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Portal sobre Oftalmologia Infantil e Estrabismo

Neste portal você encontrará, informações sobre causas, consequências e tratamentos.   Relacionado a saúde ocular. Todo feitos por um referência nacional em oftalmologia infantil e estrabismo.

A oftalmologista infantil Dra. Iara Debert

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Oftalmologia Infantil

Estrabismo

A jornada escolar é um marco na vida de qualquer criança, repleta de desafios e aprendizados. Para que essa jornada seja proveitosa, é crucial que o desenvolvimento da criança seja completo, incluindo a saúde visual. É comum, porém, que pais e educadores se questionem sobre a relação entre dificuldades de aprendizagem e problemas de visão.

Neste artigo, exploraremos essa relação complexa e crucial, desvendando mitos e oferecendo informações relevantes para garantir o desenvolvimento pleno de cada criança.

A Visão: Uma Janela para o Mundo da Aprendizagem

Imagine uma criança tentando ler um texto com letras borradas ou acompanhando um professor, com dificuldade em enxergar o quadro. Essa experiência, que pode parecer trivial, pode gerar frustração e impactar o aprendizado de forma significativa.

A visão, além de ser fundamental para a interação com o mundo, desempenha um papel crucial no processo de aprendizagem. Através da visão, a criança recebe informações sobre o ambiente, reconhece formas, cores, letras e números, desenvolve habilidades motoras finas para atividades como escrita e desenho, e compreende a linguagem corporal, essencial para a comunicação. A visão é o ponto de partida para o principal método de aprendizagem: reproduzir o exemplo com base na observação.

Problemas de Visão Comuns que Podem Afetar o Aprendizado:

A relação entre dificuldades de aprendizagem e visão é complexa e envolve uma série de fatores. A seguir, exploraremos alguns dos problemas visuais mais comuns em crianças que podem impactar o desempenho escolar:

  • Ambliopia (Olho Preguiçoso): Essa condição ocorre quando um olho não se desenvolve adequadamente, levando a uma perda de visão. A criança pode apresentar dificuldade em enxergar com o olho afetado, o que pode resultar em problemas com a percepção de profundidade, coordenação olho-mão e dificuldade em acompanhar textos, impactando a leitura e a escrita.
  • Estrabismo (Desvio dos Olhos): Quando os olhos não se alinham corretamente, a criança pode ter dificuldade em usar os dois olhos em conjunto (visão binocular). Isso pode levar à visão dupla, fadiga ocular, dificuldade de concentração e problemas com a percepção de profundidade, dificultando a leitura, escrita e a participação em atividades que exigem visão binocular adequada, como esportes.
  • Erro de Refração (Miopia, Hipermetropia, Astigmatismo): Esses erros de refração são problemas comuns que podem afetar a capacidade da criança de enxergar claramente à distância ou de perto. A miopia, por exemplo, dificulta a visão à distância, enquanto a hipermetropia dificulta a visão de perto. O astigmatismo causa distorção na visão, impactando a nitidez das imagens. Se não corrigidos, esses erros podem gerar fadiga ocular, dores de cabeça, dificuldade de concentração e desinteresse na leitura, impactando o desempenho escolar.
  • Deficiência Visual: A deficiência visual pode variar em grau, desde a baixa visão até a cegueira. Crianças com deficiência visual podem ter dificuldade em realizar atividades que envolvam a visão, como ler, escrever, realizar atividades de arte e participar de jogos que exigem boa visão.
  • Dislexia: Embora não seja um problema de visão, a dislexia é um distúrbio de aprendizagem que afeta a habilidade de ler e escrever, e que pode estar associada a dificuldades na percepção visual de letras, na distinção entre letras semelhantes e na memória visual. O acompanhamento com oftalmologista infantil vai esclarecer qual é a real dificuldade ou problema da criança, evitando diagnósticos equivocados.

Sintomas que Devem Alertar Pais e Educadores:

Alguns sinais podem indicar a presença de problemas de visão em crianças que afetam o aprendizado:

  • Dificuldade em acompanhar textos: A criança pode apresentar dificuldade em acompanhar as linhas de um livro, ter a impressão de que as letras estão tremidas ou saltar, ou cansar facilmente durante a leitura.
  • Desconforto ocular: Sensação de coceira, vermelhidão, lacrimejamento, sensibilidade à luz ou dores de cabeça podem indicar fadiga ocular, que pode estar relacionada a problemas de visão.
  • Distância inadequada para leitura e escrita: A criança pode sentar-se muito perto ou muito longe do material para ter uma boa visão.
  • Dificuldade em enxergar o quadro: A criança pode apresentar dificuldade em ler o que está escrito no quadro ou reclamar que as letras estão borradas ou pequenas demais.
  • Problemas com a coordenação olho-mão: Dificuldade em escrever, desenhar, pegar objetos pequenos ou realizar atividades que exigem precisão com as mãos podem indicar problemas de visão que afetam a coordenação.
  • Desinteresse pela leitura e escrita: A criança pode demonstrar desinteresse em atividades que envolvem a leitura e escrita, evitando-as ou apresentando dificuldade em se concentrar nessas tarefas.

Prevenção e Diagnóstico Precoce: Chaves para o Sucesso Escolar

É fundamental que a saúde visual da criança seja acompanhada desde cedo, a fim de prevenir e tratar qualquer problema que possa surgir. A visita ao oftalmologista deve ser realizada periodicamente, já na primeira infância.

Exames oftalmológicos completos, realizados por um profissional especializado, são essenciais para detectar problemas visuais e oferecer o tratamento adequado. A avaliação do oftalmologista, além de verificar a acuidade visual, avalia a saúde dos olhos, a capacidade de visão binocular e a presença de outros problemas que possam afetar o aprendizado.

Tratamento e Intervenção:

O tratamento para problemas de visão depende do tipo de alteração identificada. Pode incluir o uso de óculos ou lentes de contato para corrigir erros de refração, exercícios para fortalecer a visão e estimular a coordenação olho-mão, terapia ocupacional para desenvolver habilidades motoras finas e tratamento para condições como ambliopia e estrabismo.

O Papel Essencial dos Pais e Educadores:

Pais e educadores desempenham um papel fundamental na detecção e tratamento de problemas visuais em crianças. Observar os sintomas mencionados acima, manter acompanhamento médico regular e comunicar as dificuldades da criança ao oftalmologista e aos professores são medidas importantes para garantir o desenvolvimento pleno do aprendizado.

Conclusão:

A visão é um dos sentidos mais importantes para o aprendizado e o desenvolvimento da criança. Problemas visuais podem impactar negativamente o desempenho escolar, levando a frustração, dificuldades de concentração, baixo rendimento e até mesmo a desistência dos estudos.

É fundamental que pais, educadores e profissionais de saúde trabalhem em conjunto para garantir a saúde visual das crianças, detectando problemas precocemente, realizando o tratamento adequado e promovendo um ambiente escolar que atenda às necessidades de cada aluno.

Investir na saúde visual da criança é investir em seu futuro, garantindo que ela tenha as ferramentas necessárias para alcançar seu potencial máximo e construir um futuro brilhante.

A miopia, ou visão míope, é uma condição refrativa comum que causa dificuldade em enxergar objetos distantes. O olho míope é mais alongado do que o normal, fazendo com que os raios de luz se concentrem na frente da retina, em vez de sobre ela. No passado, a miopia era geralmente considerada um problema benigno, mas nas últimas décadas, a prevalência da miopia tem aumentado drasticamente em todo o mundo, especialmente entre crianças. Esse aumento, particularmente em sua forma de progressão rápida, tem gerado preocupação crescente entre os profissionais de saúde.

O Crescimento da Epidemia da Miopia

De acordo com estudos recentes, a prevalência da miopia em crianças está crescendo rapidamente, com taxas particularmente altas na Ásia Oriental. Por exemplo, na China, estima-se que mais de 90% dos adolescentes sejam míopes, e a situação é semelhante em outros países asiáticos, como Singapura, Coreia do Sul e Taiwan. Nos Estados Unidos, a prevalência da miopia também tem aumentado, com aproximadamente 42% das crianças com idades entre 6 e 19 anos sendo míopes.

Essa tendência crescente é atribuída a uma série de fatores, incluindo fatores genéticos, ambientais e de estilo de vida. O aumento do uso de telas luminosas e de convivência em ambientes fechados, contrastando com a redução da interação de atividades em áreas externas e na natureza, são ligados ao aumento da miopia infantil em diversos estudos.

O Impacto da Miopia em Progressão

A miopia em si não é necessariamente perigosa, mas sua progressão, especialmente na infância, pode ter consequências significativas para a saúde ocular. A miopia em progressão, ou miopia progressiva, caracteriza-se por um aumento constante do grau de miopia ao longo do tempo. A miopia, em graus muito elevados, pode levar a complicações oculares graves, como descolamento de retina, catarata e glaucoma, que podem resultar em perda irreversível da visão.

A miopia de alto grau é definida como um grau de -6 dioptrias ou mais. Pessoas com miopia de alto grau têm maior probabilidade de desenvolver complicações, pois seus olhos estão mais alongados e a retina está mais fina e vulnerável a danos.

Miopia em progressão na infância: uma epidemia?
Miopia em progressão na infância: uma epidemia?

Fatores de Risco para a Miopia em Progressão

Existem vários fatores de risco associados à miopia em progressão, incluindo:

  • Fatores Genéticos: A miopia é fortemente influenciada pela genética, com estudos mostrando que filhos de pais míopes têm maior probabilidade de desenvolver miopia.
  • Idade de Início: A miopia que se desenvolve em uma idade mais precoce tem maior probabilidade de progredir.
  • Tempo de Exposição à Luz do Dia: Pesquisas sugerem que passar mais tempo ao ar livre, exposto à luz do dia, pode reduzir o risco de desenvolvimento e progressão da miopia.
  • Uso de Dispositivos Digitais: O uso excessivo de dispositivos digitais, como smartphones, tablets e computadores, também tem sido associado a um risco aumentado de miopia.

Manejo da Miopia em Progressão

O manejo da miopia em progressão é fundamental para minimizar os riscos de complicações oculares e preservar a visão. Os métodos de tratamento se concentram em retardar ou interromper a progressão da miopia.

  • Uso de Óculos e Lentes de Contato: Os óculos e lentes de contato são a primeira linha de tratamento para a miopia, corrigindo a visão e permitindo que os pacientes vejam claramente.
  • Lentes de Contato Específicas: Lentes de contato com desenhos especiais já estão disponíveis para desacelerar a taxa de progressão da miopia.
  • Colírio de Atropina: Colírios com baixa dosagem de atropina tem sido eficazes na redução da progressão da miopia em crianças.

Prevenção da Miopia em Progressão

A prevenção da miopia em progressão começa com a detecção precoce e o acompanhamento regular com um oftalmologista infantil. As crianças devem ter seus olhos examinados regularmente, especialmente se houver histórico familiar de miopia. Outros passos que podem ser tomados para prevenir a progressão da miopia incluem:

  • Tempo ao Ar Livre: Incentivar as crianças a passarem mais tempo ao ar livre, expostas à luz do dia natural.
  • Uso Moderado de Dispositivos Digitais: Limitar o tempo de tela, particularmente em ambientes escuros, e fazer pausas regulares durante o uso de dispositivos digitais.
  • Saúde Visual: Ensinar boas práticas de saúde visual, como manter uma boa iluminação ao ler e descansar os olhos regularmente.
Considerações Finais

A miopia em progressão na infância é uma preocupação crescente em saúde pública. A prevalência crescente da miopia, especialmente em sua forma de progressão rápida, coloca em risco a saúde ocular de milhões de crianças em todo o mundo. É essencial que os pais e educadores estejam cientes dos fatores de risco associados à miopia em progressão e tomem medidas para prevenir e gerenciar essa condição.

Apesar da miopia não ser uma condição grave, alguns cuidados são importantes, principalmente o acompanhamento da progressão de grau por um oftalmologista infantil. Miopia de alto grau pode ter consequências prejudiciais para o indivíduo, como dependência dos óculos e até um descolamento de retina. Com a detecção precoce, o acompanhamento regular e os cuidados adequados, é possível ajudar a proteger a visão das crianças e evitar complicações graves relacionadas à miopia.

Resumo: A coceira nos olhos é um sintoma comum de alergia e não costuma indicar um problema grave, mas, se esse sintoma persistir por dias ou se tornar recorrente, é importante buscar ajuda de um oftalmologista. Assim, é possível identificar a causa da coceira nos olhos, além de evitar machucar os olhos ao coçá-los com grande intensidade.

Alergias são as grandes causadoras de coceira nos olhos e geralmente vem acompanhada de espirros, congestão das vias respiratórias, coriza ou irritações na pele. As principais causas de alergias são poeiras, mofos e outros fungos, pólen ou pelos de animais. Em outros casos, além da coceira, os olhos ficam vermelhos, inchados, lacrimejando, com sensação de queimação ou secos. Esses sintomas podem aparecer também relacionados a outros problemas, como terçol, problemas com lentes de contato, síndrome do olho seco, inflamação no globo ocular ou nas pálpebras, conjuntivite, dermatite, herpes ou, simplesmente, fadiga ocular.

Principais alergias:

  • Poeiras
  • Mofo
  • Pólen
  • Pelos de animais
  • Fumaça

Outras causas:

  • Terçol
  • Lentes de contato
  • Olho seco
  • Inflamações
  • Conjuntivite
  • Fadiga ocular

O que fazer em caso de…

Alergias

Quando em crise alérgica, a pessoa que já tem diagnóstico de alergia costuma reconhecer rapidamente seus sintomas. A primeira coisa a se fazer é afastar-se do elemento ou ambiente desencadeador da alergia. Usar colírios que imitam a lagrima reduz o desconforto e alivia a irritação. Quando indicado pelo alergista, o uso do antialérgico de costume ajuda nos sintomas da alergia, dentre eles, a coceira nos olhos.

Síndrome do olho seco

A síndrome do olho seco é um distúrbio crônico que acontece em decorrência da deficiência na produção ou maior evaporação da lágrima. A lágrima lubrifica o globo ocular, e, na redução ou falta dessa lubrificação, os olhos ficam irritados. É aí que surge a coceira, vermelhidão, sensação de queimação, sensibilidade e até visão embaçada. Todos esses são sintomas da síndrome do olho seco.

A ceratoconjuntivite seca (olho seco) é frequente em pessoas idosas devido ao envelhecimento natural do corpo. Outros momentos em que a ceratoconjuntivite seca pode aparecer é na menopausa ou em casos de artrite reumatoide, síndrome de Sjogren, lúpus ou blefarite. Além disso, é frequente em pessoas que utilizam telas por muito tempo ou que trabalham em ambientes secos, com ar-condicionado. Pessoas que fazem uso de anticoncepcionais ou antialérgicos também podem apresentar a síndrome do olho seco.

Para melhorar a lubrificação ocular, é indicado que a pessoa tente piscar mais vezes durante o dia, evitando que os olhos fiquem muito secos.  Para o uso frequente de colírios ou lágrimas artificiais, siga as recomendações do seu oftalmologista.

Fadiga ocular

Ao passar muito tempo focando imagens e palavras em telas como celular, tablets, computadores e televisão, os músculos dos olhos fazem esforço em excesso, o que leva à fadiga ocular. A coceira nos olhos é um dos sintomas que aparece no quadro de fadiga ocular. Outros sintomas são astenopia (sensação de peso ou irritação nos olhos), dor de cabeça, aumento progressivo da sensibilidade à luz, além de sintomas sistêmicos, como dificuldade de concentração e cansaço generalizado.

Ao utilizar telas por longos períodos, faça pausas regulares, tentando descansar os olhos em cada uma delas. Experimente olhar para objetos que estejam a cerca de 6 metros distantes de você. Fique 40 segundos olhando para longe a cada 40 minutos. Além disso, o oftalmologista pode prescrever óculos especiais que filtram a luz azul emitida por aparelhos eletrônicos.

Terçol

O terçol é uma bolinha que surge numa glândula inflamada na pálpebra. Essa inflamação causa coceira, lacrimejamento excessivo, inchaço, vermelhidão e até dor. Cientificamente, o terçol é chamado hordéolo e acontece principalmente devido a infecção por bactéria, seborreia, acne ou blefarite crônica.

Normalmente, o terçol desaparece de 3 a 5 dias após o surgimento da bolinha, sem que seja necessário nenhum tratamento. Compressas mornas podem ajudar a aliviar os sintomas, principalmente o inchaço. Caso haja um agravamento dos sintomas ou não desapareça dentro desse período, deve-se consultar o oftalmologista. Nesses casos, será necessário um tratamento específico com pomadas ou colírios antibióticos ou anti-inflamatórios e apenas o médico oftalmologista poderá indicar o tratamento adequado.

Blefarite

Quando a pálpebra inflama em decorrência de alterações nas glândulas responsáveis por manter a umidade do olho, surgem sintomas como coceira, vermelhidão, crostas em volta do olho, inchaço das pálpebras e lacrimejamento. A inflamação e os sintomas podem aparecer de um dia para o outro, causando muito desconforto.

O tratamento da blefarite deve ser prescrito pelo oftalmologista. Compressas mornas e limpeza adequada ajudam a aliviar os sintomas. Quando a blefarite é recorrente, é possível que seja necessário tratar com antibiótico e anti-inflamatório.

Meibomite

A meibomite é uma inflamação na região da borda das pálpebras. Causa coceira, além de vermelhidão, inchaço e sensação de cisco no olho afetado. As glândulas de Meibônio produzem um óleo que evita a rápida evaporação das lágrimas e, quando inflamadas, geram esse desconforto que pode incomodar bastante.

A meibomite pode trazer ainda mais sintomas em pessoas que usam lentes de contato ou que ficam expostas a ambientes de baixa umidade ou com ar-condicionado. A meibomite acontece também nos quadros de alterações hormonais ou rosácea.

O tratamento deve ser feito com acompanhamento do médico oftalmologista, podendo envolver corticoides, antibióticos e anti-inflamatórios. Compressas mornas nas pálpebras também ajudam a aliviar os sintomas.

Lentes de contato

O uso de lentes de contato também pode causar coceira nos olhos, principalmente se há um quadro alérgico associado. Nesses casos, a limpeza adequada das lentes é fundamental para que não haja acúmulo de sujeira, o que pode aumentar o risco de contaminação por bactérias, vírus ou fungos, levando ao surgimento de inflamações ou infecções nos olhos. Sintomas como coceira, mas também vermelhidão, olhos secos e formação excessiva de remela podem indicar o problema.

Continuar usando lentes de contato em mau estado pode levar a problemas mais sérios, como úlcera de córnea e inflamação dos olhos.

O tratamento dessas inflamações ou infecções devem ser orientados pelo oftalmologista e variam de acordo com o tipo e gravidade dos achados. A higienização correta das lentes de contato deve ser feita com muita atenção, assim como respeitar os horários de uso e nunca dormir com as lentes. Deve-se interromper o uso das lentes e buscar o oftalmologista assim que surgirem os primeiros sintomas de que algo não vai bem. Quanto mais cedo iniciar o tratamento, maior a chance de sucesso.

Conjuntivite

Conjuntivite é a inflamação da membrana que reveste os olhos e as pálpebras e pode ser transmitida por vírus, bactérias ou fungos. Coceira, inchaço, dor, vermelhidão e excesso de remela são sintomas que podem indicar que os olhos foram infectados.

A conjuntivite é transmitida de pessoa para pessoa através do contato direto com secreções ou objetos contaminados, mas também pode surgir devido a alergias a ácaro, poeiras, pelos ou pólen.

O tratamento adequado é indicado em consulta oftalmológica, podendo ser desde colírios de lubrificação a pomadas e antibióticos. Para evitar o contágio, é indicado lavar as mãos com frequência e não coçar os olhos. Evite também compartilhar objetos pessoais como óculos e maquiagens.

Herpes ocular

Herpes ocular é uma infecção causada pelo vírus do herpes tipo 1 e pode atingir tanto um, como os dois olhos. Os sintomas podem ser semelhantes aos da conjuntivite, que foram descritos acima, mas pode se manifestar também com quadros de dor forte e perda visual.

Assim que surgem os primeiros sintomas, deve ser feita a avaliação com o oftalmologista para que o tratamento se inicie o quanto antes para evitar as complicações que podem levar à cegueira. O tratamento pode incluir pomadas e colírios antivirais, corticoides e antibióticos.

Dermatite periocular

A dermatite periocular é um distúrbio dermatológico que causa inflamação da pele ao redor dos olhos ou das pálpebras. Causa coceira, vermelhidão, inchaço e sensação de queimação no olho afetado.

Pode ser causada por alergia a produtos cosméticos, como maquiagens e cremes, mas também por alergia a poeira, ácaro, pelos, pólen ou até alimentos. A dermatite periocular é mais comum em pessoas que já possuem alguma dermatite, seja ela dermatite atópica, dermatite seborreica, rosácea ou psoríase.

Para o tratamento adequado, é necessário identificar a substância que causou a dermatite e suspender seu uso. Compressas frias também ajudam a aliviar o inchaço e a vermelhidão. O oftalmologista pode recomendar o uso de remédios específicos, como anti-inflamatórios e corticoides.

Na clínica OIE (Oftalmologia Infantil e Estrabismo) você encontra equipe especializada para o atendimento oftalmológico tanto de crianças, como de adultos. Agende uma consulta em nossa clínica.

Resumo: Ainda que pareça uma solução impossível, existe sim colírio para evitar a progressão do grau em casos de miopia. Porém, além de não representar cura da miopia, esse tratamento não funciona em qualquer momento da vida. Durante esse artigo, você vai entender o que é miopia e alta miopia, como acontece a progressão de grau, as consequências da alta miopia e conhecer o tratamento com colírio de atropina, indicado apenas para crianças.

O que é miopia?

Miopia é um problema considerado comum, que atrapalha a visão de longe. Em grande parte da população afetada, não é grave e não apresenta riscos, sendo o uso de óculos corretivos o principal tratamento. A miopia manifesta-se, em média, aos 7 anos de idade, quando o crescimento da criança pode estar acompanhado do alongamento dos olhos, e evolui, comumente, até os 17 anos de idade.

De maneira global, a incidência da miopia entre jovens e crianças vem crescendo substancialmente. Os novos hábitos de vida, em ambientes fechado e o uso intensivo de celulares e tablets, estão sendo relacionados a esse incremento. A explosão global da incidência de miopia e, consequentemente, da miopia patológica ou alta miopia, e de suas complicações, estimulou o avanço de estudos para o desenvolvimento de meios eficazes e seguros para controlar a taxa de progressão da miopia.

Alta miopia

A miopia é considerada alta miopia quando o grau chega a -5. A alta miopia está associada ao possível desenvolvimento de condições que ameaçam a visão, como a degeneração macular miópica ou maculopatia miópica, retinosquise, estafiloma posterior, glaucoma, descolamento de retina e catarata. Por essas razões a OMS (Organização Mundial de Saúde) incluiu a miopia no programa Iniciativa Global para a Eliminação da Cegueira Evitável.

Progressão de grau

A miopia costuma ocorrer entre os 7 e 10 anos de idade, e evolui até, em média, os 17 anos, quando estabiliza. Essa progressão pode levar a graus muito altos, tornando a pessoa dependente dos óculos para realizar qualquer atividade do seu dia a dia. Porém, a maior gravidade da progressão é a associação com doenças oculares graves, que podem aparecer ao longo da vida e ameaçam a saúde dos olhos, podendo levar à perda da visão, como vimos anteriormente neste artigo.

Portanto, é extremamente recomendado que crianças façam exames oftalmológicos de rotina e sejam acompanhadas por um oftalmologista infantil ou oftalmopediatra, mesmo sem queixas sobre a visão. É importante observar que crianças míopes enxergam bem de perto e podem ser excelentes alunos, o que retarda as queixas sobre a visão. Assim, o problema ficará evidente somente quando o grau já estiver elevado, dificultando o controle da progressão de grau através do tratamento com colírio.

O colírio de atropina

O colírio de atropina já faz parte do dia a dia dos consultórios oftalmológicos, mas com um proposito diferente do controle da evolução da miopia. Ele é usado, na proporção 1%, para dilatar a pupila e paralisar momentaneamente o mecanismo de focalização para a realização de exames. O colírio de atropina também é utilizado no tratamento da ambliopia, popularmente conhecida como “olho preguiçoso”.

Estudos comprovaram que a utilização da atropina em diluição 100 vezes menor que a utilizada para exames, ou seja, na concentração 0,01%, não dilata a pupila e nem interfere no mecanismo de focalização, mas pode controlar a progressão da miopia em crianças e adolescentes agindo na diminuição do alongamento ocular (comprimento axial).

O uso da atropina para o tratamento da evolução da miopia iniciou-se há mais de 50 anos e sua eficácia e segurança vem sendo comprovada através de complexos estudos e da redução da taxa anual da progressão de miopia, que diminuiu em mais de 70%.

Adultos podem fazer o tratamento com colírio?

O tratamento com colírio de atropina age controlando o comprimento axial do olho ainda em crescimento, diminuindo assim a progressão da miopia, porém não tem efeito em um olho desenvolvido e com miopia estabilizada, o que ocorre por volta dos 17 anos. Portanto, esse tratamento não funciona em adultos, sendo indicado para crianças e adolescentes que tenham miopia estabelecida ou fatores de risco para o seu desenvolvimento. O tratamento, após iniciado, pode seguir até a adolescência, quando a miopia comumente estabiliza.

O uso contínuo do colírio pode levar à cura da miopia?

O colírio de atropina retarda a progressão do grau da miopia, porém não reverte essa condição. Seu principal objetivo é diminuir a taxa de progressão do grau, evitando o aparecimento de doenças relacionadas à alta miopia como descolamento de retina, glaucoma e catarata, que podem levar à perda da visão.

O colírio de atropina está disponível em farmácias?

O tratamento com atropina deve ser prescrito pelo oftalmologista infantil ou oftalmopediatra. O médico fará a indicação do tratamento exclusivo para a necessidade de cada paciente. O medicamento é formulado em farmácias de manipulação capacitadas para a diluição dos ativos.

Para saber mais sobre tratamentos de miopia e outras doenças que acometem a visão, entre em contato com a clínica OIE (Oftalmologia Infantil e Estrabismo). Agende sua consulta com nossa equipe de oftalmopediatras especialistas tanto em oftalmologia infantil quanto em estrabismo.

Perguntas Frequentes sobre Miopia

O que é miopia e por que ela é comum em crianças?

A miopia é um erro refrativo que dificulta a visão de longe. Em crianças, o globo ocular ainda está em desenvolvimento, o que pode levar ao alongamento excessivo do olho e, consequentemente, à miopia. Fatores genéticos e ambientais, como o uso excessivo de telas e a falta de atividades ao ar livre, também contribuem para o desenvolvimento da miopia infantil.

Existe algum colírio que possa evitar o aumento do grau da miopia em crianças?

Sim, estudos recentes têm demonstrado que o colírio de atropina em baixa dose pode ser eficaz no controle da progressão da miopia em crianças. No entanto, é importante ressaltar que o colírio não cura a miopia, mas sim retarda seu avanço

Como o colírio de atropina age para controlar a miopia?

Acredita-se que o colírio de atropina atue relaxando o músculo ciliar, responsável pela acomodação visual, e estimulando a liberação de dopamina na retina, o que pode inibir o crescimento excessivo do globo ocular

O colírio de atropina é seguro para crianças?

O colírio de atropina em baixa dose é considerado seguro para uso infantil, mas pode causar alguns efeitos colaterais temporários, como dilatação da pupila, sensibilidade à luz e visão turva para perto. É fundamental que o uso do colírio seja acompanhado por um oftalmologista, que irá monitorar a resposta da criança ao tratamento e ajustar a dose, se necessário.

Qual a idade ideal para iniciar o tratamento com colírio de atropina?

O tratamento geralmente é indicado para crianças com progressão rápida da miopia, geralmente entre 6 e 12 anos. A decisão de iniciar o tratamento deve ser individualizada, levando em consideração a idade da criança, o grau da miopia e a velocidade de progressão

Por quanto tempo a criança precisa usar o colírio de atropina?

A duração do tratamento varia de acordo com a resposta individual de cada criança, mas geralmente é de 2 a 3 anos. O oftalmologista irá avaliar a necessidade de continuar o tratamento ou interrompê-lo, com base na estabilização da miopia.

O colírio de atropina é a única forma de controlar a miopia em crianças?

Não. Além do colírio de atropina, outras opções de tratamento podem ser consideradas, como o uso de lentes de contato especiais (ortoceratologia) e a adoção de hábitos saudáveis, como aumentar o tempo de atividades ao ar livre e reduzir o uso de telas

Quais os cuidados adicionais que os pais devem ter com crianças míopes?

Incentivar atividades ao ar livre: A exposição à luz natural ajuda a regular o crescimento do globo ocular.
Limitar o tempo de uso de telas: O uso excessivo de dispositivos eletrônicos pode aumentar o risco de miopia.
Garantir uma boa iluminação para leitura e estudo: A iluminação adequada evita o esforço visual excessivo.
Realizar consultas oftalmológicas regulares: O acompanhamento profissional é fundamental para monitorar a progressão da miopia e ajustar o tratamento, se necessário.

Onde posso encontrar mais informações sobre miopia em crianças e o tratamento com colírio de atropina?

Consulte um oftalmologista: O profissional poderá fornecer informações personalizadas e indicar o melhor tratamento para cada caso

A saúde ocular dos bebês é fundamental para garantir um desenvolvimento
visual saudável e detectar precocemente quaisquer problemas que possam
afetar a visão a longo prazo. A seguir, abordaremos a importância de levar
bebês ao oftalmologista pediátrico e o que esperar durante uma consulta
oftalmológica para bebês.

Qual a Importância das Consultas Oftalmológicas para Bebês

  1. Desenvolvimento Visual: As consultas oftalmológicas precoces podem
    ajudar a monitorar o desenvolvimento visual do bebê e identificar
    problemas oculares que podem afetar a visão.
  2. Detecção Precoce de Problemas: Muitos problemas oculares, como
    ambliopia, estrabismo e erros refrativos, podem ser tratados com sucesso
    se detectados precocemente.
  3. Prevenção de Complicações: A detecção precoce e o tratamento
    adequado de problemas oculares em bebês podem prevenir complicações
    visuais futuras e promover um desenvolvimento visual saudável.

O Que Esperar Durante uma Consulta Oftalmológica para Bebês?

  1. Exame do Fundo de Olho: O oftalmologista infantil examinará a retina e o
    fundo do olho do bebê para detectar quaisquer anormalidades.
  2. Testes de Visão: Embora bebês não possam ler letras ou falar as figuras de
    uma tabela, o oftalmologista infantil pode realizar testes de visão
    específicos para a idade do bebê.
  3. Avaliação do Alinhamento dos Olhos: O oftalmologista infantil verificará
    o alinhamento dos olhos do bebê para detectar sinais de estrabismo ou
    outros problemas da simetria entre os olhos.
  4. Avaliação de Problemas Oculares: O oftalmologista infantil examinará os
    olhos do bebê em busca de sinais de problemas oculares, como catarata
    congênita, glaucoma congênito ou malformações oculares.

Conclusão:

Levar bebês ao oftalmopediatra para consultas regulares é importante para
garantir um desenvolvimento visual saudável e detectar precocemente
quaisquer problemas oculares que possam afetar a visão a longo prazo.
Consulte um oftalmologista infantil para avaliar os olhinhos do seu bebê.

A saúde ocular é crucial para o desenvolvimento infantil, pois a visão
desempenha um papel fundamental no aprendizado e na interação com o
mundo ao redor. No entanto, as crianças podem enfrentar uma variedade de
problemas oftalmológicos que podem afetar sua qualidade de vida e
desenvolvimento. Neste artigo, exploraremos alguns dos principais
problemas oftalmológicos que afetam as crianças, destacando suas causas,
sintomas e opções de tratamento.

Ambliopia (Olho Preguiçoso): Um Desafio na Infância

A ambliopia é uma das principais causas de deficiência visual em crianças e
ocorre quando um olho não desenvolve a visão normal durante a infância.
Discutiremos as causas que podem estar por trás da ambliopia, incluindo
estrabismo e diferença de grau entre os olhos, e abordaremos os sinais e
sintomas que os pais devem estar atentos. Além disso, destacaremos a
importância do diagnóstico precoce e das opções de tratamento, como óculos
e tampão ocular.

Erro de Refração: Um Obstáculo Comum na Visão Infantil

Erros de refração, como miopia, hipermetropia e astigmatismo, são comuns
em crianças e podem afetar significativamente sua qualidade de vida e seu
desempenho na escola. Exploraremos os sintomas que podem indicar
problemas de refração em crianças, como dores de cabeça, cansaço nos olhos,
e dificuldade de concentração. Além disso, discutiremos opções de
tratamento, como óculos, lentes de contato e cirurgia refrativa em casos
selecionados.

Estrabismo: Desalinhamento dos Olhos em Desenvolvimento

O estrabismo, caracterizado pelo desalinhamento dos olhos, é uma condição
que pode afetar crianças de todas as idades. Abordaremos as causas
subjacentes, incluindo problemas musculares e genéticos, e discutiremos os
impactos físicos e psicossociais do estrabismo na infância. Além disso,
exploraremos as opções de tratamento disponíveis, incluindo terapia com
prismas e cirurgia corretiva, destacando a importância da intervenção
precoce.

Conjuntivite Infantil: Infecções Oculares Comuns na Infância

A conjuntivite, uma inflamação da membrana transparente que cobre a parte
branca do olho e a parte interna das pálpebras, é uma infecção ocular comum
em crianças. Abordaremos os diferentes tipos de conjuntivite, incluindo viral,
bacteriana e alérgica, e discutiremos os sintomas característicos, como
vermelhidão, coceira e secreção ocular. Além disso, forneceremos informações
sobre medidas preventivas e opções de tratamento, incluindo colírios e
compressas frias.

Retinopatia da Prematuridade: Um Desafio na Neonatologia

A retinopatia da prematuridade é uma condição oftalmológica grave que
afeta bebês prematuros e pode levar à cegueira se não for tratada
adequadamente. Exploraremos os fatores de risco associados, incluindo baixo
peso ao nascer e tempo de gestação reduzido, e discutiremos os sinais e
sintomas que exigem avaliação oftalmológica urgente. Além disso,
destacaremos as opções de tratamento, como laser e cirurgia, e a importância
do acompanhamento oftalmológico contínuo.

Conclusão:

Os problemas oftalmológicos em crianças podem ter um impacto significativo
em seu desenvolvimento e qualidade de vida. É fundamental que os pais
estejam atentos aos sinais e sintomas que possam indicar problemas visuais e
busquem avaliação oftalmológica especializada quando necessário. Com
diagnóstico precoce e intervenção adequada, muitos problemas
oftalmológicos em crianças podem ser tratados com sucesso, proporcionando
um futuro visual saudável e promissor.

O que é o teste do olhinho?

O teste do olhinho, também conhecido como teste do reflexo vermelho, é um
procedimento simples e indolor realizado em recém-nascidos para avaliar a
saúde ocular. Este teste é fundamental para identificar precocemente
problemas oculares que possam afetar o desenvolvimento visual do bebê.

Como é Feito o Teste do Olhinho?

Durante o teste do olhinho, o médico pediatra ou o oftalmologista infantil
utilizará um oftalmoscópio ou uma lanterna especial para iluminar os olhos
do bebê em um ambiente escuro. O equipamento emite uma luz suave que é
refletida pelas estruturas internas dos olhos, incluindo a retina. Quando essa
luz é refletida de volta para o oftalmoscópio, cria-se uma reflexão vermelha
característica, que é observada pelo médico.


Como Avaliar o Teste do Reflexo Vermelho?


A presença do reflexo vermelho indica que as estruturas oculares, como a
córnea, o cristalino e a retina, estão transparentes e saudáveis. Se o reflexo
vermelho não for observado em um ou ambos os olhos, isso pode indicar a
presença de condições oculares, como catarata congênita, glaucoma ou
outras doenças oculares graves.


Qual a Importância do Teste do Olhinho?


O teste do olhinho é essencial para identificar precocemente problemas
oculares que podem afetar o desenvolvimento visual do bebê. Detectar e
tratar essas condições o mais cedo possível pode prevenir complicações
futuras, como ambliopia (olho preguiçoso) e deficiência visual permanente.


Quando Realizar o Teste do Olhinho?


O teste do olhinho deve ser realizado preferencialmente nas primeiras 48
horas de vida do bebê, ainda na maternidade ou na primeira consulta
pediátrica. No entanto, mesmo que o teste não tenha sido realizado logo
após o nascimento, é importante que seja feito o mais rápido possível para
garantir uma avaliação precoce da saúde ocular do bebê.


Conclusão:


O teste do olhinho é um procedimento simples e indolor que permite avaliar
a saúde ocular do recém-nascido. Sua realização precoce é fundamental para
identificar precocemente problemas oculares e garantir um desenvolvimento
visual saudável para o bebê.