos em movimento ou queixas de visão dupla.

Quando Procurar um Oftalmologista?


É recomendável que todos os bebês façam o primeiro exame oftalmológico completo por volta do primeiro ano de vida. Essa consulta é fundamental para detectar precocemente problemas de visão e garantir o desenvolvimento visual saudável do bebê.

No entanto, se os pais observarem qualquer sinal de estrabismo, mesmo que a suspeita seja de falso estrabismo, é essencial procurar um oftalmologista o mais breve possível para uma avaliação completa. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado do estrabismo verdadeiro são cruciais para evitar complicações como ambliopia (olho preguiçoso) e perda de visão permanente.


Diagnóstico e Tratamento do falso estrabismo


O diagnóstico do falso estrabismo em bebês é feito por meio de um exame oftalmológico completo, que inclui a avaliação do alinhamento ocular, da movimentação dos olhos e da saúde ocular geral. O oftalmologista irá observar o reflexo da luz nos olhos do bebê, testar sua capacidade de focar e acompanhar objetos, além de avaliar a presença de outros problemas de visão.

Como o falso estrabismo não é uma condição prejudicial à saúde ocular, geralmente não requer tratamento. Na maioria dos casos, a aparência dos olhos desalinhados tende a desaparecer naturalmente à medida que o bebê cresce e sua estrutura facial se desenvolve.


Conclusão


O falso estrabismo em bebês é uma condição benigna que não afeta a saúde ocular da criança. No entanto, é fundamental que os pais estejam atentos aos sinais de desalinhamento ocular e procurem um oftalmologista para um diagnóstico preciso. Afinal, o estrabismo verdadeiro, se não tratado precocemente, pode comprometer a visão do bebê permanentemente. O acompanhamento profissional regular garante o desenvolvimento visual saudável da criança e a tranquilidade dos pais.

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Resumo: Os cuidados com os olhos e com a boa visão devem ser iniciados já nos primeiros meses de vida. Entenda o que é o estrabismo, quais seus tipos, quando ocorre, e suas principais causas. Saiba também como é diagnosticado, quais suas consequências e tratamentos mais eficazes, além de quando deve-se procurar ajuda especializada.

O que é estrabismo?

Estrabismo é um distúrbio que altera o alinhamento dos olhos fazendo com que cada olho aponte para uma direção diferente, e assim comprometendo o paralelismo entre os olhos. Esse distúrbio pode aparecer em qualquer fase da vida, desde bebês pequenos até idosos, e por diferentes razões. É importante realizar uma consulta com o oftalmologista especialista em estrabismo quando:

  • Percebe-se perda do alinhamento entre os olhos
  • Percebe-se visão dupla, ou seja, imagens duplicadas

Lembre-se: o estrabismo ocorre em cerca de 3% das crianças, e que se o tratamento não for precoce, pode haver alguma perda de visão.

Classificações do estrabismo

O estrabismo pode ser classificado em esotropia ou convergente, quando um ou os dois olhos apontam para dentro (para o nariz); exotropia ou divergente, quando um ou ambos os olhos se deslocam para fora e em hipertropia ou vertical, quando um ou os dois olhos apontam para cima ou para baixo.

É importante observar que esses desvios podem ser monoculares, quando ocorrem sempre no mesmo olho, ou alternantes, quando aparecem ora em um, ora em outro olho. Os desvios alternantes são relativamente mais funcionais que os monoculares pois a acuidade visual pode ser semelhante em ambos os olhos, já nos monoculares um olho apresenta visão normal e o outro (com desvio) pode apresentar perda progressiva da visão.

Há ainda os desvios intermitentes, quando ocorrem de vez em quando ou latentes, quando o olho fica desalinhado apenas em algumas situações. É frequente perceber o desalinhamento dos olhos principalmente em fotografias. Nos desvios latentes o alinhamento é corrigido pelo cérebro, mantendo um aparente alinhamento e permitindo a fusão das imagens que chegam ao sistema nervoso central, partindo de cada um dos olhos. Esses tipos de estrabismo podem não causar sintomas e passar despercebidos, sendo diagnosticados apenas pelo oftalmologista especialista em estrabismo.

Há ainda a classificação relativa ao ângulo do desvio. É chamado concomitante quando o ângulo de desvio é constante em todas as direções ou paralítico, caso o ângulo seja variável conforme a direção do olhar.

O estrabismo pode aparecer em qualquer fase da vida, desde bebês até idosos, mas vale ressaltar que, até completar 3 meses o bebê ainda está aprendendo a controlar o movimento dos olhos. Essa falta de controle não caracteriza disfunção ou estrabismo.

Sobre os tipos de estrabismo

  • Convergente: um olho fixa o objeto (fixador) e o outro (adelfo) desvia para dentro
  • Divergente: um olho é fixador e o adelfo aponta para fora
  • Vertical: a pessoa vê duas imagens de um mesmo objeto, um “em cima” do outro. É comum que essa pessoa incline a cabeça para um dos lados (torcicolo )tentando evitar a visão dupla (diplopia)
  • Paralitico: é um desvio mais frequentemente adquirido. Costuma ser maior quando a pessoa olha para o lado do musculo paralisado e menor quando olha na direção contrária.
  • Acomodativo ou refrativo: costuma ocorrer por volta dos dois a três anos de idade como consequência de graus altos de hipermetropia. Ao corrigir a refração (grau dos óculos), o estrabismo pode desaparecer.
  • Intermitente: os olhos desalinham momentaneamente em decorrência da labilidade muscular desencadeada, por exemplo, pelo cansaço, distração, estimulação solar, aumento da temperatura corporal ou alterações emocionais
  • Pseudo-estrabismo ou falso estrabismo: é a falsa impressão de desvio ocular devido a existência de uma prega de pele no canto interno dos olhos (epicanto)
  • Latente: manifesta-se quando há obstrução da visão de um dos olhos.
  • Congênito: quando aparece desde o nascimento ou nos primeiros meses de vida. As causas podem ser desconhecidas.

Causas do Estrabismo

Nervos cranianos conectados ao sistema nervoso central são os responsáveis por controlar os seis músculos que comandam o movimento de cada um dos olhos. A ação equilibrada e sincronizada desses músculos garante que os olhos permaneçam alinhados.

Entretanto, alguns fatores podem comprometer o funcionamento normal de um ou mais dos integrantes desse sistema, como por exemplo:

  • Dificuldade motora
  • Grau elevado de hipermetropia (o que obriga a aproximação forçada dos olhos para tentar compensar a dificuldade de visão (esotropia acomodativa)
  • Baixa visão em um dos olhos
  • Doenças neurológicas como AVC (derrame) ou traumas cerebrais
  • Condições genéticas como a síndrome de Down
  • Problemas oculares como a catarata congênita
  • Doenças infecciosas como a meningite ou encefalite
  • Problemas na tireoide
  • Diabetes
  • Hereditariedade

Sintomas do estrabismo

Os sintomas do estrabismo não são iguais em todas as idades. Quando a alteração se manifesta nos primeiros anos de vida, ainda não há referência ao principal sintoma, que é a diplopia (visão dupla). As crianças desenvolvem um mecanismo de supressão e apagam a imagem formada pelo olho que sofreu o desvio. Esse mecanismo tem uma grave consequência, que é o não desenvolvimento da região do cérebro responsável pela visão desse olho e, por isso, pode levar a perda visual irreversível. Esse problema é chamado de ambliopia e é frequente em crianças que não foram submetidas a exames de visão de rotina com oftalmologistas infantis (oftalmopediatras) ou oftalmologistas especialistas em estrabismo. Outro sintoma observado em crianças é a postura anômala, movimentação corporal descoordenada, e apertar ou cobrir um dos olhos.

O estrabismo infantil está relacionado à falta de controle muscular, e não com a força muscular.

Diferente das crianças menores, a diplopia é uma queixa frequente em crianças maiores e adultos. Pode ser acompanhada de dor de cabeça, torcicolo e uma inclinação característica da cabeça que a pessoa estrábica faz na tentativa de enxergar melhor.

Diagnóstico para estrabismo

Quando a pessoa busca o oftalmologista, um dos testes fundamentais que é realizado é o teste do reflexo de luz na córnea. Ele avalia se o foco de luz está centralizado nas duas córneas e é essencial para diagnosticar o estrabismo. Outros exames também são necessários, como os de acuidade visual, de fundo de olho, de oclusão e movimento ocular. Já para avaliar o tamanho do desvio é realizado o covertest. Todos eles são úteis para avaliar a saúde normal dos olhos ou para a confirmação do diagnóstico de estrabismo, além de verificar se o aparente desvio não está sendo provocado por um falso estrabismo. Isso pode acontecer quando há uma alteração anatômica frequente causada pela base do nariz mais larga associada a uma prega de pele que recobre a parte branca dos olhos (esclera), dando a falsa impressão de estrabismo, quando, de fato, os olhos estão bem alinhados.

Estrabismo tem cura?

Na grande maioria dos casos adequadamente tratados, o estrabismo tem cura.

A pergunta “estrabismo tem cura?” é frequente nos consultórios de oftalmologia. A resposta, no entanto, não é tão simples quanto um “sim” ou “não”. O estrabismo pode ser tratado e, em muitos casos, corrigido com sucesso, mas a definição de “cura” depende do tipo e da gravidade do estrabismo, da idade do paciente e da resposta ao tratamento.

Em crianças pequenas, com diagnóstico e tratamento precoces, as chances de correção completa do desalinhamento ocular e recuperação da visão binocular são maiores. O tratamento pode envolver o uso de óculos, tampão ocular, toxina botulínica ou cirurgia de estrabismo. Em alguns casos, a combinação de diferentes abordagens terapêuticas é necessária.

Já em adultos, o tratamento do estrabismo visa principalmente melhorar o alinhamento ocular e reduzir os sintomas, como a visão dupla. A “cura” completa, no sentido de restaurar a visão binocular perfeita, pode ser mais difícil de alcançar em adultos, dependendo da causa e da duração do estrabismo.

É importante destacar que o estrabismo não desaparece sozinho. Ignorar o problema pode levar a complicações como ambliopia (olho preguiçoso) e perda permanente de visão. Por isso, o diagnóstico e o tratamento precoces são fundamentais.

Estrabismo em Adultos

O estrabismo, embora frequentemente associado à infância, também pode afetar adultos. Ele pode persistir desde a infância, surgir como consequência de uma condição preexistente ou ser adquirido devido a outras doenças ou lesões. A manifestação mais comum do estrabismo em adultos é a visão dupla (diplopia), um sintoma que impacta significativamente a qualidade de vida, afetando a leitura, a condução e outras atividades diárias.

Causas do Estrabismo em Adultos

  • Trauma ocular ou craniano: Lesões diretas nos olhos ou na região da cabeça podem danificar os músculos oculares ou os nervos que controlam sua movimentação, resultando em desalinhamento.
  • Baixa visão prolongada em um dos olhos: Quando um olho apresenta baixa visão por um período prolongado, o cérebro pode começar a suprimir a imagem desse olho, levando ao desvio. Condições como catarata, degeneração macular e retinopatia diabética podem causar baixa visão e contribuir para o estrabismo.
  • Cirurgias oculares, faciais ou neurológicas: Intervenções cirúrgicas na região dos olhos, face ou cérebro podem, em alguns casos, afetar os músculos oculares ou os nervos responsáveis por seu controle, desencadeando o estrabismo.
  • Doenças crônicas: Condições como diabetes mellitus e hipertensão arterial podem danificar os vasos sanguíneos que irrigam os nervos que controlam os músculos oculares, aumentando o risco de estrabismo. A retinopatia diabética, por exemplo, pode levar à perda de visão e consequentemente ao estrabismo.
  • Doenças neuromusculares: Miastenia gravis, esclerose múltipla e outras doenças neuromusculares podem afetar a transmissão nervosa para os músculos oculares, causando estrabismo.
  • Alterações na tireoide: A doença de Graves, uma condição autoimune que afeta a tireoide, pode causar inflamação e inchaço dos músculos oculares, levando ao estrabismo.
  • Acidentes vasculares cerebrais (AVCs): AVCs podem danificar áreas do cérebro responsáveis pelo controle dos movimentos oculares, resultando em estrabismo

Tratamento estrabismo :

O primeiro passo do tratamento é corrigir as causas que possam estar contribuindo para o aparecimento do desvio. Os resultados aparecerão mais rapidamente se o tratamento for iniciado precocemente. Portanto, procurar o oftalmologista infantil, oftalmopediatra ou especialista em estrabismo assim que perceber anormalidades pode garantir melhores resultados. Com o objetivo de corrigir os problemas visuais, são aplicadas medidas terapêuticas como a aplicação de colírios, uso de óculos, exercícios para o fortalecimento dos músculos oculares, uso de tampões para estimular o olho com deficiência e aplicação de medicação nos músculos oculares, como a toxina botulínica.

Quando o desvio se mantém mesmo após o tratamento das causas, a correção pode ser feita através da cirurgia de estrabismo. O tamanho do desvio é determinante para o médico avaliar se será necessário operar os músculos de um ou ambos os olhos. Em alguns casos, é indicada a aplicação de toxina botulínica (botox) como alternativa ao procedimento cirúrgico.

Tipos de Tratamento para estrabismo e suas Eficácias:

  • Óculos: Eficazes na correção de erros refrativos que contribuem para o estrabismo. Em alguns casos, os óculos podem ser suficientes para corrigir o desalinhamento ocular, principalmente em crianças com hipermetropia.
  • Tampão Ocular: O tampão é usado para tratar a ambliopia, fortalecendo o olho mais fraco. Não corrige diretamente o estrabismo, mas melhora a visão binocular.
  • Toxina Botulínica: As injeções de toxina botulínica podem relaxar os músculos oculares, melhorando temporariamente o alinhamento dos olhos. Não é uma solução definitiva, mas pode ser útil em alguns casos, principalmente em adultos ou como tratamento complementar à cirurgia.
  • Cirurgia: A cirurgia de estrabismo é um procedimento eficaz para corrigir o desalinhamento ocular. Na maioria dos casos, a cirurgia proporciona uma melhora significativa no alinhamento e na visão binocular. No entanto, em alguns casos, pode ser necessário realizar mais de uma cirurgia ou combinar a cirurgia com outros tratamentos.
  • Terapia visual: Exercícios oculares podem ajudar a melhorar a coordenação e a visão binocular.
  • Óculos com prismas: Prismas são lentes especiais que desviam a luz, ajudando a alinhar as imagens e reduzir a visão dupla.

Risco cirúrgico

Como qualquer cirurgia, a cirurgia de estrabismo tem riscos. O principal deles é o estrabismo residual, quando, após a cirurgia, o olho apresenta algum desvio.

De forma geral, as taxas de sucesso da cirurgia são altas. Oftalmologistas especialistas em cirurgia de estrabismo são os profissionais qualificados para realizar esse tipo de procedimento.

Perguntas Frequentes

Como o estrabismo é diagnosticado?

O diagnóstico é feito por um oftalmologista através de um exame oftalmológico completo, que inclui: Teste do reflexo corneano (teste do olhinho), Teste de cobertura, Teste de Hirschberg, Avaliação da acuidade visual, Exame de fundo de olho,

Quais são os tratamentos para estrabismo?

Tampão ocular, Toxina botulínica, Cirurgia de estrabismo, Terapia visual (ortóptica), Prismas

A cirurgia de estrabismo é segura?

Sim, a cirurgia é geralmente segura, mas como qualquer procedimento cirúrgico, envolve riscos potenciais, como infecção, sangramento e visão dupla persistente. Complicações graves são raras.

O estrabismo pode voltar após a cirurgia?

Em alguns casos, o estrabismo pode retornar após a cirurgia, especialmente se o desalinhamento for muito grande ou se houver alguma condição médica subjacente

O estrabismo pode afetar a autoestima da criança?

Sim, o estrabismo pode causar constrangimento e afetar a autoestima, principalmente em crianças maiores. O tratamento pode ajudar a melhorar a aparência e a confiança da criança.

Quando devo procurar um oftalmologista?

Se você notar qualquer sinal de estrabismo em seu filho, como desalinhamento dos olhos, inclinação da cabeça para enxergar ou visão dupla, procure um oftalmologista o mais breve possível. A detecção e o tratamento precoces são essenciais para o melhor resultado visual.

Atenção!

  • Não é verdade que qualquer tipo de estrabismo desaparece com o crescimento da criança. Assim que notada qualquer alteração nos olhos, a criança deve ser levada a um oftalmologista infantil.
  • O estrabismo pode ser tratado em qualquer idade, porém é importante observar que, quanto antes o tratamento for iniciado, mais rápido e melhores serão os resultados. Outro fator essencial é seguir o tratamento com rigor. Estrabismo não tratado pode ocasionar a perda visual do olho com desvio.

Dra Iara Debert atende na Clinica OIE.

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