
Piscar é a forma natural de manter a lubrificação da superfície dos olhos, isso ajuda na limpeza e nutrição, melhorando a qualidade e conforto da visão. O piscar também acontece por reflexo de proteção, quando ocorre abrupto contato com luz forte ou aproximação de corpos estranhos. A frequência do piscar considerada normal varia nas diferentes fases da vida: um recém-nascido pisca cerca de duas vezes por minuto, enquanto um adolescente chega a piscar cerca de dez vezes por minuto, assim como um adulto. Se a criança está piscando com frequência muito acima do padrão, em um ou ambos os olhos, é necessário levá-la a um oftalmologista infantil para que a causa seja estudada. Outros fatores de alerta são: a intensidade e força aplicadas na piscada e tiques como movimentos de boca, nariz, cabeça ou pescoço. O piscar excessivo pode estar associado a pequenos problemas nos cílios ou pálpebras, ao surgimento da necessidade de óculos de grau, a problemas neurológicos (raros casos) ou ao estrabismo.
O que causa o piscar excessivo?
Para identificar a causa dentre as possíveis razões, é necessário um exame oftalmológico. Ao realizar o exame, o oftalmologista infantil identificará a causa, a partir de um exame detalhado e com todos os cuidados que a situação exige. Por exemplo, se um corpo estranho estiver causando o incomodo, o médico identificará e solucionará o problema, que será a retirada do corpo estranho com instrumentos apropriados para o olho da criança. Se o exame não indicar nenhum problema nos olhos ou visão, o oftalmopediatra vai avaliar a possibilidade de investigação de alterações do tipo comportamental, assim como indicar uma avaliação com um neuropediatra. Os tiques são raros, mas podem acometer qualquer um. As causas principais são estresse, cansaço excessivo, dificuldades no sono e, na maioria das vezes, os tiques param espontaneamente quando esses problemas são solucionados, mas apenas a avaliação clínica conseguirá determinar a causa e cuidados necessários.
E se for estrabismo? Tem Tratamento?
Uma causa comum do piscar excessivo é o surgimento de estrabismo. Ele ocorre quando há diferença de força entre os músculos dos olhos e cada um “aponta” para uma direção. O estrabismo pode acontecer associado a outros problemas na visão, o que traz diversas consequências para a vida da criança, inclusive de adaptação social e aprendizado, o que pode dificultar sua vida, com impactos negativos, inclusive a médio e longo prazo. O diagnóstico precoce feito pelo oftalmologista infantil, além de identificar as causas do estrabismo, indicará o tratamento adequando para casa situação. Dentre os tratamentos, os mais comuns são os conhecidos “tampões”, óculos de prisma, exercícios ortópticos, injeção de toxina botulínica, óculos de grau e cirurgia. O diagnóstico precoce aumenta muito o sucesso do tratamento e reduz a necessidade de cirurgia, por isso, é indicado que o exame e consequente tratamento sejam realizados assim que os sintomas sejam percebidos.
Conclusão
Apesar de ser mais comum em crianças, o estrabismo pode acontecer em qualquer fase da vida. Procure um oftalmologista assim que perceber sintomas ou incômodos nos olhos. Na clínica OIE você encontra equipe especializada em oftalmologia infantil e estrabismo, assim como equipamentos específicos para avaliação cuidadosa e diagnóstico dos diferentes tipos de estrabismo e seu tratamento. Agende uma consulta.
1 comentário em “Meu filho pisca muito. Pode ser estrabismo?”
o motivo de piscar os olhos muito pode ser alguma alergia?