Ambliopia (Olho Preguiçoso): Tudo o Que Você Precisa Saber
Introdução: A ambliopia, conhecida popularmente como “olho preguiçoso”, é uma condição oftalmológica que afeta cerca de 2 a 3% da população infantil. Caracteriza-se pela redução
Neste portal você encontrará, informações sobre causas, consequências e tratamentos. Relacionado a saúde ocular. Todo feitos por um referência nacional em oftalmologia infantil e estrabismo.
A oftalmologista infantil Dra. Iara Debert
Introdução: A ambliopia, conhecida popularmente como “olho preguiçoso”, é uma condição oftalmológica que afeta cerca de 2 a 3% da população infantil. Caracteriza-se pela redução
Cuidar da visão das crianças é essencial para garantir um desenvolvimento saudável e pleno. A visão desempenha um papel crucial no aprendizado, na coordenação motora,
O estrabismo, popularmente conhecido como “vesguice” ou “olho torto”, é uma condição oftálmica caracterizada pelo desalinhamento dos olhos, onde um ou ambos desviam do ponto
Introdução: A ambliopia, conhecida popularmente como “olho preguiçoso”, é uma condição oftalmológica que afeta cerca de 2 a 3% da população infantil. Caracteriza-se pela redução
Cuidar da visão das crianças é essencial para garantir um desenvolvimento saudável e pleno. A visão desempenha um papel crucial no aprendizado, na coordenação motora,
Cuidar da visão das crianças é essencial para garantir um desenvolvimento saudável e pleno. A visão desempenha um papel crucial no aprendizado, na coordenação motora,
O estrabismo, popularmente conhecido como “vesguice” ou “olho torto”, é uma condição oftálmica caracterizada pelo desalinhamento dos olhos, onde um ou ambos desviam do ponto
Introdução: A ambliopia, conhecida popularmente como “olho preguiçoso”, é uma condição oftalmológica que afeta cerca de 2 a 3% da população infantil. Caracteriza-se pela redução da acuidade visual em um ou ambos os olhos, mesmo com a melhor correção óptica (óculos ou lentes de contato). A condição se desenvolve durante a infância, período crítico para a formação e o amadurecimento das vias visuais. Se não diagnosticada e tratada precocemente, pode levar a uma perda de visão permanente e comprometer significativamente a qualidade de vida. Neste guia completo, exploraremos em detalhes as causas, os sintomas, o diagnóstico, os tratamentos e as formas de prevenção da ambliopia, fornecendo informações valiosas para pais, responsáveis e profissionais de saúde.
A ambliopia não é um problema estrutural do olho em si, mas sim um problema de desenvolvimento da via visual entre o olho e o cérebro. Durante a infância, o cérebro aprende a interpretar os sinais visuais recebidos de ambos os olhos. Quando um dos olhos recebe imagens embaçadas, distorcidas ou desalinhadas, o cérebro tende a suprimir a imagem desse olho para evitar confusão. Com o tempo, essa supressão contínua leva ao enfraquecimento da via visual do olho suprimido, resultando em ambliopia. É como se o cérebro “desligasse” um dos olhos, impedindo seu desenvolvimento visual adequado.
A ambliopia pode ter várias causas, e entender sua origem é essencial para determinar o tratamento mais eficaz. As principais causas incluem diversos fatores que interferem no desenvolvimento normal da visão durante a infância e visão adulta.
Ambliopia causada por estrabismo (Ambliopia Estrabísmica): É a causa mais comum de ambliopia, representando cerca de 50% dos casos. O desalinhamento dos olhos (estrabismo) impede que o cérebro receba as mesmas imagens de ambos os olhos, levando à supressão da imagem de um dos olhos. A esotropia (desvio para dentro) é o tipo mais associado à ambliopia
Ambliopia causada por erros de refração (Ambliopia Anisometrópica e Ambliopia por Ametropia): Erros de refração não corrigidos ou com grande diferença entre os olhos (anisometropia) causam imagens embaçadas ou distorcidas que chegam ao cérebro. A anisometropia é uma causa comum e muitas vezes não é percebida pelos pais. Por exemplo, se um olho tem uma visão normal e o outro apresenta alta miopia, o cérebro pode priorizar o olho com melhor visão, levando à ambliopia no olho menos utilizado.
Ambliopia causada por bloqueio ou diminuição da visão (Ambliopia ex anopsia ou Ambliopia por Privação): Qualquer condição que impeça a entrada de luz no olho durante a infância pode causar ambliopia. As causas mais comuns são catarata congênita (opacidade do cristalino presente ao nascimento), ptose palpebral (pálpebra caída) e cicatrizes na córnea. Exemplos incluem catarata congênita, ptose (queda da pálpebra) ou lesões oculares. Esse bloqueio impede o desenvolvimento normal da visão durante a infância.
A ambliopia é mais comum em crianças, especialmente entre 6 meses e 7 anos de idade, período crítico para o desenvolvimento visual. Durante essa fase, o cérebro aprende a processar informações visuais e qualquer interrupção pode levar ao desenvolvimento de ambliopia. Estudos mostram que a detecção precoce é crucial, pois o cérebro infantil é altamente plástico, ou seja, capaz de se adaptar e corrigir problemas visuais com intervenção adequada. No entanto, se a ambliopia não for tratada até os 8-10 anos de idade, as chances de recuperação completa significativamente.
Embora a ambliopia seja mais frequentemente associada à infância, ela também pode afetar adultos. Em alguns casos, a condição não foi diagnosticada na infância ou o tratamento inicial não foi bem-sucedido. Em adultos, o tratamento pode ser mais desafiador devido à menor plasticidade cerebral. No entanto, avanços recentes, como terapias de reabilitação visual e uso de tecnologias específicas, têm mostrado resultados promissores.
Para entender plenamente a ambliopia, é fundamental mergulhar nas especificidades de cada uma de suas causas, compreendendo os mecanismos pelos quais elas afetam o desenvolvimento visual.
Ambliopia Estrabísmica: O Estrabismo, como um ponto de partida para a Ambliopia.
A ambliopia estrabísmica é a forma mais comum, representando aproximadamente metade de todos os casos. Essa condição surge quando há um desalinhamento dos olhos, conhecido como estrabismo. Em vez de ambos os olhos apontarem para o mesmo ponto no espaço, um olho se desvia para dentro (esotropia), para fora (exotropia), para cima (hipertropia) ou para baixo (hipotropia).
Mecanismo: Essa divergência na direção dos olhos resulta em duas imagens diferentes sendo enviadas ao cérebro. Incapaz de processar duas imagens distintas, o cérebro começa a suprimir a imagem proveniente do olho desalinhado para evitar a diplopia (visão dupla). Com o tempo, essa supressão contínua leva à da via visual do olho desviado, resultando na ambliopia.
Exemplo Prático: Uma criança com esotropia congênita, onde um olho está constantemente desviado para dentro, terá uma forte tendência a desenvolver ambliopia nesse olho. O cérebro, ao priorizar a imagem nítida do olho alinhado, negligencia o outro, comprometendo seu desenvolvimento visual.
Ambliopia Anisometrópica: A Diferença que Prejudica a Visão.
Anisometropia refere-se a uma diferença significativa no erro refrativo entre os dois olhos. Isso significa que um olho pode ter miopia (dificuldade para enxergar de longe), hipermetropia (dificuldade para enxergar de perto) ou astigmatismo (visão distorcida) em um grau diferente do outro olho.
Mecanismo: Essa disparidade nos erros de refração causa uma diferença na nitidez das imagens que chegam ao cérebro. O olho com menor erro de refração enviará uma imagem clara, enquanto o olho com maior erro refrativo enviará uma imagem embaçada. Novamente, o cérebro tende a favorecer a imagem mais nítida e suprimir a mais embaçada, levando à ambliopia no olho com maior erro refrativo.
Exemplo Prático: Uma criança com +1,00 dioptrias de hipermetropia em um olho e +4,00 dioptrias no outro terá uma grande disparidade na capacidade de focar objetos próximos. O cérebro, ao privilegiar a imagem mais nítida, suprime a imagem do olho com maior hipermetropia, resultando em ambliopia anisometrópica.
Ambliopia por Ametropia (Refracional): A Falta de Foco Bilateral.
Diferente da anisometropia, a ambliopia por ametropia ocorre quando ambos os olhos apresentam altos erros refrativos (miopia, hipermetropia ou astigmatismo) que não são corrigidos.
Mecanismo: A ausência de correção óptica adequada resulta em imagens constantemente embaçadas chegando ao cérebro. Embora ambos os olhos estejam enviando imagens de qualidade inferior, a falta de nitidez impede o desenvolvimento visual normal.
Exemplo Prático: Uma criança com +6,00 dioptrias de hipermetropia em ambos os olhos terá dificuldade para enxergar com clareza. Se esse alto grau não for corrigido com óculos ou lentes de contato, ambos os olhos sofrerão com a falta de estimulação visual adequada, levando à ambliopia bilateral por ametropia.
Ambliopia por Privação (Ex Anopsia): Impedindo a Luz, Roubando a Visão.
A ambliopia por privação é a forma mais grave, pois resulta da obstrução da visão em um ou ambos os olhos. Essa obstrução impede a entrada de luz e a formação de imagens nítidas na retina, privando o cérebro da estimulação visual necessária.
Mecanismo: Sem a estimulação visual adequada, as vias visuais não conseguem se desenvolver corretamente, levando à ambliopia. A gravidade da ambliopia depende da duração e da intensidade da privação visual.
Exemplos Práticos:
Catarata Congênita: Uma opacidade do cristalino presente ao nascimento impede a passagem da luz, causando ambliopia grave se não for removida cirurgicamente o mais cedo possível.
Ptose Palpebral: Uma pálpebra caída que cobre a pupila impede a entrada de luz no olho, resultando em ambliopia por privação.
Opacidades Corneanas: Cicatrizes ou outras opacidades na córnea podem obstruir a visão e causar ambliopia.
Outras Ambliopias: Causas Menos Comuns, Impacto Similar.
Existem outras causas menos frequentes de ambliopia, como:
Nistagmo: Movimentos involuntários e rítmicos dos olhos que dificultam a fixação e a obtenção de uma imagem nítida.
Aniridia: Ausência parcial ou total da íris, a parte colorida do olho, que pode causar sensibilidade à luz e visão embaçada. Lesões Oculares: Traumas ou outras lesões que afetem a visão podem levar à ambliopia.
Embora a ambliopia possa ser assintomática em muitos casos, a observação atenta de certos sinais e comportamentos pode auxiliar na detecção precoce da condição. É importante notar que os sintomas podem variar dependendo da idade da criança e da gravidade da ambliopia.
Sinais Comportamentais:
Dificuldade em Julgar Distâncias: A criança pode ter dificuldade em pegar objetos, tropeçar com frequência ou apresentar falta de jeito em atividades que exigem coordenação motora.
Visão Embaçada ou Distorcida: A criança pode se queixar de visão embaçada em um dos olhos ou relatar que as coisas parecem diferentes em cada olho.
Sensibilidade à Luz (Fotofobia): Algumas crianças com ambliopia podem apresentar sensibilidade à luz forte e preferir ambientes mais escuros.
Cansaço Ocular: A criança pode se queixar de fadiga ocular após atividades que exigem esforço visual, como leitura ou uso de dispositivos eletrônicos.
Apertar ou Estrabicar os Olhos: Algumas crianças podem apertar ou forçar os olhos para tentar melhorar a visão.
Inclinar a Cabeça: A criança pode inclinar a cabeça para um lado na tentativa de compensar o desalinhamento dos olhos ou melhorar a visão.
Sinais Físicos:
Desalinhamento Ocular (Estrabismo): O desalinhamento dos olhos é um dos sinais mais óbvios de ambliopia. No entanto, nem toda criança com estrabismo terá ambliopia, e nem toda criança com ambliopia terá estrabismo aparente.
Pupilas Desiguais: Em alguns casos, as pupilas dos olhos podem ter tamanhos diferentes.
Movimentos Oculares Anormais: Podem ser notados movimentos irregulares ou descoordenados dos olhos.
Reflexo Vermelho Anormal: Durante o exame do olhinho (teste do reflexo vermelho), o reflexo pode estar diminuído ou ausente em um dos olhos.
Sinais em Testes de Visão:
Diferença na Acuidade Visual: O achado mais característico da ambliopia é a diferença na acuidade visual entre os dois olhos. Em geral, considera-se ambliopia quando há uma diferença de duas ou mais linhas na tabela de Snellen (tabela de optotipos utilizada para medir a acuidade visual). Exemplo Prático: Uma criança que sempre fecha um olho quando tenta ler ou que tem dificuldade em pegar uma bola pode estar apresentando sinais de ambliopia e deve ser avaliada por um oftalmologista.
Geralmente envolve uma combinação de exames oftalmológicos como:
Teste de Acuidade Visual: Avaliação da capacidade de enxergar letras ou símbolos em diferentes distâncias.
Exame de Refração: Identificação de erros refrativos, como miopia, hipermetropia ou astigmatismo.
Teste de Cobertura Ocular: Observação do movimento dos olhos ao cobrir e descobrir cada um individualmente.
Exame de Fundo de Olho: Verificação da saúde da retina e nervo óptico. Em muitos casos, o diagnóstico é feito durante consultas pediátricas de rotina ou exames escolares de triagem visual. É importante que todas as crianças passem por exames oftalmológicos regulares para detectar precocemente a ambliopia e outros problemas de visão.
O prognóstico da ambliopia depende de vários fatores, como a idade do paciente no momento do diagnóstico, a gravidade da condição e a adesão ao tratamento. Quanto mais cedo a ambliopia for detectada e tratada, melhores são as chances de recuperação completa. Pesquisas indicam que cerca de 75% dos casos de ambliopia podem ser corrigidos com tratamento adequado antes dos 7 anos de idade. Após essa idade, o sucesso do tratamento diminui, mas não é impossível.
A ambliopia tem tratamento e, em muitos casos, pode ser revertida, principalmente se diagnosticada e tratada precocemente. No entanto, a “cura”, no sentido de restaurar a visão normal em ambos os olhos, nem sempre é possível. O objetivo principal do tratamento é melhorar a visão do olho mais fraco e fortalecer a via visual entre o olho e o cérebro. Sim, a ambliopia pode ser curada, especialmente quando diagnosticada e tratada precocemente. O tratamento visa corrigir a causa subjacente e treinar o cérebro a usar ambos os olhos de maneira equilibrada.
O tratamento da ambliopia visa forçar o uso do olho mais fraco, estimulando o desenvolvimento da via visual. As opções de tratamento incluem:
Correção Óptica: O primeiro passo é corrigir qualquer erro de refração (miopia, hipermetropia, astigmatismo) com o uso de óculos ou lentes de contato.
Tampão Ocular: O uso de um tampão no olho mais forte (com melhor visão) força o uso do olho mais fraco, estimulando o seu desenvolvimento. A duração do uso do tampão varia conforme a idade e a gravidade da ambliopia e deve ser determinada pelo oftalmologista. A adesão ao tratamento com o tampão é fundamental para o sucesso.
Colírios: Em alguns casos, pode ser utilizado um colírio que embaça a visão do olho mais forte, forçando o uso do olho mais fraco.
Terapia Visual: Exercícios oculares específicos podem ser utilizados para melhorar a coordenação e a visão binocular.
Cirurgia: Em casos de ambliopia causada por estrabismo, a cirurgia para alinhar os olhos pode ser necessária para permitir que o cérebro utilize ambos os olhos.
Tratamento dicóptico (binocular): É um tratamento novo para ambliopia que tem sido estudado nos últimos anos. Seu objetivo é estimular os dois olhos da criança simultaneamente e tem mostrado bons resultados como alternativa ou complemento ao tratamento tradicional com tampão. E o mais animador é que esse tratamento é feito por meio de jogos, aplicativos de realidade virtual e filmes 3D, tornando o tratamento bem mais divertido.
Identificar os fatores de risco para ambliopia é crucial para que os pais e profissionais de saúde possam estar mais atentos e realizar exames oftalmológicos precoces.
Histórico Familiar:
Ter pais ou irmãos com ambliopia ou estrabismo aumenta significativamente o risco de a criança desenvolver a condição. A predisposição genética desempenha um papel importante na suscetibilidade a problemas visuais.
Prematuridade e Baixo Peso ao Nascer:
Bebês prematuros, especialmente aqueles que nascem com menos de 30 semanas de gestação ou pesam menos de 1500 gramas, apresentam um risco aumentado de desenvolver retinopatia da prematuridade (ROP), catarata congênita, glaucoma congênito e outros problemas oculares que podem levar à ambliopia.
Doenças Genéticas:
Algumas síndromes genéticas, como a síndrome de Down, estão associadas a um risco aumentado de problemas de visão, incluindo ambliopia, catarata congênita e glaucoma congênito.
Catarata Congênita:
A presença de catarata congênita, mesmo que pequena, pode obstruir a visão e levar à ambliopia por privação se não for tratada precocemente.
Ptose Palpebral:
A ptose palpebral congênita (pálpebra caída desde o nascimento) que cobre parte ou toda a pupila impede a entrada de luz no olho, levando à ambliopia por privação.
Outras Condições Oculares:
Qualquer condição que afete a clareza da visão, como cicatrizes na córnea, tumores oculares ou glaucoma congênito, pode aumentar o risco de ambliopia.
Exemplo Prático: Um bebê que nasce prematuro e com histórico familiar de estrabismo deve ser acompanhado de perto por um oftalmologista, realizando exames oftalmológicos regulares para detectar precocemente qualquer problema de visão e iniciar o tratamento o mais rápido possível. Ao compreender em profundidade as causas, os sintomas e os fatores de risco da ambliopia, é possível aumentar a conscientização sobre a importância da detecção precoce e do tratamento adequado, garantindo um futuro com mais qualidade de vida para as crianças afetadas.
Idealmente, o primeiro exame oftalmológico deve ser realizado no primeiro ano de vida, seguido de avaliações aos 3 anos e antes do início da alfabetização.
Torne a experiência mais lúdica e divertida, utilizando tampões coloridos com desenhos, incentivando a criança com recompensas e elogiando o esforço. Converse com o oftalmologista para ajustar o tempo de uso do tampão e buscar alternativas.
Sim, em alguns casos, a ambliopia pode recorrer, especialmente se o tratamento for interrompido precocemente ou se não houver acompanhamento regular com o oftalmologista.
Em geral não, mas depende da acuidade visual do melhor olho. A legislação de trânsito brasileira exige uma acuidade visual mínima para dirigir. Consulte as normas do Detran para obter informações mais precisas.
O estrabismo é o desalinhamento dos olhos, enquanto a ambliopia é a redução da visão em um ou ambos os olhos, causada pela falta de uso ou por outros problemas de visão. O estrabismo pode levar à ambliopia, mas nem toda ambliopia é causada por estrabismo.
Se não tratada, a ambliopia pode levar à perda permanente de visão no olho afetado, dificuldade na percepção de profundidade, limitações nas escolhas profissionais e aumento do risco de perda de visão em caso de problemas no outro olho.
Sim, a ambliopia pode causar dificuldades de aprendizado, pois afeta a leitura, a escrita e a concentração.
A cirurgia corrige a ambliopia? A cirurgia para estrabismo pode melhorar o alinhamento dos olhos e facilitar o tratamento da ambliopia, mas não corrige a ambliopia diretamente. O tratamento principal para ambliopia continua sendo o uso de óculos e tampão ou colírio.
A ambliopia (olho preguiçoso) é uma condição tratável que pode ter um impacto significativo na visão e no desenvolvimento infantil. A detecção precoce, por meio de exames oftalmológicos regulares, é fundamental para um tratamento eficaz. Com as opções terapêuticas disponíveis, como correção óptica, tampão ocular e colírios, é possível melhorar a visão do olho mais fraco e garantir um futuro com mais qualidade de vida. Consulte um oftalmologista para um diagnóstico e tratamento individualizado.
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Cuidar da visão das crianças é essencial para garantir um desenvolvimento saudável e pleno. A visão desempenha um papel crucial no aprendizado, na coordenação motora, na interação social e na qualidade de vida. Escrito por Iara Debert especialista em oftalmologia infantil e estrabismo, com dados e exemplos reais para auxiliar pais e responsáveis. Abordaremos desde o funcionamento da visão infantil até os cuidados necessários para proteger os olhos dos pequenos, incluindo exames, tratamentos e dicas de prevenção.
A visão de uma criança não é uma versão em miniatura da visão adulta. Ela se desenvolve gradualmente desde o nascimento, atingindo a maturidade por volta dos 6 a 7 anos de idade. Recém-nascidos enxergam de forma embaçada e têm dificuldade para distinguir cores e focar objetos distantes. A capacidade de enxergar cores se desenvolve por volta dos 4 meses, e a visão binocular, responsável pela percepção de profundidade, se consolida por volta dos 6 meses.
Os exames oftalmológicos regulares são cruciais para acompanhar o desenvolvimento da visão infantil, detectar precocemente problemas e garantir que a criança atinja seu pleno potencial visual. A Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica recomenda o primeiro exame completo ao primeiro ano de vida, com avaliações subsequentes aos 3 anos, antes de iniciar a alfabetização, e posteriormente, conforme a orientação do oftalmologista.
Erros refrativos: Miopia (dificuldade para enxergar de longe), hipermetropia (dificuldade para enxergar de perto) e astigmatismo (visão embaçada ou distorcida) são os problemas mais comuns. Um estudo publicado no Ophthalmology mostrou que a prevalência de miopia em crianças aumentou significativamente nas últimas décadas, possivelmente devido ao aumento do tempo em atividades de perto, como leitura e uso de dispositivos eletrônicos.
A detecção precoce é crucial para o sucesso do tratamento da maioria dos problemas de visão infantil. Quanto antes o problema for identificado e tratado, maiores as chances de a criança desenvolver uma visão normal.
Avaliação da acuidade visual: Utiliza-se tabelas ou figuras para medir a capacidade da criança de enxergar detalhes à distância.
Exame externo dos olhos: Avaliação da saúde das pálpebras, conjuntiva, córnea, íris e pupila.
Avaliação da motilidade ocular: Observação dos movimentos oculares para detectar estrabismo ou outras alterações.
Teste de refração: Determina o grau dos olhos (miopia, hipermetropia, astigmatismo). Pode ser feito com colírios cicloplégicos para obter resultados mais precisos em crianças.
Exame de fundo de olho: Avaliação da retina, nervo óptico e vasos sanguíneos.
O Teste do Olhinho, ou Teste do Reflexo Vermelho, é um exame simples e indolor que detecta problemas oculares em recém-nascidos, como catarata congênita, glaucoma congênito e retinoblastoma. É realizado logo após o nascimento e repetido nas consultas pediátricas.
O uso excessivo de telas pode causar:
Fadiga ocular: Vista cansada, ardência, olhos secos.
Síndrome da visão computacional: Dores de cabeça, visão embaçada, dificuldade para focar.
Miopia: Estudos comprovam a relação entre o aumento do tempo em atividades de perto, como o uso de telas, e o desenvolvimento de miopia.
Evitar o contato com pessoas infectadas, não compartilhar objetos pessoais que tocam os olhos (toalhas, lenços, maquiagem), lavar as mãos com frequência.
Idealmente, no primeiro ano de vida.
Dificuldade para enxergar de perto ou de longe, apertar os olhos para focar, dores de cabeça frequentes.
Sim, o estrabismo pode ser tratado com óculos, tampão ocular, toxina botulínica ou cirurgia.
É um exame simples que detecta problemas oculares em recém-nascidos.
Limitar o tempo de exposição, incentivar pausas regulares, garantir boa iluminação e distância adequada das telas.
Frutas e vegetais ricos em vitaminas A, C e E, peixes ricos em ômega 3, ovos, castanhas e nozes.
A visão é um sentido fundamental para o desenvolvimento integral da criança. Cuidar da saúde ocular dos pequenos é essencial para garantir um futuro com mais qualidade de vida, aprendizado e bem-estar. Com acompanhamento oftalmológico regular, hábitos saudáveis e atenção aos sinais de alerta, é possível detectar e tratar precocemente os problemas de visão, permitindo que as crianças enxerguem o mundo com clareza e atinjam seu pleno potencial.
Acessibilidade em São Paulo cirurgia de estrabismo Crianças com Deficiência Visual estrabismo estrabismo infantil Lazer Inclusivo miopia Museus Acessíveis em SP vesguice visão infantil
O estrabismo, popularmente conhecido como “vesguice” ou “olho torto”, é uma condição oftálmica caracterizada pelo desalinhamento dos olhos, onde um ou ambos desviam do ponto de fixação. Afeta cerca de 4% da população infantil mundial e, se não tratado, pode levar a consequências significativas para a visão. A cirurgia de estrabismo é um procedimento eficaz para corrigir esse desalinhamento e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Este guia abrangente e embasado em dados científicos, aborda todos os aspectos da cirurgia, desde as indicações e contraindicações até os cuidados pós-operatórios e os possíveis riscos. Esclarecemos dúvidas frequentes, fornecemos informações essenciais e trazemos exemplos reais para auxiliar pais e pacientes no processo de tomada de decisão.
O estrabismo ocorre devido a um desequilíbrio na ação dos músculos extraoculares, responsáveis pela movimentação dos olhos. Normalmente, seis músculos controlam a posição e o movimento de cada olho, trabalhando em perfeita sincronia para garantir que ambos os olhos fixem no mesmo ponto. No estrabismo, essa harmonia é rompida, causando o desalinhamento. Isso pode afetar a visão binocular (capacidade de usar os dois olhos simultaneamente para enxergar uma única imagem tridimensional), a percepção de profundidade e, em casos mais graves, pode levar à ambliopia, ou “olho preguiçoso“, uma condição na qual o cérebro ignora a imagem do olho desviado, resultando em perda visual.
O estrabismo pode ser classificado de acordo com a direção do desvio:
A cirurgia é geralmente indicada para:
A cirurgia pode ser contraindicada em casos de:
A cirurgia é realizada sob anestesia geral em ambiente hospitalar. O cirurgião oftalmologista especializado em estrabismo realiza pequenas incisões na conjuntiva (membrana que recobre o olho) para acessar os músculos extraoculares. Os músculos podem ser reposicionados, encurtados ou alongados, dependendo do tipo e grau de desalinhamento. As incisões são pequenas e geralmente ficam escondidas sob a pálpebra. Os pontos são absorvidos espontaneamente pelo olho, não sendo necessária a retirada de pontos no pós-operatório.
Como em qualquer procedimento cirúrgico, existem riscos associados à cirurgia de estrabismo, embora sejam raros:
O cirurgião acessa os músculos extraoculares através de pequenas incisões na conjuntiva. A técnica cirúrgica varia de acordo com o tipo de estrabismo e os músculos afetados.
Em alguns casos, especialmente em cirurgias complexas, o cirurgião pode optar por usar suturas ajustáveis. Essas suturas permitem que o alinhamento ocular seja ajustado, caso necessário, para obter o melhor resultado possível.
Na maioria dos casos, a cirurgia de estrabismo é eficaz na correção do desalinhamento ocular. No entanto, em alguns casos, pode haver recidiva do estrabismo, principalmente em pacientes com alterações neurológicas ou desequilíbrios musculares complexos. Nesses casos, uma nova cirurgia pode ser necessária
A cirurgia é realizada sob anestesia geral, portanto, o paciente não sente dor durante o procedimento. No pós-operatório, pode haver algum desconforto, inchaço e vermelhidão, geralmente controlados com colírios e analgésicos comuns.
O valor da cirurgia varia conforme a complexidade do caso, o hospital, o plano de saúde e a experiência do cirurgião. É fundamental realizar uma consulta com um oftalmologista especializado em estrabismo para uma avaliação individualizada e um orçamento detalhado.
Sim, em alguns casos de estrabismo congênito, a cirurgia pode ser realizada nos primeiros meses de vida.
Sim, em alguns casos pode haver recidiva. Se necessário, a cirurgia pode ser realizada mais de uma vez para obter resultado satisfatório.
Quais são os sinais de alerta no pós-operatório? Dor intensa, secreção purulenta, diminuição da visão, sangramento.
A cirurgia de estrabismo é um procedimento seguro e eficaz na correção do desalinhamento ocular, proporcionando melhora funcional, estética, e na qualidade de vida dos pacientes. A escolha do cirurgião, os cuidados no pré e pós-operatório, e o acompanhamento regular com o oftalmologista são fundamentais para o sucesso do tratamento.
O estrabismo infantil, conhecido popularmente como “vesguice”, é uma condição ocular relativamente comum, afetando cerca de 2% a 4% das crianças. Caracteriza-se pelo desalinhamento dos olhos, onde um ou ambos desviam do ponto de fixação. Este desvio pode ser para dentro (esotropia), para fora (exotropia), para cima (hipertropia) ou para baixo (hipotropia). O diagnóstico e tratamento precoces são cruciais para prevenir complicações como a ambliopia (olho preguiçoso) e problemas de percepção de profundidade
É fundamental que o estrabismo infantil seja diagnosticado e tratado precocemente para evitar complicações na visão da criança, como ambliopia (olho preguiçoso) e problemas de percepção de profundidade. Neste artigo, vamos abordar as causas, sintomas, tipos de estrabismo e as principais opções de tratamento disponíveis.
A visão de uma pessoa com estrabismo pode variar dependendo do tipo e gravidade do desalinhamento. Como o cérebro recebe duas imagens diferentes (uma de cada olho), ele pode optar por suprimir a imagem do olho desviado para evitar a visão dupla (diplopia). Essa supressão, se não tratada, pode levar à ambliopia, onde o olho afetado não se desenvolve completamente, resultando em baixa visão
Algumas pessoas com estrabismo podem experimentar visão dupla, dificuldade em focar objetos, dores de cabeça e fadiga ocular. A percepção de profundidade, essencial para atividades como pegar objetos e praticar esportes, também pode ser afetada. Imagine tentar pegar uma bola com duas imagens dela levemente deslocadas – a coordenação entre mão e olho fica prejudicada.
Nos primeiros meses de vida, é normal que os olhos dos bebês apresentem um leve desalinhamento ocasional. Isso ocorre porque os músculos oculares ainda estão em desenvolvimento e aprendendo a trabalhar em conjunto. Geralmente, esse desalinhamento desaparece por volta dos 3 a 4 meses de idade.
No entanto, se o desalinhamento persistir após os 6 meses de idade ou se for constante ou muito perceptível, é fundamental procurar um oftalmologista pediátrico para avaliação. O diagnóstico e o tratamento precoces são essenciais para evitar complicações na visão da criança.
O estrabismo infantil pode ser causado por diversos fatores, incluindo:
Existem diferentes tipos de estrabismo, classificados de acordo com a direção do desvio ocular:
Os sintomas do estrabismo infantil podem variar, mas os mais comuns incluem:
O diagnóstico de estrabismo é feito por um oftalmologista pediátrico através de um exame oftalmológico completo, que inclui:
O tratamento para estrabismo infantil varia de acordo com a causa, a gravidade e o tipo de desalinhamento. As principais opções incluem:
O tempo de uso do tampão ocular varia de acordo com a gravidade da ambliopia e a resposta da criança ao tratamento. O oftalmologista determinará a frequência e a duração do uso do tampão, que pode variar de poucas horas por dia a períodos mais prolongados.
A idade ideal para cirurgia de estrabismo varia de acordo com tipo de estrabismo. Em alguns casos, é realizada próximo aos 12 meses de idade. Em outros, na criança maior, ou até na adolescência. Os adultos também podem ser submetidos à cirurgia para correção de estrabismo.
A cirurgia de estrabismo é geralmente realizada no hospital, com duração média de 1 a 2 horas, dependendo da complexidade do caso e também de quantos músculos oculares serão operados.
Após a cirurgia, a criança pode apresentar vermelhidão, inchaço e desconforto nos olhos. O oftalmologista prescreverá colírios ou pomadas para ajudar na recuperação e prevenir infecções. É importante seguir as recomendações médicas quanto à higiene ocular, uso de medicamentos e retorno às atividades normais.
O estrabismo infantil é uma condição que requer atenção e tratamento precoce para evitar complicações na visão da criança. Com diagnóstico e tratamento adequados, a maioria das crianças com estrabismo pode alcançar um bom alinhamento ocular e um desenvolvimento visual saudável. É fundamental que os pais estejam atentos aos sinais de estrabismo e procurem um oftalmologista pediátrico para avaliação e acompanhamento
A jornada escolar é um marco na vida de qualquer criança, repleta de desafios e aprendizados. Para que essa jornada seja proveitosa, é crucial que o desenvolvimento da criança seja completo, incluindo a saúde visual. É comum, porém, que pais e educadores se questionem sobre a relação entre dificuldades de aprendizagem e problemas de visão.
Neste artigo, exploraremos essa relação complexa e crucial, desvendando mitos e oferecendo informações relevantes para garantir o desenvolvimento pleno de cada criança.
Imagine uma criança tentando ler um texto com letras borradas ou acompanhando um professor, com dificuldade em enxergar o quadro. Essa experiência, que pode parecer trivial, pode gerar frustração e impactar o aprendizado de forma significativa.
A visão, além de ser fundamental para a interação com o mundo, desempenha um papel crucial no processo de aprendizagem. Através da visão, a criança recebe informações sobre o ambiente, reconhece formas, cores, letras e números, desenvolve habilidades motoras finas para atividades como escrita e desenho, e compreende a linguagem corporal, essencial para a comunicação. A visão é o ponto de partida para o principal método de aprendizagem: reproduzir o exemplo com base na observação.
A relação entre dificuldades de aprendizagem e visão é complexa e envolve uma série de fatores. A seguir, exploraremos alguns dos problemas visuais mais comuns em crianças que podem impactar o desempenho escolar:
Alguns sinais podem indicar a presença de problemas de visão em crianças que afetam o aprendizado:
É fundamental que a saúde visual da criança seja acompanhada desde cedo, a fim de prevenir e tratar qualquer problema que possa surgir. A visita ao oftalmologista deve ser realizada periodicamente, já na primeira infância.
Exames oftalmológicos completos, realizados por um profissional especializado, são essenciais para detectar problemas visuais e oferecer o tratamento adequado. A avaliação do oftalmologista, além de verificar a acuidade visual, avalia a saúde dos olhos, a capacidade de visão binocular e a presença de outros problemas que possam afetar o aprendizado.
O tratamento para problemas de visão depende do tipo de alteração identificada. Pode incluir o uso de óculos ou lentes de contato para corrigir erros de refração, exercícios para fortalecer a visão e estimular a coordenação olho-mão, terapia ocupacional para desenvolver habilidades motoras finas e tratamento para condições como ambliopia e estrabismo.
Pais e educadores desempenham um papel fundamental na detecção e tratamento de problemas visuais em crianças. Observar os sintomas mencionados acima, manter acompanhamento médico regular e comunicar as dificuldades da criança ao oftalmologista e aos professores são medidas importantes para garantir o desenvolvimento pleno do aprendizado.
A visão é um dos sentidos mais importantes para o aprendizado e o desenvolvimento da criança. Problemas visuais podem impactar negativamente o desempenho escolar, levando a frustração, dificuldades de concentração, baixo rendimento e até mesmo a desistência dos estudos.
É fundamental que pais, educadores e profissionais de saúde trabalhem em conjunto para garantir a saúde visual das crianças, detectando problemas precocemente, realizando o tratamento adequado e promovendo um ambiente escolar que atenda às necessidades de cada aluno.
Investir na saúde visual da criança é investir em seu futuro, garantindo que ela tenha as ferramentas necessárias para alcançar seu potencial máximo e construir um futuro brilhante.
A miopia, ou visão míope, é uma condição refrativa comum que causa dificuldade em enxergar objetos distantes. O olho míope é mais alongado do que o normal, fazendo com que os raios de luz se concentrem na frente da retina, em vez de sobre ela. No passado, a miopia era geralmente considerada um problema benigno, mas nas últimas décadas, a prevalência da miopia tem aumentado drasticamente em todo o mundo, especialmente entre crianças. Esse aumento, particularmente em sua forma de progressão rápida, tem gerado preocupação crescente entre os profissionais de saúde.
De acordo com estudos recentes, a prevalência da miopia em crianças está crescendo rapidamente, com taxas particularmente altas na Ásia Oriental. Por exemplo, na China, estima-se que mais de 90% dos adolescentes sejam míopes, e a situação é semelhante em outros países asiáticos, como Singapura, Coreia do Sul e Taiwan. Nos Estados Unidos, a prevalência da miopia também tem aumentado, com aproximadamente 42% das crianças com idades entre 6 e 19 anos sendo míopes.
Essa tendência crescente é atribuída a uma série de fatores, incluindo fatores genéticos, ambientais e de estilo de vida. O aumento do uso de telas luminosas e de convivência em ambientes fechados, contrastando com a redução da interação de atividades em áreas externas e na natureza, são ligados ao aumento da miopia infantil em diversos estudos.
A miopia em si não é necessariamente perigosa, mas sua progressão, especialmente na infância, pode ter consequências significativas para a saúde ocular. A miopia em progressão, ou miopia progressiva, caracteriza-se por um aumento constante do grau de miopia ao longo do tempo. A miopia, em graus muito elevados, pode levar a complicações oculares graves, como descolamento de retina, catarata e glaucoma, que podem resultar em perda irreversível da visão.
A miopia de alto grau é definida como um grau de -6 dioptrias ou mais. Pessoas com miopia de alto grau têm maior probabilidade de desenvolver complicações, pois seus olhos estão mais alongados e a retina está mais fina e vulnerável a danos.
Existem vários fatores de risco associados à miopia em progressão, incluindo:
O manejo da miopia em progressão é fundamental para minimizar os riscos de complicações oculares e preservar a visão. Os métodos de tratamento se concentram em retardar ou interromper a progressão da miopia.
Prevenção da Miopia em Progressão
A prevenção da miopia em progressão começa com a detecção precoce e o acompanhamento regular com um oftalmologista infantil. As crianças devem ter seus olhos examinados regularmente, especialmente se houver histórico familiar de miopia. Outros passos que podem ser tomados para prevenir a progressão da miopia incluem:
A miopia em progressão na infância é uma preocupação crescente em saúde pública. A prevalência crescente da miopia, especialmente em sua forma de progressão rápida, coloca em risco a saúde ocular de milhões de crianças em todo o mundo. É essencial que os pais e educadores estejam cientes dos fatores de risco associados à miopia em progressão e tomem medidas para prevenir e gerenciar essa condição.
Apesar da miopia não ser uma condição grave, alguns cuidados são importantes, principalmente o acompanhamento da progressão de grau por um oftalmologista infantil. Miopia de alto grau pode ter consequências prejudiciais para o indivíduo, como dependência dos óculos e até um descolamento de retina. Com a detecção precoce, o acompanhamento regular e os cuidados adequados, é possível ajudar a proteger a visão das crianças e evitar complicações graves relacionadas à miopia.
A catarata congênita é uma condição que atinge a visão das crianças desde o nascimento, representando um desafio significativo para o desenvolvimento visual e, consequentemente, interferindo na qualidade de vida. Entender a natureza dessa condição, suas causas e consequências, é crucial para oferecer tratamento adequado aos pequenos, permitindo-lhes um futuro promissor.
A catarata congênita, também conhecida como catarata infantil, surge quando o cristalino, a lente natural do olho, perde sua transparência e se torna opaco. Isso impede a passagem da luz para a retina, afetando a visão progressivamente. A opacidade do cristalino, se assemelha a um véu que vai obscurecendo a visão, impedindo a formação de imagens nítidas, o que compromete a percepção visual do mundo.
Para entender melhor a catarata congênita, imagine o cristalino como a lente de uma câmera. Em condições normais, ele focaliza a luz na retina, permitindo que a imagem seja captada e transmitida ao cérebro. No entanto, com a opacidade, a luz é bloqueada ou distorcida, resultando em imagens embaçadas ou distorcidas, como se a câmera estivesse desfocada.
As causas da catarata congênita são diversas, podendo ser hereditárias ou adquiridas durante a gestação. A causa hereditária está relacionada a mutações em genes específicos que são transmitidas geneticamente. Diversos genes podem estar envolvidos, e a herança pode ser autossômica dominante ou recessiva, dependendo do gene que sofreu a mutação.
As causas não genéticas, por sua vez, são mais complexas, incluindo uma série de fatores que podem impactar o desenvolvimento normal do cristalino durante a gestação.
A catarata congênita, se não tratada, pode ter consequências sérias para a visão da criança, afetando seu desenvolvimento e qualidade de vida. As principais consequências incluem:
• Ambliopia (Olho Preguiçoso): A ambliopia, ou olho preguiçoso, ocorre quando o cérebro não recebe informações nítidas de um dos olhos devido à catarata. O cérebro, então, “desliga” o olho afetado, priorizando o olho com visão normal. Se não tratada, a ambliopia pode resultar em perda permanente da visão no olho afetado.
• Estrabismo (Desvio dos Olhos): O estrabismo, ou desvio dos olhos, pode ocorrer devido à falta de coordenação visual causada pela catarata. A criança pode apresentar um ou ambos os olhos desviados, o que pode afetar a percepção de profundidade e dificultar a realização de tarefas que exigem visão binocular, como ler e praticar esportes.
• Nistagmo (Movimento Involuntário dos Olhos): O nistagmo, caracterizado por movimentos involuntários e rápidos dos olhos, pode ocorrer em alguns casos de catarata congênita. O nistagmo pode dificultar a fixação do olhar e a visão clara.
• Retardo no Desenvolvimento Visual: A catarata congênita impede que a criança receba os estímulos visuais necessários para o desenvolvimento normal da visão. A falta de estímulos visuais pode levar a um retardo no desenvolvimento visual, afetando a acuidade visual, a percepção de cores e a capacidade de reconhecer formas e objetos.
• Dificuldades de Aprendizagem: A catarata congênita, em casos mais severos, pode impactar o desenvolvimento cognitivo e social da criança. Dificuldades de aprendizagem, problemas de atenção e dificuldades de interação social podem estar relacionados à deficiência visual.
O diagnóstico de catarata congênita é dado por um médico oftalmologista, por isso é importante que, além do pediatra, a criança tenha o acompanhamento de um oftalmologista infantil.
O tratamento da catarata congênita consiste na cirurgia para remover o cristalino opaco e implantar uma lente intraocular artificial. A cirurgia, geralmente realizada com anestesia geral, é um procedimento seguro e eficaz, com excelentes resultados.
A cirurgia é um procedimento delicado que requer habilidade e expertise. É realizada por um oftalmologista especializado em cirurgia de catarata em crianças. O procedimento envolve a remoção do cristalino opaco através de uma pequena incisão. Após a remoção do cristalino, uma lente intraocular artificial é implantada no local, restaurando a visão sem obstrução.
A intervenção precoce é crucial para garantir o sucesso do tratamento da catarata congênita e evitar as consequências negativas para a visão da criança. A cirurgia deve ser realizada o mais rápido possível, preferencialmente nos primeiros meses de vida, antes que a ambliopia se desenvolva.
Após a cirurgia, o acompanhamento médico regular com o oftalmologista é essencial. O oftalmologista infantil monitorará a visão da criança, pois, mesmo após a cirurgia, ela ainda poderá desenvolver algum problema visual. Com o acompanhamento, o oftalmologista poderá rapidamente diagnosticar e prescrever óculos ou outro tratamento necessário.
Em alguns casos, após a cirurgia, a criança pode precisar de terapia de reabilitação visual para desenvolver suas habilidades visuais e se adaptar à nova visão. A terapia de reabilitação visual pode incluir exercícios para os olhos, estimulação visual e treinamento para desenvolver a coordenação visual.
Conclusão:
A catarata congênita representa um desafio para o desenvolvimento visual, mas com o tratamento adequado e o acompanhamento especializado, as crianças podem ter uma visão normal e um futuro promissor. A detecção precoce, o tratamento cirúrgico realizado em tempo hábil e a reabilitação visual são fundamentais para garantir que a criança tenha a oportunidade de explorar o mundo com olhos saudáveis e uma visão clara.
Informações Adicionais:
• A catarata congênita é uma condição rara, mas é importante estar atento aos sinais e sintomas. Se você suspeitar que seu filho pode ter catarata congênita, consulte um oftalmologista.
• Existem diversas organizações e instituições que oferecem apoio e recursos para crianças com catarata congênita e suas famílias.
• A pesquisa e a inovação médica estão continuamente buscando novos métodos de tratamento e prevenção da catarata congênita.
Este texto foi escrito para fins informativos e não substitui a orientação médica profissional. Consulte sempre um oftalmologista para obter informações e tratamento específicos. A OIE conta com oftalmologistas infantis especializados para atender sua necessidade. Agende uma consulta!
Resumo: Os óculos de grau são instrumentos que nos auxiliam a enxergar melhor. As lentes corrigem o grau, mas não alteram seus olhos ou visão. Usa-las não fará com que o problema regrida. Da mesma forma que não as usar não agravará a miopia ou astigmatismo, por exemplo. Durante a leitura do artigo você vai entender sobre os tratamentos com óculos de grau, colírio de atropina e cirurgias para os problemas de visão mais comuns na infância e fase adulta.
Óculos de grau são acessórios comuns no rosto das pessoas. Para muitos, seu uso é indispensável. Para quem necessita de baixo grau de correção, é frequente dispensar (ou esquecer!) de usar os óculos, mas certamente já ouviu de alguém que, se não usar os óculos, o grau aumenta.
Deixar de usar óculos de grau quando forem recomendados pode ocasionar inconvenientes e desconfortos. Além, claro, da dificuldade para enxergar. Esses problemas podem ser:
Apesar de frequentemente estarem relacionados ao aumento do grau, esses sintomas não apresentam ligação direta com o não uso dos óculos. A progressão do grau acontece por mudanças nos olhos durante o seu amadurecimento, período que vai do nascimento até, em média, os 17 anos. Portanto, é extremamente recomendado que crianças façam exames oftalmológicos de rotina e sejam acompanhadas por um oftalmologista infantil, mesmo sem grandes queixas sobre a visão.
Em alguns casos, a mudança de grau e o aumento do desconforto ocular podem estar associados ao uso excessivo de telas luminosas e diminuição de atividades ao ar livre.
As causas mais comuns para o uso de óculos são:
Os óculos de grau também são recomendados em casos de estrabismo, um distúrbio que altera o alinhamento dos olhos, fazendo com que cada olho aponte para uma direção diferente, comprometendo o paralelismo entre os olhos. Esse distúrbio pode aparecer em qualquer fase da vida, desde bebês pequenos até idosos, porém é mais frequente na infância. O estrabismo ocorre em cerca de 3% das crianças, e, se o tratamento não for precoce, pode haver alguma perda de visão.
Hipermetropia e presbiopia acometem mais comumente a população adulta. Estima-se que cerca de 30% dos adultos e 70% dos idosos têm a necessidade de usar óculos de grau em decorrência desses transtornos de visão.
Miopia é um problema considerado comum e acomete grande parcela da população infantil e adulta. A miopia atrapalha a visão de longe e, em grande parte da população afetada, não é grave e não apresenta riscos. O uso de óculos corretivos é o principal tratamento, mas, como vimos, eles não interferem na progressão ou regressão do grau. A miopia manifesta-se, em média, aos 7 anos de idade, quando o crescimento da criança pode estar acompanhado do alongamento dos olhos, e evolui, comumente, até os 17 anos de idade.
Em casos de miopia que progride durante a infância, o tratamento com colírio de atropina controla a progressão do grau. Esse colírio é utilizado, em diferentes concentrações, para dilatar a pupila para exames de rotina, para tratamentos em casos de ambliopia (popularmente conhecida com olho preguiçoso) ou tratamento para controlar a progressão de grau em crianças míopes.
O tratamento com colírio de atropina é indicado apenas para crianças pois ele controla a progressão de grau, isso só é possível enquanto o olho ainda está em desenvolvimento (até, em média, os 17 anos). Após a estabilização do grau, apenas o uso dos óculos de grau, lentes de contato ou, em alguns casos, a cirurgia de correção, podem ajudar.
É importante frisar que o colírio não tem a capacidade de curar a miopia ou eliminar a necessidade do uso dos óculos. O tratamento apenas controla a progressão do grau. A cirurgia pode, na maioria dos casos, eliminar a necessidade do uso de óculos, porém, existem situações que a cirurgia somente reduz o grau. Converse com seu oftalmologista para entender qual a sua necessidade, indicação e possíveis resultados com cada tratamento.
O uso dos óculos corretivos prescritos pelo oftalmologista é o tratamento mais simples e seguro para todos os problemas de visão mencionados nesse artigo. Outros tratamentos com a mesma função são: lentes de contato ou procedimentos cirúrgicos. As cirurgias não são indicadas para todos os casos ou pessoas. Para saber qual o melhor tratamento para você ou seu filho, é necessário consultar o médico oftalmologista.
Existem muitos tipos de lentes de grau: monofocal, multifocal, com antirreflexo, e com filtros. A lente e o grau são diferentes para cada problema, ou problemas, pois, é frequente uma mesma pessoa ter diferentes transtornos de visão, como miopia e astigmatismo, por exemplo. Já o antirreflexo e os filtros são utilizados para maior conforto.
A receita dos óculos é pessoal e feita de acordo com a necessidade específica de cada um. Mesmo que familiares ou amigos apresentem sintomas semelhantes, o problema ou grau de correção necessário podem ser muito diferentes, sendo assim, cada pessoa deve ter seus próprios óculos ou lentes de contato. Lembrando que, ao usar lentes de contato de outras pessoas, você corre o risco de ser infectado por bactérias ou fungos. Fique atento!
Conclusão: Deixar de usar óculos de grau não vai fazer com que o grau aumente, mas é importante conhecer o problema, os tratamentos e as soluções disponíveis para cada caso. Agende sua consulta na Clínica OIE e cuide da saúde dos seus olhos.
Introdução:
Observar cada detalhe do desenvolvimento de um bebê é uma tarefa deliciosa para os pais, mas também gera muitas dúvidas. Um olhar atento pode notar características que nem sempre indicam um problema, como é o caso do falso estrabismo em bebês.
Enquanto o estrabismo verdadeiro exige acompanhamento médico especializado para corrigir o desalinhamento dos olhos, o falso estrabismo se caracteriza por uma falsa impressão de que os olhos do bebê estão desalinhados.
Neste artigo, vamos entender melhor o que é o falso estrabismo em bebês, suas causas, como diferenciá-lo do estrabismo verdadeiro e quando é importante procurar um oftalmologista.
O falso estrabismo em bebês, também conhecido como pseudo-estrabismo, é uma condição benigna e bastante comum nos primeiros meses de vida. Ele causa a ilusão de que os olhos do bebê estão desalinhados, geralmente convergindo para dentro (esotropia) ou para fora (exotropia).
Diferente do estrabismo verdadeiro, o falso estrabismo não afeta a saúde ocular do bebê, nem interfere no desenvolvimento da sua visão. A maioria dos casos se resolve naturalmente com o crescimento da criança, sem necessidade de tratamento.
A principal causa do falso estrabismo em bebê é a anatomia facial ainda em desenvolvimento. Alguns fatores podem contribuir para a aparência de olhos desalinhados, como:
1 – Ponte nasal achatada (comum em bebês): A ponte nasal larga e achatada, característica de bebês, pode fazer com que parte da esclera (parte branca do olho) fique coberta pela pele próxima ao canto interno do olho, dando a ilusão de que os olhos estão voltados para dentro.
2- Pregas epicânticas proeminentes: As pregas epicânticas são dobras de pele presentes no canto interno dos olhos, mais comuns em bebês de origem asiática. Essas pregas podem cobrir parte do branco dos olhos, principalmente quando o bebê olha para os lados, criando a aparência de estrabismo.
3 – Distância entre os olhos (hipertelorismo): Bebês com hipertelorismo, ou seja, com uma distância maior entre os olhos, podem apresentar uma tendência ao falso estrabismo divergente, com os olhos parecendo voltados para fora.
Diferenciar o falso estrabismo do verdadeiro é fundamental para garantir que o bebê receba o tratamento adequado, caso necessário. Somente um oftalmologista pode realizar o diagnóstico preciso, mas alguns sinais podem ajudar os pais a identificarem a necessidade de uma consulta médica:
É recomendável que todos os bebês façam o primeiro exame oftalmológico completo por volta do primeiro ano de vida. Essa consulta é fundamental para detectar precocemente problemas de visão e garantir o desenvolvimento visual saudável do bebê.
No entanto, se os pais observarem qualquer sinal de estrabismo, mesmo que a suspeita seja de falso estrabismo, é essencial procurar um oftalmologista o mais breve possível para uma avaliação completa. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado do estrabismo verdadeiro são cruciais para evitar complicações como ambliopia (olho preguiçoso) e perda de visão permanente.
O diagnóstico do falso estrabismo em bebês é feito por meio de um exame oftalmológico completo, que inclui a avaliação do alinhamento ocular, da movimentação dos olhos e da saúde ocular geral. O oftalmologista irá observar o reflexo da luz nos olhos do bebê, testar sua capacidade de focar e acompanhar objetos, além de avaliar a presença de outros problemas de visão.
Como o falso estrabismo não é uma condição prejudicial à saúde ocular, geralmente não requer tratamento. Na maioria dos casos, a aparência dos olhos desalinhados tende a desaparecer naturalmente à medida que o bebê cresce e sua estrutura facial se desenvolve.
Conclusão
O falso estrabismo em bebês é uma condição benigna que não afeta a saúde ocular da criança. No entanto, é fundamental que os pais estejam atentos aos sinais de desalinhamento ocular e procurem um oftalmologista para um diagnóstico preciso. Afinal, o estrabismo verdadeiro, se não tratado precocemente, pode comprometer a visão do bebê permanentemente. O acompanhamento profissional regular garante o desenvolvimento visual saudável da criança e a tranquilidade dos pais.
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A era moderna trouxe avanços para nossa sociedade, principalmente na área tecnológica. Esses avanços são desde máquinas, aparelhos eletrônicos e softwares inovadores, que nos ajudam principalmente nas áreas da comunicação e entretenimento. Nós convivemos com essas tecnologias diariamente, o que desperta incertezas e dúvidas sobre seus impactos na saúde.
Sabemos que, ao mesmo tempo em que a tecnologia auxilia no desenvolvimento de equipamentos e medicamentos importantes na área da saúde, aparelhos que não saem das nossas mãos (e da frente dos nossos olhos!) podem ser perigosos se usados por longos períodos sem pausas frequentes. A grande vilã do momento parece inofensiva, mas é um tema controverso e polêmico: as telas luminosas realmente prejudicam a visão?
Esse é um debate recorrente, principalmente entre as mamães e papais, extremamente dedicados em cuidar e preservar ao máximo a visão de seus filhos, mas que também buscam uma distração para os pequenos enquanto elas precisam trabalhar e realizar outras atividades da sua rotina pessoal e da casa. Presos nesse dilema, pais e mães acabam recorrendo às telas, mas limitando o tempo de exposição, enquanto outras famílias não acreditam que as telas sejam prejudiciais. Mas o que dizem os especialistas?
Evidências científicas mostram que as crianças que crescem em cidades apresentam maior porcentagem de miopia que as crianças que crescem em áreas rurais. Isso pode estar associado à menor exposição solar, mas também ao maior uso de telas e a vivência em ambientes fechados nas cidades, favorecendo o desenvolvimento não só da miopia, como de olho seco e irritações oculares. As atividades ao ar livre podem levar também a uma melhor qualidade do sono, além de estimularem a coordenação motora, o desenvolvimento corporal, a socialização e a criatividade.
Usar telas por períodos prolongados, sem pausas, reduz a quantidade de piscadas e, consequentemente, a lubrificação dos olhos. Durante partidas de jogos em computadores ou videogames, ou longo período assistindo vídeos ou em redes sociais, a lubrificação insuficiente da superfície ocular pode gerar incômodo, ardor, vermelhidão e lacrimejamento. Já a luz proveniente dos aparelhos, além do rápido movimento e cores produzem estímulos que mantem o cérebro em ação, e, além de ocasionarem problemas visuais, causam estrese, irritabilidade, tontura e dor de cabeça.
A OMS (Organização Mundial de Saúde) e a SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria) possuem diretrizes para ajudar os papais a decidirem sobre o uso de telas por seus filhos pequenos. As recomendações são para crianças menores de 4 anos, mas podem ser adaptadas às crianças mais velhas e de acordo às necessidades de cada família e de suas crianças:
• Substituir o uso de aparelhos eletrônicos por brinquedos e atividades que estimulem a criatividade, como inventar histórias, pintura e outros jogos coletivos ou individuais.
• Não usar telas para distrair a criança durante a alimentação, o que prejudica, além da saúde dos olhos, a relação futura da criança com a comida.
• Não utilizar telas próximo ao horário do sono. A luz emitida prejudica a produção de melatonina, além de ser estimulante, atrapalhando a qualidade do sono e o descanso.
• Fazer acompanhamento de rotina com oftalmologista infantil para acompanhar o desenvolvimento dos olhos e da visão.
• Substituir as telas por atividades que movimentem o corpo, desde bebês até crianças mais velhas, para que desenvolvam a coordenação e a consciência corporal.
Contudo, é importante não demonizar o uso de aparelhos eletrônicos. Além de serem parte da rotina, auxiliando nos estudos, no compartilhamento de informação e desenvolvimento pessoal e profissional, eles auxiliam no lazer e entretenimento, tanto nos momentos de interação familiar e com amigos, quanto distraindo as crianças enquanto os pais precisam descansar ou realizar outras tarefas.
Adolescentes e adultos também podem adotar cuidados adequados para a idade e proteger a visão ao usar telas por longos períodos:
• Uso de colírios que imitam a lágrima, evitando o fenômeno do olho seco.
• Pausas durante o uso de equipamento eletrônicos.
• Durante o dia, procurar momentos em que possa “olhar longe”, focalizando objetos que estejam a cerca de, pelo menos, 10 metros de distância.
• Consultas de rotina com o oftalmologista.
• Caminhadas ou outras atividades ao ar livre.
• Reduzir o uso de aparelhos eletrônicos próximo ao horário do sono.
• Controlar o tempo de uso de telas, levando em consideração o tempo do trabalho.
Conclusão: O uso de telas luminosas como celulares, computadores, televisões e telões, tablet e kindle, pode sim trazer prejuízos para a visão, principalmente para olhos em formação, como os de crianças abaixo de 7 anos. Porém, o uso moderado, seguindo os cuidados e dicas do presente artigo, não deve ser demonizado e, a depender das decisões familiares, pode ser até necessário. O acompanhamento do desenvolvimento dos olhos e cuidados com a visão devem ser feitos por um oftalmologista. Agende sua consulta na OIE, clínica especializada em oftalmologia infantil e estrabismo.