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Por Dra. Iara Debert, Oftalmologista Especialista em Estrabismo Introdução O falso estrabismo (pseudoestrabismo) é uma condição comum que gera preocupação desnecessária em muitos adultos. Diferente do estrabismo
Introdução: Um Olhar para a Saúde Visual Infantil e Adulta Olá! Sou a Dra. Iara Debert, oftalmologista com foco em oftalmologia infantil e estrabismo, atuando
Introdução: A ambliopia, conhecida popularmente como “olho preguiçoso”, é uma condição oftalmológica que afeta cerca de 2 a 3% da população infantil. Caracteriza-se pela redução
Por Dra. Iara Debert, Oftalmologista Especialista em Estrabismo Introdução O falso estrabismo (pseudoestrabismo) é uma condição comum que gera preocupação desnecessária em muitos adultos. Diferente do estrabismo
Introdução: Um Olhar para a Saúde Visual Infantil e Adulta Olá! Sou a Dra. Iara Debert, oftalmologista com foco em oftalmologia infantil e estrabismo, atuando
Cuidar da visão das crianças é essencial para garantir um desenvolvimento saudável e pleno. A visão desempenha um papel crucial no aprendizado, na coordenação motora,
O estrabismo, popularmente conhecido como “vesguice” ou “olho torto”, é uma condição oftálmica caracterizada pelo desalinhamento dos olhos, onde um ou ambos desviam do ponto
Por Dra. Iara Debert, Oftalmologista Especialista em Estrabismo
Introdução
O falso estrabismo (pseudoestrabismo) é uma condição comum que gera preocupação desnecessária em muitos adultos. Diferente do estrabismo verdadeiro – onde há desalinhamento real dos olhos –, essa variação é apenas aparente, causada por características anatômicas faciais.
Neste artigo, exploraremos: ✔ As causas e diferenças entre falso e verdadeiro estrabismo ✔ O impacto psicossocial em adultos ✔ Métodos de diagnóstico e quando procurar ajuda ✔ Estratégias para melhorar a autoestima e qualidade de vida
O Que É Falso Estrabismo?
O pseudoestrabismo ocorre quando os olhos parecem desalinhados, mas exames comprovam que estão normais. Isso acontece devido a:
Fatores Anatômicos Mais Comuns
Causa
Efeito Visual
Epicanto (dobra de pele no canto interno)
Olhos parecem virados para dentro (pseudoesotropia)
Ponte nasal larga/aplanada
Ilusão de desvio convergente
Hipertelorismo (olhos muito separados)
Aparece como exotropia
Assimetria facial
Um olho parece mais alto/baixo
Diferente do estrabismo real:
Não causa visão dupla ou perda de binocularidade
Não piora com o tempo
Diagnóstico: Como Saber Se É Falso Estrabismo?
Somente um oftalmologista especializado em motilidade ocular pode confirmar o diagnóstico. Os exames incluem:
1. Teste de Hirschberg
Analisa o reflexo da luz na córnea: se simétrico, indica alinhamento real.
2. Cover Test (Teste da Oclusão)
Se não há movimento de correção ao tampar um olho, é pseudoestrabismo.
3. Avaliação do Ângulo Kappa
Ângulos assimétricos podem simular desvios aparentes dos eixos visuais, causando impressão de desalinhamento entre os olhos.
4. Exame de Motilidade Ocular
Confirma que todos os movimentos oculares são normais.
Impacto Psicossocial: Quando a Aparência Afeta a Vida
Pacientes com pseudoestrabismo frequentemente relatam:
Problemas Enfrentados
Ansiedade social (evitar contato visual ou fotos)
Dificuldade em relacionamentos (medo de julgamento)
Busca excessiva por tratamentos (cirurgias desnecessárias)
Como Lidar?
✔ Consulta oftalmológica para descartar problemas reais ✔ Terapia cognitivo-comportamental (TCC) para autoaceitação ✔ Truques visuais:
Óculos com armações escuras e largas
Delineador alongando o canto externo dos olhos
Depoimento Real “Depois que entendi que era apenas uma ilusão óptica, parei de gastar com tratamentos inúteis. Aprendi a me aceitar.” – Carlos, 34 anos
Diferenças Entre Adultos e Crianças
Aspecto
Crianças
Adultos
Causa principal
Anatomia facial imatura
Envelhecimento/flacidez
Preocupação
Dos pais
Própria autoimagem
Solução
Observação (melhora com crescimento)
Apoio emocional + opções estéticas
Mitos e Verdades
❌ “Exercícios oculares corrigem” → Só funcionam em estrabismo verdadeiro ✅ “Óculos podem disfarçar” → Armações estratégicas ajudam ❌ “Piora com a idade” → Apenas mudanças anatômicas normais
Quando Procurar Ajuda?
Marque consulta se: 🔹 Desconforto persistente com a aparência 🔹 Sintomas novos como visão dupla ou dor 🔹 Histórico familiar de estrabismo verdadeiro
Conclusão
O falso estrabismo é uma condição inofensiva, mas que pode afetar a qualidade de vida. O diagnóstico correto evita tratamentos desnecessários, enquanto suporte emocional ajuda na autoaceitação.
Próximos Passos:
Consulte um especialista em estrabismo
Explore técnicas de autoconfiança
Lembre-se: sua visão está segura
Dra. Iara Debert
abril 8, 2025
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Dra. Iara Debert, oftalmologista referência no Brasil com foco em diagnóstico e tratamento de estrabismo.
Introdução: Um Olhar para a Saúde Visual Infantil e Adulta
Olá! Sou a Dra. Iara Debert, oftalmologista com foco em oftalmologia infantil e estrabismo, atuando em São Paulo. Neste artigo, embarcaremos em uma jornada detalhada pelo universo do estrabismo, abordando desde os fundamentos até as opções de tratamento mais modernas, sempre com o objetivo de fornecer informações claras e embasadas para pais, pacientes e todos aqueles que buscam compreender e cuidar da saúde visual.
Com vasta experiência emestrabismo em crianças e adultos, meu compromisso é oferecer o melhor cuidado, utilizando as mais recentes tecnologias e técnicas disponíveis. A saúde dos seus olhos é prioridade, e este artigo visa ser um guia completo sobre o tema.
O estrabismo, também conhecido como “olho torto”, é uma condição em que os olhos não estão alinhados corretamente. Em vez de trabalharem em sincronia para focar no mesmo ponto, um ou ambos os olhos se desviam. Esse desvio pode ser constante ou intermitente e pode se manifestar de diversas formas:
Esotropia: Um olho se volta para dentro.
Exotropia: Um olho se volta para fora.
Hipotropia: Um olho se volta para baixo.
Hipertropia: Um olho se volta para cima.
Causas do Estrabismo
As causas do estrabismo são diversas e podem envolver fatores genéticos, problemas neurológicos, lesões oculares ou outras condições de saúde. Em crianças, o estrabismo pode ser causado por:
Problemas de refração: Hipermetropia (dificuldade de enxergar de perto) não corrigida pode levar ao estrabismo convergente.
Desequilíbrios musculares: Fraqueza ou hiperatividade nos músculos que controlam os movimentos oculares.
Problemas neurológicos: Paralisias dos nervos que controlam os músculos oculares.
Condições genéticas: Histórico familiar de estrabismo aumenta o risco.
Doenças: Catarata congênita, tumores e outras condições podem causar estrabismo.
Em adultos, o estrabismo pode ser uma condição persistente da infância ou pode se desenvolver devido a:
Acidentes ou lesões: Traumatismos que afetam os músculos ou nervos oculares.
Doenças: Acidentes vasculares cerebrais (AVCs), diabetes e outras doenças podem causar estrabismo.
Problemas neurológicos: Doenças como miastenia gravis podem afetar os movimentos oculares.
O tratamento para estrabismo varia dependendo da causa, do tipo de desvio e da idade do paciente. Os objetivos do tratamento são:
Alinhamento dos olhos: Restaurar a posição correta dos olhos.
Visão binocular: Promover a capacidade de usar os dois olhos juntos.
Melhorar a visão: Tratar a ambliopia, se presente.
Opções de Tratamento
Cirurgia de Estrabismo: O Que Você Precisa Saber
A cirurgia de estrabismo é geralmente realizada sob anestesia geral e envolve o ajuste dos músculos extraoculares. O cirurgião pode:
Enfraquecer um músculo: Recuando o músculo ou alterando sua inserção.
Fortalecer um músculo: Avancando o músculo ou removendo uma parte dele.
A cirurgia é geralmente um procedimento ambulatorial, o que significa que o paciente pode ir para casa no mesmo dia. A recuperação é geralmente rápida, com poucos dias de desconforto.
Cuidados Pós-Operatórios
Após a cirurgia de estrabismo, é importante seguir as orientações do oftalmologista, que podem incluir:
Uso de colírios: Para prevenir infecções e reduzir a inflamação.
Evitar atividades extenuantes: Por um curto período de tempo.
Consultas de acompanhamento: Para monitorar a recuperação e o alinhamento dos olhos.
Oftalmologia Infantil: Cuidando da Visão das Crianças
A oftalmologia infantil é uma área especializada da oftalmologia que se dedica à saúde visual das crianças, desde o nascimento até a adolescência. É fundamental que as crianças passem por exames oftalmológicos regulares para detectar e tratar problemas de visão precocemente.
Importância da Saúde Visual Infantil
A visão desempenha um papel crucial no desenvolvimento infantil. Uma boa visão é essencial para:
Aprendizagem: Crianças com problemas de visão podem ter dificuldades na escola.
Desenvolvimento motor: A visão auxilia na coordenação motora.
Interação social: A visão permite que as crianças interajam com o mundo ao seu redor.
Doenças Oculares Comuns em Crianças
Além do estrabismo, outras condições oculares comuns em crianças incluem:
Erros refrativos: Miopia, hipermetropia e astigmatismo.
Ambliopia: Perda da visão em um dos olhos.
Conjuntivite: Inflamação da conjuntiva.
Catarata congênita: Opacidade do cristalino presente ao nascer.
Glaucoma congênito: Aumento da pressão intraocular.
Doenças da retina: Retinopatia da prematuridade, por exemplo.
Exames Oftalmológicos em Crianças
Os exames oftalmológicos em crianças são adaptados à idade e às necessidades do paciente. Os exames podem incluir:
Teste do reflexo vermelho (teste do olhinho): Avaliação do reflexo da retina.
Medida da acuidade visual: Avaliação da capacidade de enxergar.
Exame de refração: Avaliação da necessidade de óculos.
Exame da motilidade ocular: Avaliação dos movimentos dos olhos.
Exame do fundo de olho: Avaliação da retina e do nervo óptico.
Perguntas Comuns Sobre Estrabismo e Oftalmologia Infantil
1. Com que idade devo levar meu filho ao oftalmologista?
É recomendado que a primeira consulta oftalmológica seja realizada logo após o nascimento, ainda na maternidade, para o teste do reflexo vermelho. Em seguida, aos 6 meses, 1 ano e, posteriormente, anualmente ou conforme orientação do oftalmologista.
2. O estrabismo pode ser hereditário?
Sim, o estrabismo pode ter um componente genético, aumentando a probabilidade de ocorrer em famílias com histórico da condição.
3. A cirurgia de estrabismo é dolorosa?
A cirurgia é realizada sob anestesia, portanto, o paciente não sente dor durante o procedimento. Após a cirurgia, pode haver algum desconforto, que pode ser controlado com analgésicos.
4. A visão melhora após a cirurgia de estrabismo?
O objetivo principal da cirurgia é alinhar os olhos. A melhora da visão depende de outros fatores, como a presença de ambliopia e a necessidade de correção com óculos.
5. Crianças podem usar lentes de contato?
Sim, crianças podem usar lentes de contato, mas é importante que haja acompanhamento médico e que os pais ou responsáveis sejam responsáveis pela higiene e cuidado com as lentes.
6. O que é ambliopia e como ela é tratada?
Ambliopia, ou “olho preguiçoso”, é a perda da visão em um olho devido à falta de uso adequado durante a infância. O tratamento envolve o uso de óculos, tampão ocular ou colírios para estimular o olho com visão mais fraca.
7. O estrabismo pode desaparecer sozinho?
Em alguns casos raros, o estrabismo intermitente leve pode melhorar com o tempo, mas geralmente o estrabismo não se resolve sozinho e requer tratamento.
8. Qual a relação entre estrabismo e problemas de aprendizado?
O estrabismo não tratado pode causar dificuldades de aprendizado, pois a visão inadequada pode dificultar a leitura, a escrita e a concentração.
9. Quais são os riscos da cirurgia de estrabismo?
Os riscos da cirurgia de estrabismo são baixos, mas podem incluir infecção, sangramento, visão dupla temporária e reações à anestesia.
10. A terapia visual é eficaz no tratamento do estrabismo?
A terapia visual pode ser eficaz em alguns casos de estrabismo, especialmente em casos de desvios pequenos ou intermitentes. Ela ajuda a melhorar a coordenação dos olhos e a visão binocular.
11. Quais são os sinais de alerta de problemas de visão em crianças?
Sinais de alerta incluem: piscar excessivo, esfregar os olhos frequentemente, dificuldade em enxergar de perto ou de longe, inclinar a cabeça para ver, sensibilidade à luz e olhos desalinhados.
12. A cirurgia de estrabismo corrige a miopia, hipermetropia ou astigmatismo?
Não, a cirurgia de estrabismo não corrige erros refrativos. Óculos ou lentes de contato podem ser necessários para corrigir miopia, hipermetropia ou astigmatismo.
13. Quais são os cuidados que devo ter com meu filho após a cirurgia de estrabismo?
Siga as orientações do oftalmologista, que podem incluir o uso de colírios, evitar atividades físicas intensas por um período e comparecer às consultas de acompanhamento.
14. O estrabismo pode voltar após a cirurgia?
Em alguns casos, o estrabismo pode voltar após a cirurgia, especialmente em casos de desvios complexos ou em crianças em crescimento. Novas cirurgias podem ser necessárias.
15. O que é visão binocular e por que ela é importante?
Visão binocular é a capacidade de usar os dois olhos juntos para formar uma única imagem tridimensional. Ela é importante para a percepção de profundidade e para a realização de atividades como dirigir, praticar esportes e ler.
16. É possível prevenir o estrabismo?
Não é possível prevenir completamente o estrabismo, mas o diagnóstico e tratamento precoces podem minimizar as complicações e melhorar o prognóstico.
17. Como escolher um bom oftalmologista para meu filho?
Procure um oftalmologista com experiência em oftalmologia infantil e estrabismo, que seja atencioso com as crianças e que se mantenha atualizado sobre as últimas tecnologias e técnicas.
18. Qual a diferença entre estrabismo convergente e divergente?
No estrabismo convergente (esotropia), um olho se volta para dentro. No estrabismo divergente (exotropia), um olho se volta para fora.
19. Qual é a idade ideal para operar o estrabismo em crianças?
A idade ideal para a cirurgia de estrabismo varia dependendo do caso, mas geralmente é recomendada o mais cedo possível, para evitar a ambliopia e promover o desenvolvimento da visão binocular.
20. A cirurgia de estrabismo é coberta pelo plano de saúde?
Sim, a cirurgia de estrabismo é geralmente coberta pelos planos de saúde, mas é importante verificar as condições do seu plano.
21. A terapia visual é indicada para adultos com estrabismo?
Sim, a terapia visual pode ser benéfica para adultos com estrabismo, especialmente para melhorar a coordenação dos olhos e a visão binocular.
22. Quais são as opções de tratamento para estrabismo em adultos?
As opções de tratamento para estrabismo em adultos incluem óculos, prismas, terapia visual e cirurgia.
23. O que são lentes prismáticas e como elas funcionam?
Lentes prismáticas são lentes especiais que desviam a luz, ajudando a alinhar as imagens vistas por cada olho. Elas podem ser prescritas para pacientes com estrabismo para aliviar a visão dupla ou melhorar a visão binocular.
24. Quais são os exames que podem ser realizados para diagnosticar estrabismo?
Os exames para diagnosticar estrabismo incluem: teste de acuidade visual, teste de cobertura, teste de reflexo da córnea, exame de motilidade ocular, exame de refração e, em alguns casos, exames complementares como tomografia ou ressonância.
25. O que é diplopia (visão dupla) e como ela se relaciona com o estrabismo?
Diplopia é a visão dupla, que pode ocorrer em casos de estrabismo quando os olhos não estão alinhados e cada olho vê uma imagem diferente.
26. A cirurgia de estrabismo pode melhorar a autoestima?
Sim, a correção do estrabismo pode melhorar significativamente a autoestima, especialmente em crianças e adultos que se sentem constrangidos com a aparência do olho.
27. Quais são os benefícios da cirurgia de estrabismo?
Os benefícios da cirurgia de estrabismo incluem: alinhamento dos olhos, melhora da visão binocular, melhora da autoestima e, em alguns casos, alívio da visão dupla.
28. Como a ambliopia é detectada em crianças?
A ambliopia é detectada através de exames de acuidade visual e outros testes realizados pelo oftalmologista.
29. Quais são as possíveis complicações da ambliopia não tratada?
A ambliopia não tratada pode levar à perda permanente da visão no olho afetado, além de dificuldades de aprendizado e problemas de coordenação motora.
30. É possível dirigir com estrabismo?
Depende do tipo e da gravidade do estrabismo. Em alguns casos, o estrabismo pode dificultar a direção, especialmente em condições de baixa luminosidade ou ao avaliar a distância. O oftalmologista pode avaliar a aptidão para dirigir.
Dicas para Cuidar da Saúde Visual
Exames regulares: Consulte um oftalmologista anualmente ou conforme orientação médica.
Proteção solar: Use óculos de sol com proteção UV para proteger os olhos dos raios solares.
Alimentação saudável: Consuma uma dieta rica em frutas, verduras e peixes, que são benéficos para a saúde ocular.
Descanso visual: Faça pausas regulares ao usar computadores e dispositivos eletrônicos.
Ambiente adequado: Mantenha uma boa iluminação ao ler ou realizar atividades que exigem foco visual.
Higiene ocular: Lave as mãos antes de tocar nos olhos e evite coçar os olhos.
Agende Sua Consulta
Se você ou seu filho apresenta sintomas de estrabismo ou qualquer outra condição ocular, não hesite em agendar uma consulta. Na Dra. Iara Debert, você encontrará uma profissional dedicada, com vasta experiência em oftalmologia infantil e estrabismo, pronta para oferecer o melhor cuidado e tratamento.
Para agendar sua consulta, entre em contato pelos canais disponíveis no site ou por telefone. Estou localizada em São Paulo e terei prazer em recebê-lo(a) em meu consultório.
Conclusão: Cuidando do Futuro com um Olhar Atento
A Dra. Iara Debert, especialista em estrabismo e oftalmologia infantil, está à disposição para auxiliar no diagnóstico e tratamento de condições oculares, garantindo a saúde e o bem-estar visual de crianças e adultos. A detecção precoce e o tratamento adequado são essenciais para prevenir complicações e promover uma visão clara e saudável. Se você busca um especialista em estrabismo em SP, agende sua consulta e dê o primeiro passo para um futuro com um olhar mais nítido e confiante. A saúde visual é um tesouro que merece todo o cuidado.
Palavra-chave: Estrabismo
fevereiro 19, 2025
5 Comentários
Introdução: A ambliopia, conhecida popularmente como “olho preguiçoso”, é uma condição oftalmológica que afeta cerca de 2 a 3% da população infantil. Caracteriza-se pela redução da acuidade visual em um ou ambos os olhos, mesmo com a melhor correção óptica (óculos ou lentes de contato). A condição se desenvolve durante a infância, período crítico para a formação e o amadurecimento das vias visuais. Se não diagnosticada e tratada precocemente, pode levar a uma perda de visão permanente e comprometer significativamente a qualidade de vida. Neste guia completo, exploraremos em detalhes as causas, os sintomas, o diagnóstico, os tratamentos e as formas de prevenção da ambliopia, fornecendo informações valiosas para pais, responsáveis e profissionais de saúde.
O que é Ambliopia (Olho Preguiçoso)?
A ambliopia não é um problema estrutural do olho em si, mas sim um problema de desenvolvimento da via visual entre o olho e o cérebro. Durante a infância, o cérebro aprende a interpretar os sinais visuais recebidos de ambos os olhos. Quando um dos olhos recebe imagens embaçadas, distorcidas ou desalinhadas, o cérebro tende a suprimir a imagem desse olho para evitar confusão. Com o tempo, essa supressão contínua leva ao enfraquecimento da via visual do olho suprimido, resultando em ambliopia. É como se o cérebro “desligasse” um dos olhos, impedindo seu desenvolvimento visual adequado.
Causas da Ambliopia
A ambliopia pode ter várias causas, e entender sua origem é essencial para determinar o tratamento mais eficaz. As principais causas incluem diversos fatores que interferem no desenvolvimento normal da visão durante a infância e visão adulta.
Ambliopia causada por estrabismo (Ambliopia Estrabísmica): É a causa mais comum de ambliopia, representando cerca de 50% dos casos. O desalinhamento dos olhos (estrabismo) impede que o cérebro receba as mesmas imagens de ambos os olhos, levando à supressão da imagem de um dos olhos. A esotropia (desvio para dentro) é o tipo mais associado à ambliopia
Ambliopia causada por erros de refração (Ambliopia Anisometrópica e Ambliopia por Ametropia): Erros de refração não corrigidos ou com grande diferença entre os olhos (anisometropia) causam imagens embaçadas ou distorcidas que chegam ao cérebro. A anisometropia é uma causa comum e muitas vezes não é percebida pelos pais. Por exemplo, se um olho tem uma visão normal e o outro apresentaalta miopia, o cérebro pode priorizar o olho com melhor visão, levando à ambliopia no olho menos utilizado.
Ambliopia causada por bloqueio ou diminuição da visão (Ambliopia ex anopsia ou Ambliopia por Privação): Qualquer condição que impeça a entrada de luz no olho durante a infância pode causar ambliopia. As causas mais comuns são catarata congênita (opacidade do cristalino presente ao nascimento), ptose palpebral (pálpebra caída) e cicatrizes na córnea. Exemplos incluem catarata congênita, ptose (queda da pálpebra) ou lesões oculares. Esse bloqueio impede o desenvolvimento normal da visão durante a infância.
Ambliopia em Crianças
A ambliopia é mais comum em crianças, especialmente entre 6 meses e 7 anos de idade, período crítico para o desenvolvimento visual. Durante essa fase, o cérebro aprende a processar informações visuais e qualquer interrupção pode levar ao desenvolvimento de ambliopia. Estudos mostram que a detecção precoce é crucial, pois o cérebro infantil é altamente plástico, ou seja, capaz de se adaptar e corrigir problemas visuais com intervenção adequada. No entanto, se a ambliopia não for tratada até os 8-10 anos de idade, as chances de recuperação completa significativamente.
Ambliopia em Adultos
Embora a ambliopia seja mais frequentemente associada à infância, ela também pode afetar adultos. Em alguns casos, a condição não foi diagnosticada na infância ou o tratamento inicial não foi bem-sucedido. Em adultos, o tratamento pode ser mais desafiador devido à menor plasticidade cerebral. No entanto, avanços recentes, como terapias de reabilitação visual e uso de tecnologias específicas, têm mostrado resultados promissores.
Causas da Ambliopia (Classificações):
Para entender plenamente a ambliopia, é fundamental mergulhar nas especificidades de cada uma de suas causas, compreendendo os mecanismos pelos quais elas afetam o desenvolvimento visual.
Ambliopia Estrabísmica: O Estrabismo, como um ponto de partida para a Ambliopia.
A ambliopia estrabísmica é a forma mais comum, representando aproximadamente metade de todos os casos. Essa condição surge quando há um desalinhamento dos olhos, conhecido como estrabismo. Em vez de ambos os olhos apontarem para o mesmo ponto no espaço, um olho se desvia para dentro (esotropia), para fora (exotropia), para cima (hipertropia) ou para baixo (hipotropia).
Mecanismo: Essa divergência na direção dos olhos resulta em duas imagens diferentes sendo enviadas ao cérebro. Incapaz de processar duas imagens distintas, o cérebro começa a suprimir a imagem proveniente do olho desalinhado para evitar a diplopia (visão dupla). Com o tempo, essa supressão contínua leva à da via visual do olho desviado, resultando na ambliopia.
Exemplo Prático: Uma criança com esotropia congênita, onde um olho está constantemente desviado para dentro, terá uma forte tendência a desenvolver ambliopia nesse olho. O cérebro, ao priorizar a imagem nítida do olho alinhado, negligencia o outro, comprometendo seu desenvolvimento visual.
Ambliopia Anisometrópica: A Diferença que Prejudica a Visão.
Anisometropia refere-se a uma diferença significativa no erro refrativo entre os dois olhos. Isso significa que um olho pode ter miopia (dificuldade para enxergar de longe), hipermetropia (dificuldade para enxergar de perto) ou astigmatismo (visão distorcida) em um grau diferente do outro olho.
Mecanismo: Essa disparidade nos erros de refração causa uma diferença na nitidez das imagens que chegam ao cérebro. O olho com menor erro de refração enviará uma imagem clara, enquanto o olho com maior erro refrativo enviará uma imagem embaçada. Novamente, o cérebro tende a favorecer a imagem mais nítida e suprimir a mais embaçada, levando à ambliopia no olho com maior erro refrativo.
Exemplo Prático: Uma criança com +1,00 dioptrias de hipermetropia em um olho e +4,00 dioptrias no outro terá uma grande disparidade na capacidade de focar objetos próximos. O cérebro, ao privilegiar a imagem mais nítida, suprime a imagem do olho com maior hipermetropia, resultando em ambliopia anisometrópica.
Ambliopia por Ametropia (Refracional): A Falta de Foco Bilateral.
Diferente da anisometropia, a ambliopia por ametropia ocorre quando ambos os olhos apresentam altos erros refrativos (miopia, hipermetropia ou astigmatismo) que não são corrigidos.
Mecanismo: A ausência de correção óptica adequada resulta em imagens constantemente embaçadas chegando ao cérebro. Embora ambos os olhos estejam enviando imagens de qualidade inferior, a falta de nitidez impede o desenvolvimento visual normal.
Exemplo Prático: Uma criança com +6,00 dioptrias de hipermetropia em ambos os olhos terá dificuldade para enxergar com clareza. Se esse alto grau não for corrigido com óculos ou lentes de contato, ambos os olhos sofrerão com a falta de estimulação visual adequada, levando à ambliopia bilateral por ametropia.
Ambliopia por Privação (Ex Anopsia): Impedindo a Luz, Roubando a Visão.
A ambliopia por privação é a forma mais grave, pois resulta da obstrução da visão em um ou ambos os olhos. Essa obstrução impede a entrada de luz e a formação de imagens nítidas na retina, privando o cérebro da estimulação visual necessária.
Mecanismo: Sem a estimulação visual adequada, as vias visuais não conseguem se desenvolver corretamente, levando à ambliopia. A gravidade da ambliopia depende da duração e da intensidade da privação visual.
Exemplos Práticos:
Catarata Congênita: Uma opacidade do cristalino presente ao nascimento impede a passagem da luz, causando ambliopia grave se não for removida cirurgicamente o mais cedo possível.
Ptose Palpebral: Uma pálpebra caída que cobre a pupila impede a entrada de luz no olho, resultando em ambliopia por privação.
Opacidades Corneanas: Cicatrizes ou outras opacidades na córnea podem obstruir a visão e causar ambliopia.
Outras Ambliopias: Causas Menos Comuns, Impacto Similar.
Existem outras causas menos frequentes de ambliopia, como:
Nistagmo: Movimentos involuntários e rítmicos dos olhos que dificultam a fixação e a obtenção de uma imagem nítida.
Aniridia: Ausência parcial ou total da íris, a parte colorida do olho, que pode causar sensibilidade à luz e visão embaçada. Lesões Oculares: Traumas ou outras lesões que afetem a visão podem levar à ambliopia.
Sintomas da Ambliopia
Embora a ambliopia possa ser assintomática em muitos casos, a observação atenta de certos sinais e comportamentos pode auxiliar na detecção precoce da condição. É importante notar que os sintomas podem variar dependendo da idade da criança e da gravidade da ambliopia.
Sinais Comportamentais:
Dificuldade em Julgar Distâncias: A criança pode ter dificuldade em pegar objetos, tropeçar com frequência ou apresentar falta de jeito em atividades que exigem coordenação motora.
Visão Embaçada ou Distorcida: A criança pode se queixar de visão embaçada em um dos olhos ou relatar que as coisas parecem diferentes em cada olho.
Sensibilidade à Luz (Fotofobia): Algumas crianças com ambliopia podem apresentar sensibilidade à luz forte e preferir ambientes mais escuros.
Cansaço Ocular: A criança pode se queixar defadiga ocularapós atividades que exigem esforço visual, como leitura ou uso de dispositivos eletrônicos.
Apertar ou Estrabicar os Olhos: Algumas crianças podem apertar ou forçar os olhos para tentar melhorar a visão.
Inclinar a Cabeça: A criança pode inclinar a cabeça para um lado na tentativa de compensar o desalinhamento dos olhos ou melhorar a visão.
Sinais Físicos:
Desalinhamento Ocular (Estrabismo): O desalinhamento dos olhos é um dos sinais mais óbvios de ambliopia. No entanto, nem toda criança com estrabismo terá ambliopia, e nem toda criança com ambliopia terá estrabismo aparente.
Pupilas Desiguais: Em alguns casos, as pupilas dos olhos podem ter tamanhos diferentes.
Movimentos Oculares Anormais: Podem ser notados movimentos irregulares ou descoordenados dos olhos.
Reflexo Vermelho Anormal: Durante o exame do olhinho (teste do reflexo vermelho), o reflexo pode estar diminuído ou ausente em um dos olhos.
Sinais em Testes de Visão:
Diferença na Acuidade Visual: O achado mais característico da ambliopia é a diferença na acuidade visual entre os dois olhos. Em geral, considera-se ambliopia quando há uma diferença de duas ou mais linhas na tabela de Snellen (tabela de optotipos utilizada para medir a acuidade visual). Exemplo Prático: Uma criança que sempre fecha um olho quando tenta ler ou que tem dificuldade em pegar uma bola pode estar apresentando sinais de ambliopia e deve ser avaliada por um oftalmologista.
Como diagnosticar a Ambliopia ?
Geralmente envolve uma combinação de exames oftalmológicos como:
Teste de Acuidade Visual: Avaliação da capacidade de enxergar letras ou símbolos em diferentes distâncias.
Exame de Refração: Identificação de erros refrativos, como miopia, hipermetropia ou astigmatismo.
Teste de Cobertura Ocular: Observação do movimento dos olhos ao cobrir e descobrir cada um individualmente.
Exame de Fundo de Olho: Verificação da saúde da retina e nervo óptico. Em muitos casos, o diagnóstico é feito durante consultas pediátricas de rotina ou exames escolares de triagem visual. É importante que todas as crianças passem por exames oftalmológicos regulares para detectar precocemente a ambliopia e outros problemas de visão.
Prognóstico da Ambliopia
O prognóstico da ambliopia depende de vários fatores, como a idade do paciente no momento do diagnóstico, a gravidade da condição e a adesão ao tratamento. Quanto mais cedo a ambliopia for detectada e tratada, melhores são as chances de recuperação completa. Pesquisas indicam que cerca de 75% dos casos de ambliopia podem ser corrigidos com tratamento adequado antes dos 7 anos de idade. Após essa idade, o sucesso do tratamento diminui, mas não é impossível.
Ambliopia tem cura?
A ambliopia tem tratamento e, em muitos casos, pode ser revertida, principalmente se diagnosticada e tratada precocemente. No entanto, a “cura”, no sentido de restaurar a visão normal em ambos os olhos, nem sempre é possível. O objetivo principal do tratamento é melhorar a visão do olho mais fraco e fortalecer a via visual entre o olho e o cérebro. Sim, a ambliopia pode ser curada, especialmente quando diagnosticada e tratada precocemente. O tratamento visa corrigir a causa subjacente e treinar o cérebro a usar ambos os olhos de maneira equilibrada.
Como Tratar a ambliopia?
O tratamento da ambliopia visa forçar o uso do olho mais fraco, estimulando o desenvolvimento da via visual. As opções de tratamento incluem:
Correção Óptica: O primeiro passo é corrigir qualquer erro de refração (miopia, hipermetropia, astigmatismo) com o uso de óculos ou lentes de contato.
Tampão Ocular: O uso de um tampão no olho mais forte (com melhor visão) força o uso do olho mais fraco, estimulando o seu desenvolvimento. A duração do uso do tampão varia conforme a idade e a gravidade da ambliopia e deve ser determinada pelo oftalmologista. A adesão ao tratamento com o tampão é fundamental para o sucesso.
Colírios: Em alguns casos, pode ser utilizado um colírio que embaça a visão do olho mais forte, forçando o uso do olho mais fraco.
Terapia Visual: Exercícios oculares específicos podem ser utilizados para melhorar a coordenação e a visão binocular.
Cirurgia: Em casos de ambliopia causada por estrabismo, a cirurgia para alinhar os olhos pode ser necessária para permitir que o cérebro utilize ambos os olhos.
Tratamento dicóptico (binocular): É um tratamento novo para ambliopia que tem sido estudado nos últimos anos. Seu objetivo é estimular os dois olhos da criança simultaneamente e tem mostrado bons resultados como alternativa ou complemento ao tratamento tradicional com tampão. E o mais animador é que esse tratamento é feito por meio de jogos, aplicativos de realidade virtual e filmes 3D, tornando o tratamento bem mais divertido.
Fatores de Riscos da Ambliopia
Identificar os fatores de risco para ambliopia é crucial para que os pais e profissionais de saúde possam estar mais atentos e realizar exames oftalmológicos precoces.
Histórico Familiar:
Ter pais ou irmãos com ambliopia ou estrabismo aumenta significativamente o risco de a criança desenvolver a condição. A predisposição genética desempenha um papel importante na suscetibilidade a problemas visuais.
Prematuridade e Baixo Peso ao Nascer:
Bebês prematuros, especialmente aqueles que nascem com menos de 30 semanas de gestação ou pesam menos de 1500 gramas, apresentam um risco aumentado de desenvolver retinopatia da prematuridade (ROP), catarata congênita, glaucoma congênito e outros problemas oculares que podem levar à ambliopia.
Doenças Genéticas:
Algumas síndromes genéticas, como a síndrome de Down, estão associadas a um risco aumentado de problemas de visão, incluindo ambliopia, catarata congênita e glaucoma congênito.
Catarata Congênita:
A presença de catarata congênita, mesmo que pequena, pode obstruir a visão e levar à ambliopia por privação se não for tratada precocemente.
Ptose Palpebral:
A ptose palpebral congênita (pálpebra caída desde o nascimento) que cobre parte ou toda a pupila impede a entrada de luz no olho, levando à ambliopia por privação.
Outras Condições Oculares:
Qualquer condição que afete a clareza da visão, como cicatrizes na córnea, tumores oculares ou glaucoma congênito, pode aumentar o risco de ambliopia.
Exemplo Prático: Um bebê que nasce prematuro e com histórico familiar de estrabismo deve ser acompanhado de perto por um oftalmologista, realizando exames oftalmológicos regulares para detectar precocemente qualquer problema de visão e iniciar o tratamento o mais rápido possível. Ao compreender em profundidade as causas, os sintomas e os fatores de risco da ambliopia, é possível aumentar a conscientização sobre a importância da detecção precoce e do tratamento adequado, garantindo um futuro com mais qualidade de vida para as crianças afetadas.
Perguntas Frequentes sobre ambliopia
Com que idade devo levar meu filho ao oftalmologista pela primeira vez?
Idealmente, o primeiro exame oftalmológico deve ser realizado no primeiro ano de vida, seguido de avaliações aos 3 anos e antes do início da alfabetização.
O uso do tampão ocular é muito difícil para a criança. O que posso fazer?
Torne a experiência mais lúdica e divertida, utilizando tampões coloridos com desenhos, incentivando a criança com recompensas e elogiando o esforço. Converse com o oftalmologista para ajustar o tempo de uso do tampão e buscar alternativas.
A ambliopia pode voltar após o tratamento?
Sim, em alguns casos, a ambliopia pode recorrer, especialmente se o tratamento for interrompido precocemente ou se não houver acompanhamento regular com o oftalmologista.
A ambliopia impede que a pessoa dirija?
Em geral não, mas depende da acuidade visual do melhor olho. A legislação de trânsito brasileira exige uma acuidade visual mínima para dirigir. Consulte as normas do Detran para obter informações mais precisas.
Qual é a diferença entre ambliopia e estrabismo?
O estrabismo é o desalinhamento dos olhos, enquanto a ambliopia é a redução da visão em um ou ambos os olhos, causada pela falta de uso ou por outros problemas de visão. O estrabismo pode levar à ambliopia, mas nem toda ambliopia é causada por estrabismo.
Quais são os riscos de não tratar a ambliopia?
Se não tratada, a ambliopia pode levar à perda permanente de visão no olho afetado, dificuldade na percepção de profundidade, limitações nas escolhas profissionais e aumento do risco de perda de visão em caso de problemas no outro olho.
A ambliopia afeta a aprendizagem escolar?
Sim, a ambliopia pode causar dificuldades de aprendizado, pois afeta a leitura, a escrita e a concentração. A cirurgia corrige a ambliopia? A cirurgia para estrabismo pode melhorar o alinhamento dos olhos e facilitar o tratamento da ambliopia, mas não corrige a ambliopia diretamente. O tratamento principal para ambliopia continua sendo o uso de óculos e tampão ou colírio.
Conclusão sobre ambliopia
A ambliopia (olho preguiçoso) é uma condição tratável que pode ter um impacto significativo na visão e no desenvolvimento infantil. A detecção precoce, por meio de exames oftalmológicos regulares, é fundamental para um tratamento eficaz. Com as opções terapêuticas disponíveis, como correção óptica, tampão ocular e colírios, é possível melhorar a visão do olho mais fraco e garantir um futuro com mais qualidade de vida. Consulte um oftalmologista para um diagnóstico e tratamento individualizado.
Cuidar da visão das crianças é essencial para garantir um desenvolvimento saudável e pleno. A visão desempenha um papel crucial no aprendizado, na coordenação motora, na interação social e na qualidade de vida. Escrito por Iara Debert especialista em oftalmologia infantil e estrabismo, com dados e exemplos reais para auxiliar pais e responsáveis. Abordaremos desde o funcionamento da visão infantil até os cuidados necessários para proteger os olhos dos pequenos, incluindo exames, tratamentos e dicas de prevenção.
1. Como Funciona a Visão Infantil:
A visão de uma criança não é uma versão em miniatura da visão adulta. Ela se desenvolve gradualmente desde o nascimento, atingindo a maturidade por volta dos 6 a 7 anos de idade. Recém-nascidos enxergam de forma embaçada e têm dificuldade para distinguir cores e focar objetos distantes. A capacidade de enxergar cores se desenvolve por volta dos 4 meses, e a visão binocular, responsável pela percepção de profundidade, se consolida por volta dos 6 meses.
1.1. Importância dos Exames:
Os exames oftalmológicos regulares são cruciais para acompanhar o desenvolvimento da visão infantil, detectar precocemente problemas e garantir que a criança atinja seu pleno potencial visual. A Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica recomenda o primeiro exame completo ao primeiro ano de vida, com avaliações subsequentes aos 3 anos, antes de iniciar a alfabetização, e posteriormente, conforme a orientação do oftalmologista.
2. Possíveis Problemas de Visão em Crianças:
Erros refrativos: Miopia (dificuldade para enxergar de longe), hipermetropia (dificuldade para enxergar de perto) e astigmatismo (visão embaçada ou distorcida) são os problemas mais comuns. Um estudo publicado no Ophthalmology mostrou que a prevalência de miopia em crianças aumentou significativamente nas últimas décadas, possivelmente devido ao aumento do tempo em atividades de perto, como leitura e uso de dispositivos eletrônicos.
Principais condições oculares que afetam crianças: Retinoblastoma, Ptose Palpebral, Estrabismo, Ambliopia, Catarata Congênita e Glaucoma Congênito
Estrabismo: Desalinhamento dos olhos, afetando cerca de 4% das crianças.
Ambliopia (olho preguiçoso): Redução da visão em um ou ambos os olhos devido ao desenvolvimento inadequado da via visual. Geralmente associada ao estrabismo ou a diferenças significativas de grau entre os olhos.
A detecção precoce é crucial para o sucesso do tratamento da maioria dos problemas de visão infantil. Quanto antes o problema for identificado e tratado, maiores as chances de a criança desenvolver uma visão normal.
5. Rotina de Cuidados:
Consultas regulares com o oftalmologista: Seguir as recomendações da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica.
Alimentação balanceada: Rica em vitaminas A, C, E, zinco, luteína e zeaxantina.
Proteção UV: Usar óculos de sol com proteção UVA e UVB, mesmo em dias nublados.
Controle do tempo de tela: Limitar o tempo de exposição e fazer pausas frequentes.
Iluminação adequada: Evitar luzes muito fortes ou fracas, garantir boa iluminação para leitura e estudo.
Estimular atividades ao ar livre: Estudos mostram que passar tempo ao ar livre reduz o risco de desenvolver miopia.
Higiene ocular: Lavar as mãos com frequência e evitar coçar os olhos.
6. Componentes Importantes dos Exames Oftalmológicos Infantis:
Avaliação da acuidade visual: Utiliza-se tabelas ou figuras para medir a capacidade da criança de enxergar detalhes à distância.
Exame externo dos olhos: Avaliação da saúde das pálpebras, conjuntiva, córnea, íris e pupila.
Avaliação da motilidade ocular: Observação dos movimentos oculares para detectar estrabismo ou outras alterações.
Teste de refração: Determina o grau dos olhos (miopia, hipermetropia, astigmatismo). Pode ser feito com colírios cicloplégicos para obter resultados mais precisos em crianças.
Exame de fundo de olho: Avaliação da retina, nervo óptico e vasos sanguíneos.
O Teste do Olhinho, ou Teste do Reflexo Vermelho, é um exame simples e indolor que detecta problemas oculares em recém-nascidos, como catarata congênita, glaucoma congênito e retinoblastoma. É realizado logo após o nascimento e repetido nas consultas pediátricas.
8. Problemas Devido à Exposição a Telas:
O uso excessivo de telas pode causar:
Fadiga ocular: Vista cansada, ardência, olhos secos.
Síndrome da visão computacional: Dores de cabeça, visão embaçada, dificuldade para focar.
Miopia: Estudos comprovam a relação entre o aumento do tempo em atividades de perto, como o uso de telas, e o desenvolvimento de miopia.
9. Cuidados Específicos para Prevenir Conjutivites e Infecções Oculares:
Evitar o contato com pessoas infectadas, não compartilhar objetos pessoais que tocam os olhos (toalhas, lenços, maquiagem), lavar as mãos com frequência.
10. FAQ – Dúvidas e Respostas sobre visão infantil:
Com que idade devo levar meu filho ao oftalmologista pela primeira vez?
Idealmente, no primeiro ano de vida.
Quais são os sinais de que meu filho precisa de óculos?
Dificuldade para enxergar de perto ou de longe, apertar os olhos para focar, dores de cabeça frequentes.
O estrabismo tem cura?
Sim, o estrabismo pode ser tratado com óculos, tampão ocular, toxina botulínica ou cirurgia.
O que é o teste do olhinho?
É um exame simples que detecta problemas oculares em recém-nascidos.
Como posso proteger a visão do meu filho das telas?
Limitar o tempo de exposição, incentivar pausas regulares, garantir boa iluminação e distância adequada das telas.
Quais alimentos são bons para a visão?
Frutas e vegetais ricos em vitaminas A, C e E, peixes ricos em ômega 3, ovos, castanhas e nozes.
11. Conclusão:
A visão é um sentido fundamental para o desenvolvimento integral da criança. Cuidar da saúde ocular dos pequenos é essencial para garantir um futuro com mais qualidade de vida, aprendizado e bem-estar. Com acompanhamento oftalmológico regular, hábitos saudáveis e atenção aos sinais de alerta, é possível detectar e tratar precocemente os problemas de visão, permitindo que as crianças enxerguem o mundo com clareza e atinjam seu pleno potencial.
O estrabismo, popularmente conhecido como “vesguice” ou “olho torto”, é uma condição oftálmica caracterizada pelo desalinhamento dos olhos, onde um ou ambos desviam do ponto de fixação. Afeta cerca de 4% da população infantil mundial e, se não tratado, pode levar a consequências significativas para a visão. A cirurgia de estrabismo é um procedimento eficaz para corrigir esse desalinhamento e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Este guia abrangente e embasado em dados científicos, aborda todos os aspectos da cirurgia, desde as indicações e contraindicações até os cuidados pós-operatórios e os possíveis riscos. Esclarecemos dúvidas frequentes, fornecemos informações essenciais e trazemos exemplos reais para auxiliar pais e pacientes no processo de tomada de decisão.
O que é Estrabismo?
O estrabismo ocorre devido a um desequilíbrio na ação dos músculos extraoculares, responsáveis pela movimentação dos olhos. Normalmente, seis músculos controlam a posição e o movimento de cada olho, trabalhando em perfeita sincronia para garantir que ambos os olhos fixem no mesmo ponto. No estrabismo, essa harmonia é rompida, causando o desalinhamento. Isso pode afetar a visão binocular (capacidade de usar os dois olhos simultaneamente para enxergar uma única imagem tridimensional), a percepção de profundidade e, em casos mais graves, pode levar à ambliopia, ou “olho preguiçoso“, uma condição na qual o cérebro ignora a imagem do olho desviado, resultando em perda visual.
Tipos de Estrabismo:
O estrabismo pode ser classificado de acordo com a direção do desvio:
Esotropia: O olho desvia para dentro (convergente). É o tipo mais comum de estrabismo, representando cerca de 75% dos casos. Um estudo publicado no Journal of American Association for Pediatric Ophthalmology and Strabismus (AAPOS) mostrou que a esotropia congênita, presente desde o nascimento, é mais frequente em meninos.
Exotropia: O olho desvia para fora (divergente). Pode ser intermitente, ocorrendo apenas em momentos de cansaço ou distração, ou constante.
Hipertropia: O olho desvia para cima.
Hipotropia: O olho desvia para baixo.
Além da direção, o estrabismo também pode ser classificado como:
Concomitante: O ângulo de desvio permanece o mesmo em todas as direções do olhar.
Incomitante: O ângulo de desvio varia conforme a posição do olho. Geralmente associado a paralisias ou restrições musculares.
Para Quem é Indicada a Cirurgia de Estrabismo?
A cirurgia é geralmente indicada para:
Corrigir o desalinhamento ocular que não responde a tratamentos conservadores: Óculos, prismas ou toxina botulínica podem ser eficazes em alguns casos, mas quando não há melhora significativa do alinhamento, a cirurgia pode ser necessária.
Restaurar ou melhorar a visão binocular: A cirurgia visa realinhar os olhos para que o cérebro possa fundir as imagens de ambos os olhos em uma única imagem tridimensional, permitindo uma melhor percepção de profundidade.
Tratar a ambliopia: Em alguns casos, a cirurgia pode ser necessária para melhorar o alinhamento e permitir que o cérebro utilize ambos os olhos, prevenindo ou tratando a ambliopia.
Melhorar a autoestima e a qualidade de vida: O estrabismo pode causar constrangimento e afetar a interação social. A correção cirúrgica pode melhorar a autoestima e a confiança do paciente.
Para Quem NÃO é Indicada a Cirurgia de Estrabismo?
A cirurgia pode ser contraindicada em casos de:
Infecções oculares ativas
Doenças sistêmicas descompensadas
Problemas de coagulação sanguínea
A cirurgia de estrabismo é um procedimento eficaz, mas nem sempre é indicada. Em casos de infecções oculares, doenças sistêmicas descompensadas ou outras condições específicas, o procedimento pode ser contraindicado
Como é Feita a Cirurgia de Estrabismo?
A cirurgia é realizada sob anestesia geral em ambiente hospitalar. O cirurgião oftalmologista especializado em estrabismo realiza pequenas incisões na conjuntiva (membrana que recobre o olho) para acessar os músculos extraoculares. Os músculos podem ser reposicionados, encurtados ou alongados, dependendo do tipo e grau de desalinhamento. As incisões são pequenas e geralmente ficam escondidas sob a pálpebra. Os pontos são absorvidos espontaneamente pelo olho, não sendo necessária a retirada de pontos no pós-operatório.
Cuidados Pós-Operatórios:
Uso de colírios e pomadas antibióticas e anti-inflamatórias.
Compressas geladas para reduzir o inchaço.
Repouso relativo, evitando locais contaminados. Retorno ao oftalmologista para acompanhamento
Riscos da Cirurgia:
Como em qualquer procedimento cirúrgico, existem riscos associados à cirurgia de estrabismo, embora sejam raros:
Infecção
Sangramento
Visão dupla (diplopia)
Correção insuficiente ou excessiva
Perfuração do globo ocular (extremamente raro)
Acesso aos Músculos Oculares na Cirurgia:
O cirurgião acessa os músculos extraoculares através de pequenas incisões na conjuntiva. A técnica cirúrgica varia de acordo com o tipo de estrabismo e os músculos afetados.
Sutura Ajustável:
Em alguns casos, especialmente em cirurgias complexas, o cirurgião pode optar por usar suturas ajustáveis. Essas suturas permitem que o alinhamento ocular seja ajustado, caso necessário, para obter o melhor resultado possível.
A Cirurgia é Definitiva?
Na maioria dos casos, a cirurgia de estrabismo é eficaz na correção do desalinhamento ocular. No entanto, em alguns casos, pode haver recidiva do estrabismo, principalmente em pacientes com alterações neurológicas ou desequilíbrios musculares complexos. Nesses casos, uma nova cirurgia pode ser necessária
A Cirurgia Causa Dor?
A cirurgia é realizada sob anestesia geral, portanto, o paciente não sente dor durante o procedimento. No pós-operatório, pode haver algum desconforto, inchaço e vermelhidão, geralmente controlados com colírios e analgésicos comuns.
Valor da Cirurgia:
O valor da cirurgia varia conforme a complexidade do caso, o hospital, o plano de saúde e a experiência do cirurgião. É fundamental realizar uma consulta com um oftalmologista especializado em estrabismo para uma avaliação individualizada e um orçamento detalhado.
Dúvidas Frequentes:
A cirurgia pode ser realizada em bebês?
Sim, em alguns casos de estrabismo congênito, a cirurgia pode ser realizada nos primeiros meses de vida.
O estrabismo pode voltar após a cirurgia?
Sim, em alguns casos pode haver recidiva. Se necessário, a cirurgia pode ser realizada mais de uma vez para obter resultado satisfatório.
Quais são os sinais de alerta no pós-operatório?
Quais são os sinais de alerta no pós-operatório? Dor intensa, secreção purulenta, diminuição da visão, sangramento.
Conclusão
A cirurgia de estrabismo é um procedimento seguro e eficaz na correção do desalinhamento ocular, proporcionando melhora funcional, estética, e na qualidade de vida dos pacientes. A escolha do cirurgião, os cuidados no pré e pós-operatório, e o acompanhamento regular com o oftalmologista são fundamentais para o sucesso do tratamento.
O estrabismo infantil, conhecido popularmente como “vesguice”, é uma condição ocular relativamente comum, afetando cerca de 2% a 4% das crianças. Caracteriza-se pelo desalinhamento dos olhos, onde um ou ambos desviam do ponto de fixação. Este desvio pode ser para dentro (esotropia), para fora (exotropia), para cima (hipertropia) ou para baixo (hipotropia). O diagnóstico e tratamento precoces são cruciais para prevenir complicações como a ambliopia (olho preguiçoso) e problemas de percepção de profundidade
É fundamental que o estrabismo infantil seja diagnosticado e tratado precocemente para evitar complicações na visão da criança, como ambliopia (olho preguiçoso) e problemas de percepção de profundidade. Neste artigo, vamos abordar as causas, sintomas, tipos de estrabismo e as principais opções de tratamento disponíveis.
Como é a Visão de Quem Tem Estrabismo?
A visão de uma pessoa com estrabismo pode variar dependendo do tipo e gravidade do desalinhamento. Como o cérebro recebe duas imagens diferentes (uma de cada olho), ele pode optar por suprimir a imagem do olho desviado para evitar a visão dupla (diplopia). Essa supressão, se não tratada, pode levar à ambliopia, onde o olho afetado não se desenvolve completamente, resultando em baixa visão
Algumas pessoas com estrabismo podem experimentar visão dupla, dificuldade em focar objetos, dores de cabeça e fadiga ocular. A percepção de profundidade, essencial para atividades como pegar objetos e praticar esportes, também pode ser afetada. Imagine tentar pegar uma bola com duas imagens dela levemente deslocadas – a coordenação entre mão e olho fica prejudicada.
Quando o bebê deixa de ser vesgo ?
Nos primeiros meses de vida, é normal que os olhos dos bebês apresentem um leve desalinhamento ocasional. Isso ocorre porque os músculos oculares ainda estão em desenvolvimento e aprendendo a trabalhar em conjunto. Geralmente, esse desalinhamento desaparece por volta dos 3 a 4 meses de idade.
No entanto, se o desalinhamento persistir após os 6 meses de idade ou se for constante ou muito perceptível, é fundamental procurar um oftalmologista pediátrico para avaliação. O diagnóstico e o tratamento precoces são essenciais para evitar complicações na visão da criança.
O que causa estrabismo infantil ?
O estrabismo infantil pode ser causado por diversos fatores, incluindo:
Genética: Histórico familiar de estrabismo aumenta as chances da criança desenvolver a condição.
Erros refrativos: Miopia, hipermetropia e astigmatismo não corrigidos podem contribuir para o estrabismo.
Problemas musculares: Desequilíbrio na força ou no controle dos músculos oculares.
Doenças neurológicas: Paralisia cerebral, hidrocefalia e síndrome de Down podem estar associadas ao estrabismo.
Prematuridade e baixo peso ao nascer: Bebês prematuros têm maior risco de desenvolver estrabismo.
Traumas oculares ou cerebrais: Lesões nos olhos ou no cérebro podem afetar o controle dos músculos oculares.
Tipos de Estrabismo
Existem diferentes tipos de estrabismo, classificados de acordo com a direção do desvio ocular:
Esotropia: Desvio convergente (para dentro). É o tipo mais comum e pode ser congênito (presente ao nascimento) ou adquirido.
Exotropia: Desvio divergente (para fora). Mais frequente em momentos de distração ou cansaço.
Hipertropia: Desvio para cima. Menos comum que os anteriores
Hipotropia: Desvio para baixo. Também menos frequente.
Sintomas de Estrabismo Infantil
Os sintomas do estrabismo infantil podem variar, mas os mais comuns incluem:
Desalinhamento ocular visível: um ou ambos os olhos desviam do ponto de fixação.
Fechamento de um dos olhos em ambientes com muita luz: A criança pode fechar um dos olhos para evitar a visão dupla.
Inclinação da cabeça para enxergar melhor: A criança inclina a cabeça para compensar o desalinhamento ocular.
Dificuldade em focar objetos: A criança pode ter dificuldade em acompanhar objetos em movimento.
Visão dupla (diplopia): A criança pode enxergar duas imagens do mesmo objeto.
Baixa visão em um dos olhos (ambliopia): O olho desviado pode apresentar baixa visão devido à supressão da imagem pelo cérebro.
Diagnóstico de Estrabismo
O diagnóstico de estrabismo é feito por um oftalmologista pediátrico através de um exame oftalmológico completo, que inclui:
Avaliação do alinhamento ocular: O médico observa a posição dos olhos da criança em diferentes posições do olhar.
Teste do reflexo corneano: Avalia a simetria do reflexo luminoso na córnea de cada olho.
Teste de cobertura: O médico cobre um olho de cada vez para observar a movimentação do outro olho.
Avaliação da refração: Determina a presença de erros refrativos (miopia, hipermetropia, astigmatismo).
Tratamentos para Estrabismo Infantil
O tratamento para estrabismo infantil varia de acordo com a causa, a gravidade e o tipo de desalinhamento. As principais opções incluem:
Óculos: Corrigem erros refrativos, melhorando o alinhamento e prevenindo a ambliopia. A criança pode precisar usar óculos o tempo todo ou apenas para determinadas atividades.
Tampão Ocular: Oclusão do olho mais forte para estimular o desenvolvimento do olho mais fraco. A frequência e duração variam conforme a gravidade da ambliopia. É fundamental a adesão da criança e da família a este tratamento, que pode ser desafiador.
Toxina Botulínica: Injeções para enfraquecer músculos oculares hiperativos, melhorando o alinhamento. Em alguns casos, o efeito é permanente; em outros, o tratamento deve ser repetido.
Cirurgia: Corrige o desalinhamento muscular, geralmente recomendada após as outras opções terapêuticas ou em casos com indicações específicas. A cirurgia costuma ser segura e eficaz.
Quanto tempo usar o tampão?
O tempo de uso do tampão ocular varia de acordo com a gravidade da ambliopia e a resposta da criança ao tratamento. O oftalmologista determinará a frequência e a duração do uso do tampão, que pode variar de poucas horas por dia a períodos mais prolongados.
Qual a melhor idade para fazer cirurgia de Estrabismo?
A idade ideal para cirurgia de estrabismo varia de acordo com tipo de estrabismo. Em alguns casos, é realizada próximo aos 12 meses de idade. Em outros, na criança maior, ou até na adolescência. Os adultos também podem ser submetidos à cirurgia para correção de estrabismo.
Qual a duração da Cirurgia de Estrabismo?
A cirurgia de estrabismo é geralmente realizada no hospital, com duração média de 1 a 2 horas, dependendo da complexidade do caso e também de quantos músculos oculares serão operados.
Pós-Operatório da Cirurgia de Estrabismo: Recuperação e Cuidados
Após a cirurgia, a criança pode apresentar vermelhidão, inchaço e desconforto nos olhos. O oftalmologista prescreverá colírios ou pomadas para ajudar na recuperação e prevenir infecções. É importante seguir as recomendações médicas quanto à higiene ocular, uso de medicamentos e retorno às atividades normais.
Conclusão
O estrabismo infantil é uma condição que requer atenção e tratamento precoce para evitar complicações na visão da criança. Com diagnóstico e tratamento adequados, a maioria das crianças com estrabismo pode alcançar um bom alinhamento ocular e um desenvolvimento visual saudável. É fundamental que os pais estejam atentos aos sinais de estrabismo e procurem um oftalmologista pediátrico para avaliação e acompanhamento
outubro 11, 2024
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São Paulo, apesar de ser uma metrópole vibrante e cheia de atrações, pode apresentar desafios para pessoas com deficiência visual. Mas não se preocupe! A capital paulista vem se tornando cada vez mais inclusiva, oferecendo opções de lazer acessível para que crianças com baixa visão ou cegueira também possam desfrutar de momentos inesquecíveis.
Pensando nisso, elaboramos este guia completo com dicas de lugares incríveis em São Paulo que proporcionam experiências sensoriais, culturais e divertidas para crianças com deficiência visual, garantindo a inclusão e a alegria de toda a família.
Parques Sensoriais: Explore a Natureza com os Sentidos
Nada melhor do que um dia ao ar livre para estimular os sentidos e a conexão com a natureza! Confira opções de parques em SP que oferecem acessibilidade para crianças com deficiência visual:
Jardim Sensorial do Parque Ibirapuera: Um dos cartões-postais de São Paulo, o Parque Ibirapuera abriga um jardim sensorial especialmente projetado para pessoas com deficiência visual. Com plantas de diversas texturas, aromas e sons, o espaço proporciona uma experiência única de descoberta e interação com o meio ambiente. O parque também conta com outros recursos de acessibilidade, como piso tátil e placas em braille, para que todos possam aproveitar o passeio com segurança e autonomia.
Endereço: Av. Pedro Álvares Cabral, s/n – Vila Mariana, São Paulo – SP
Contato: (11) 5574-5045 | [site oficial do Parque Ibirapuera]
Dicas de Acessibilidade: Rampa de acesso ao jardim sensorial, banheiros adaptados, guia com audiodescrição (agendamento prévio recomendado).
Parque da Água Branca: Localizado na Zona Oeste de SP, o Parque da Água Branca oferece um refúgio verde em meio à agitação da cidade. Além de áreas verdes, o parque possui um lago com pedalinhos adaptados para pessoas com deficiência, uma trilha ecológica com piso tátil e corrimão, ideal para caminhadas seguras, e outras atrações como aquário e playground acessível.
Endereço: Av. Francisco Matarazzo, 455 – Água Branca, São Paulo – SP
Contato: (11) 3875-2095 | [site oficial do Parque da Água Branca]
Dicas de Acessibilidade: Estacionamento com vagas reservadas para deficientes, rampas de acesso em todas as áreas do parque, banheiros adaptados.
Mergulhe na Cultura: Museus Inclusivos em SP
A arte e a cultura se tornam ainda mais inclusivas em museus que investem em recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência visual:
Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP): Referência internacional em arte, o MASP oferece aos visitantes com deficiência visual visitas mediadas com audiodescrição, que descrevem as obras de forma detalhada e envolvente. O museu também disponibiliza materiais táteis para apreciação sensorial e promove programas educativos específicos para esse público.
Endereço: Av. Paulista, 1578 – Bela Vista, São Paulo – SP
Contato: (11) 3149-5959 | [site oficial do MASP]
Dicas de Acessibilidade: Elevadores para acesso aos andares, rampas de acesso nas áreas internas, banheiros adaptados em todos os pavimentos, audioguias disponíveis para empréstimo gratuito.
Pinacoteca de São Paulo: Com um acervo que percorre a história da arte brasileira, a Pinacoteca realiza visitas guiadas com audiodescrição, proporcionando uma experiência completa e inclusiva. Além disso, o museu disponibiliza maquetes táteis de algumas obras e informações em braille, garantindo que pessoas com deficiência visual tenham acesso à história e aos detalhes de cada peça.
Endereço: Praça da Luz, 2 – Luz, São Paulo – SP
Contato: (11) 3324-1000 | [site oficial da Pinacoteca de São Paulo]
Dicas de Acessibilidade: Elevadores para acesso aos andares, rampas de acesso, banheiros adaptados, mapas táteis na recepção.
Museu Catavento Cultural e Educacional: Com foco em ciência e tecnologia, o Museu Catavento é um espaço interativo e divertido para todas as idades. Para crianças com deficiência visual, o museu oferece audiodescrição em diversas atrações, maquetes táteis, simuladores adaptados e jogos sensoriais, garantindo que a experiência de aprendizado seja completa e acessível a todos.
Endereço: Av. Mercúrio, s/n – Parque Dom Pedro II, São Paulo – SP
Contato: (11) 3315-0051 | [site oficial do Museu Catavento]
Dicas de Acessibilidade: Elevadores para acesso aos andares, rampas de acesso em todas as áreas, banheiros adaptados.
Diversão em Cena: Teatros e Cinemas Acessíveis
A magia do teatro e do cinema também pode ser apreciada por pessoas com deficiência visual em espaços adaptados:
SESC SP: As unidades do SESC (Serviço Social do Comércio) em São Paulo se destacam por promover a inclusão em suas atividades culturais. Diversas unidades oferecem programação acessível para pessoas com deficiência visual, incluindo peças de teatro com audiodescrição, filmes com legendas descritivas e libras, e shows musicais com recursos sensoriais. Consulte a programação da unidade mais próxima e aproveite!
Itaú Cultural: Com o objetivo de democratizar o acesso à cultura, o Itaú Cultural oferece programação cultural diversa e gratuita, com opções acessíveis para pessoas com deficiência visual. O espaço promove peças de teatro, filmes, exposições e oficinas com recursos como audiodescrição, libras e materiais táteis.
Endereço: Av. Paulista, 149 – Bela Vista, São Paulo – SP
Contato: (11) 2168-1776 | [site oficial do Itaú Cultural]
Dicas de Acessibilidade: Elevadores para acesso aos andares, rampas de acesso, banheiros adaptados, acentos preferenciais.
nformações Essenciais para um Passeio Inclusivo em SP:
Sites e Aplicativos de Acessibilidade: Antes de sair de casa, consulte sites e aplicativos que fornecem informações sobre acessibilidade em estabelecimentos e espaços públicos de São Paulo. Algumas opções são o Guia de Acessibilidade de São Paulo ([link do site]) e o aplicativo Hand Talk, que traduz textos e áudios para Libras.
Transporte Público Adaptado: O transporte público em São Paulo vem sendo adaptado para garantir a acessibilidade de pessoas com deficiência. Ônibus e estações de metrô contam com rampas de acesso, sinalização tátil e avisos sonoros.
Direito a Acompanhante e Cães-guia: A Lei garante o direito à gratuidade para acompanhantes de pessoas com deficiência visual em diversos estabelecimentos e meios de transporte. Cães-guia também são bem-vindos em todos os locais mencionados neste guia.
Dica Extra: Antes de sua visita, entre em contato com os estabelecimentos para confirmar a disponibilidade dos recursos de acessibilidade, horário de funcionamento e obter informações mais detalhadas.
Com planejamento e informações, o lazer em São Paulo se torna ainda mais inclusivo e divertido para as crianças com deficiência visual!
setembro 25, 2024
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A catarata congênita é uma condição que atinge a visão das crianças desde o nascimento, representando um desafio significativo para o desenvolvimento visual e, consequentemente, interferindo na qualidade de vida. Entender a natureza dessa condição, suas causas e consequências, é crucial para oferecer tratamento adequado aos pequenos, permitindo-lhes um futuro promissor.
Olhar Turvo
A catarata congênita, também conhecida como catarata infantil, surge quando o cristalino, a lente natural do olho, perde sua transparência e se torna opaco. Isso impede a passagem da luz para a retina, afetando a visão progressivamente. A opacidade do cristalino, se assemelha a um véu que vai obscurecendo a visão, impedindo a formação de imagens nítidas, o que compromete a percepção visual do mundo. Para entender melhor a catarata congênita, imagine o cristalino como a lente de uma câmera. Em condições normais, ele focaliza a luz na retina, permitindo que a imagem seja captada e transmitida ao cérebro. No entanto, com a opacidade, a luz é bloqueada ou distorcida, resultando em imagens embaçadas ou distorcidas, como se a câmera estivesse desfocada.
Causas da Catarata Congênita
As causas da catarata congênita são diversas, podendo ser hereditárias ou adquiridas durante a gestação. A causa hereditária está relacionada a mutações em genes específicos que são transmitidas geneticamente. Diversos genes podem estar envolvidos, e a herança pode ser autossômica dominante ou recessiva, dependendo do gene que sofreu a mutação. As causas não genéticas, por sua vez, são mais complexas, incluindo uma série de fatores que podem impactar o desenvolvimento normal do cristalino durante a gestação.
O Impacto da Catarata Congênita na Visão da Criança
A catarata congênita, se não tratada, pode ter consequências sérias para a visão da criança, afetando seu desenvolvimento e qualidade de vida. As principais consequências incluem:
• Ambliopia (Olho Preguiçoso): A ambliopia, ou olho preguiçoso, ocorre quando o cérebro não recebe informações nítidas de um dos olhos devido à catarata. O cérebro, então, “desliga” o olho afetado, priorizando o olho com visão normal. Se não tratada, a ambliopia pode resultar em perda permanente da visão no olho afetado.
• Estrabismo (Desvio dos Olhos): O estrabismo, ou desvio dos olhos, pode ocorrer devido à falta de coordenação visual causada pela catarata. A criança pode apresentar um ou ambos os olhos desviados, o que pode afetar a percepção de profundidade e dificultar a realização de tarefas que exigem visão binocular, como ler e praticar esportes.
• Nistagmo (Movimento Involuntário dos Olhos): O nistagmo, caracterizado por movimentos involuntários e rápidos dos olhos, pode ocorrer em alguns casos de catarata congênita. O nistagmo pode dificultar a fixação do olhar e a visão clara.
• Retardo no Desenvolvimento Visual: A catarata congênita impede que a criança receba os estímulos visuais necessários para o desenvolvimento normal da visão. A falta de estímulos visuais pode levar a um retardo no desenvolvimento visual, afetando a acuidade visual, a percepção de cores e a capacidade de reconhecer formas e objetos.
• Dificuldades de Aprendizagem: A catarata congênita, em casos mais severos, pode impactar o desenvolvimento cognitivo e social da criança. Dificuldades de aprendizagem, problemas de atenção e dificuldades de interação social podem estar relacionados à deficiência visual.
Tratamento da Catarata Congênita
O diagnóstico de catarata congênita é dado por um médico oftalmologista, por isso é importante que, além do pediatra, a criança tenha o acompanhamento de um oftalmologista infantil. O tratamento da catarata congênita consiste na cirurgia para remover o cristalino opaco e implantar uma lente intraocular artificial. A cirurgia, geralmente realizada com anestesia geral, é um procedimento seguro e eficaz, com excelentes resultados.
A cirurgia é um procedimento delicado que requer habilidade e expertise. É realizada por um oftalmologista especializado em cirurgia de catarata em crianças. O procedimento envolve a remoção do cristalino opaco através de uma pequena incisão. Após a remoção do cristalino, uma lente intraocular artificial é implantada no local, restaurando a visão sem obstrução.
Importância da Intervenção Precoce:
A intervenção precoce é crucial para garantir o sucesso do tratamento da catarata congênita e evitar as consequências negativas para a visão da criança. A cirurgia deve ser realizada o mais rápido possível, preferencialmente nos primeiros meses de vida, antes que a ambliopia se desenvolva.
Acompanhamento Pós Cirúrgico:
Após a cirurgia, o acompanhamento médico regular com o oftalmologista é essencial. O oftalmologista infantil monitorará a visão da criança, pois, mesmo após a cirurgia, ela ainda poderá desenvolver algum problema visual. Com o acompanhamento, o oftalmologista poderá rapidamente diagnosticar e prescrever óculos ou outro tratamento necessário.
Reabilitação Visual:
Em alguns casos, após a cirurgia, a criança pode precisar de terapia de reabilitação visual para desenvolver suas habilidades visuais e se adaptar à nova visão. A terapia de reabilitação visual pode incluir exercícios para os olhos, estimulação visual e treinamento para desenvolver a coordenação visual.
Conclusão: A catarata congênita representa um desafio para o desenvolvimento visual, mas com o tratamento adequado e o acompanhamento especializado, as crianças podem ter uma visão normal e um futuro promissor. A detecção precoce, o tratamento cirúrgico realizado em tempo hábil e a reabilitação visual são fundamentais para garantir que a criança tenha a oportunidade de explorar o mundo com olhos saudáveis e uma visão clara.
Informações Adicionais:
• A catarata congênita é uma condição rara, mas é importante estar atento aos sinais e sintomas. Se você suspeitar que seu filho pode ter catarata congênita, consulte um oftalmologista.
• Existem diversas organizações e instituições que oferecem apoio e recursos para crianças com catarata congênita e suas famílias.
• A pesquisa e a inovação médica estão continuamente buscando novos métodos de tratamento e prevenção da catarata congênita.
Este texto foi escrito para fins informativos e não substitui a orientação médica profissional. Consulte sempre um oftalmologista para obter informações e tratamento específicos. A OIE conta com oftalmologistas infantis especializados para atender sua necessidade. Agende uma consulta!
setembro 25, 2024
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Resumo: Os óculos de grau são instrumentos que nos auxiliam a enxergar melhor. As lentes corrigem o grau, mas não alteram seus olhos ou visão. Usa-las não fará com que o problema regrida. Da mesma forma que não as usar não agravará a miopia ou astigmatismo, por exemplo. Durante a leitura do artigo você vai entender sobre os tratamentos com óculos de grau, colírio de atropina e cirurgias para os problemas de visão mais comuns na infância e fase adulta.
Óculos de grau são acessórios comuns no rosto das pessoas. Para muitos, seu uso é indispensável. Para quem necessita de baixo grau de correção, é frequente dispensar (ou esquecer!) de usar os óculos, mas certamente já ouviu de alguém que, se não usar os óculos, o grau aumenta.
Deixar de usar óculos de grau quando forem recomendados pode ocasionar inconvenientes e desconfortos. Além, claro, da dificuldade para enxergar. Esses problemas podem ser:
Dor de cabeça
Dor nos olhos
Mal-estar
Apesar de frequentemente estarem relacionados ao aumento do grau, esses sintomas não apresentam ligação direta com o não uso dos óculos. A progressão do grau acontece por mudanças nos olhos durante o seu amadurecimento, período que vai do nascimento até, em média, os 17 anos. Portanto, é extremamente recomendado que crianças façam exames oftalmológicos de rotinae sejam acompanhadas por um oftalmologista infantil, mesmo sem grandes queixas sobre a visão.
Em alguns casos, a mudança de grau e o aumento do desconforto ocular podem estar associados ao uso excessivo de telas luminosas e diminuição de atividades ao ar livre.
Quando é recomendado usar óculos?
As causas mais comuns para o uso de óculos são:
Miopia (dificuldade para enxergar longe)
Hipermetropia (dificuldade para enxergar perto)
Astigmatismo (transtorno de refração)
Presbiopia (envelhecimento natural dos olhos)
Os óculos de grau também são recomendados em casos de estrabismo, um distúrbio que altera o alinhamento dos olhos, fazendo com que cada olho aponte para uma direção diferente, comprometendo o paralelismo entre os olhos. Esse distúrbio pode aparecer em qualquer fase da vida, desde bebês pequenos até idosos, porém é mais frequente na infância. O estrabismo ocorre em cerca de 3% das crianças, e, se o tratamento não for precoce, pode haver alguma perda de visão.
Hipermetropia e presbiopia acometem mais comumente a população adulta. Estima-se que cerca de 30% dos adultos e 70% dos idosos têm a necessidade de usar óculos de grau em decorrência desses transtornos de visão.
Miopia é um problema considerado comum e acomete grande parcela da população infantil e adulta. A miopia atrapalha a visão de longe e, em grande parte da população afetada, não é grave e não apresenta riscos. O uso de óculos corretivos é o principal tratamento, mas, como vimos, eles não interferem na progressão ou regressão do grau. A miopia manifesta-se, em média, aos 7 anos de idade, quando o crescimento da criança pode estar acompanhado do alongamento dos olhos, e evolui, comumente, até os 17 anos de idade.
Existe tratamento para controlar a progressão de grau?
Em casos de miopia que progride durante a infância, o tratamento com colírio de atropina controla a progressão do grau. Esse colírio é utilizado, em diferentes concentrações, para dilatar a pupila para exames de rotina, para tratamentos em casos de ambliopia (popularmente conhecida com olho preguiçoso) ou tratamento para controlar a progressão de grau em crianças míopes.
O tratamento com colírio de atropina é indicado apenas para crianças pois ele controla a progressão de grau, isso só é possível enquanto o olho ainda está em desenvolvimento (até, em média, os 17 anos). Após a estabilização do grau, apenas o uso dos óculos de grau, lentes de contato ou, em alguns casos, a cirurgia de correção, podem ajudar.
É importante frisar que o colírio não tem a capacidade de curar a miopia ou eliminar a necessidade do uso dos óculos. O tratamento apenas controla a progressão do grau. A cirurgia pode, na maioria dos casos, eliminar a necessidade do uso de óculos, porém, existem situações que a cirurgia somente reduz o grau. Converse com seu oftalmologista para entender qual a sua necessidade, indicação e possíveis resultados com cada tratamento.
Não quero usar óculos. Qual a alternativa?
O uso dos óculos corretivos prescritos pelo oftalmologista é o tratamento mais simples e seguro para todos os problemas de visão mencionados nesse artigo. Outros tratamentos com a mesma função são: lentes de contato ou procedimentos cirúrgicos. As cirurgias não são indicadas para todos os casos ou pessoas. Para saber qual o melhor tratamento para você ou seu filho, é necessário consultar o médico oftalmologista.
Lentes de grau
Existem muitos tipos de lentes de grau: monofocal, multifocal, com antirreflexo, e com filtros. A lente e o grau são diferentes para cada problema, ou problemas, pois, é frequente uma mesma pessoa ter diferentes transtornos de visão, como miopia e astigmatismo, por exemplo. Já o antirreflexo e os filtros são utilizados para maior conforto.
Posso compartilhar óculos e lentes?
A receita dos óculos é pessoal e feita de acordo com a necessidade específica de cada um. Mesmo que familiares ou amigos apresentem sintomas semelhantes, o problema ou grau de correção necessário podem ser muito diferentes, sendo assim, cada pessoa deve ter seus próprios óculos ou lentes de contato. Lembrando que, ao usar lentes de contato de outras pessoas, você corre o risco de ser infectado por bactérias ou fungos. Fique atento!
Conclusão: Deixar de usar óculos de grau não vai fazer com que o grau aumente, mas é importante conhecer o problema, os tratamentos e as soluções disponíveis para cada caso. Agende sua consulta na Clínica OIE e cuide da saúde dos seus olhos.
setembro 20, 2024
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Introdução:
Observar cada detalhe do desenvolvimento de um bebê é uma tarefa deliciosa para os pais, mas também gera muitas dúvidas. Um olhar atento pode notar características que nem sempre indicam um problema, como é o caso do falso estrabismo em bebês.
Enquanto o estrabismo verdadeiro exige acompanhamento médico especializado para corrigir o desalinhamento dos olhos, o falso estrabismo se caracteriza por uma falsa impressão de que os olhos do bebê estão desalinhados.
Neste artigo, vamos entender melhor o que é o falso estrabismo em bebês, suas causas, como diferenciá-lo do estrabismo verdadeiro e quando é importante procurar um oftalmologista.
O que é Falso Estrabismo em Bebês?
O falso estrabismo em bebês, também conhecido como pseudo-estrabismo, é uma condição benigna e bastante comum nos primeiros meses de vida. Ele causa a ilusão de que os olhos do bebê estão desalinhados, geralmente convergindo para dentro (esotropia) ou para fora (exotropia).
Diferente do estrabismo verdadeiro, o falso estrabismo não afeta a saúde ocular do bebê, nem interfere no desenvolvimento da sua visão. A maioria dos casos se resolve naturalmente com o crescimento da criança, sem necessidade de tratamento.
Causas do Falso Estrabismo em Bebês
A principal causa do falso estrabismo em bebê é a anatomia facial ainda em desenvolvimento. Alguns fatores podem contribuir para a aparência de olhos desalinhados, como:
1 – Ponte nasal achatada (comum em bebês): A ponte nasal larga e achatada, característica de bebês, pode fazer com que parte da esclera (parte branca do olho) fique coberta pela pele próxima ao canto interno do olho, dando a ilusão de que os olhos estão voltados para dentro.
2- Pregas epicânticas proeminentes: As pregas epicânticas são dobras de pele presentes no canto interno dos olhos, mais comuns em bebês de origem asiática. Essas pregas podem cobrir parte do branco dos olhos, principalmente quando o bebê olha para os lados, criando a aparência de estrabismo.
3 – Distância entre os olhos (hipertelorismo): Bebês com hipertelorismo, ou seja, com uma distância maior entre os olhos, podem apresentar uma tendência ao falso estrabismo divergente, com os olhos parecendo voltados para fora.
Diferenciando Falso Estrabismo de Estrabismo Verdadeiro
Diferenciar o falso estrabismo do verdadeiro é fundamental para garantir que o bebê receba o tratamento adequado, caso necessário. Somente um oftalmologista pode realizar o diagnóstico preciso, mas alguns sinais podem ajudar os pais a identificarem a necessidade de uma consulta médica:
Falso estrabismo em bebês:
A aparência de olhos desalinhados é inconsistente, ou seja, os olhos do bebê parecem retos em alguns momentos e desalinhados em outros.
O desalinhamento ocular é mais evidente em fotos, especialmente quando a cabeça do bebê está inclinada ou virada para o lado.
Não há histórico familiar de estrabismo.
Estrabismo verdadeiro:
O desalinhamento ocular é constante, independente da posição da cabeça do bebê.
Um ou ambos os olhos do bebê se movem independentemente um do outro.
O bebê pode apresentar outros sintomas, como inclinação da cabeça, fechamento frequente de um dos olhos, dificuldade em acompanhar objetos em movimento ou queixas de visão dupla.
Quando Procurar um Oftalmologista?
É recomendável que todos os bebês façam o primeiro exame oftalmológico completo por volta do primeiro ano de vida. Essa consulta é fundamental para detectar precocemente problemas de visão e garantir o desenvolvimento visual saudável do bebê.
No entanto, se os pais observarem qualquer sinal de estrabismo, mesmo que a suspeita seja de falso estrabismo, é essencial procurar um oftalmologista o mais breve possível para uma avaliação completa. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado do estrabismo verdadeiro são cruciais para evitar complicações como ambliopia (olho preguiçoso) e perda de visão permanente.
Diagnóstico e Tratamento do falso estrabismo
O diagnóstico do falso estrabismo em bebês é feito por meio de um exame oftalmológico completo, que inclui a avaliação do alinhamento ocular, da movimentação dos olhos e da saúde ocular geral. O oftalmologista irá observar o reflexo da luz nos olhos do bebê, testar sua capacidade de focar e acompanhar objetos, além de avaliar a presença de outros problemas de visão.
Como o falso estrabismo não é uma condição prejudicial à saúde ocular, geralmente não requer tratamento. Na maioria dos casos, a aparência dos olhos desalinhados tende a desaparecer naturalmente à medida que o bebê cresce e sua estrutura facial se desenvolve.
Conclusão
O falso estrabismo em bebês é uma condição benigna que não afeta a saúde ocular da criança. No entanto, é fundamental que os pais estejam atentos aos sinais de desalinhamento ocular e procurem um oftalmologista para um diagnóstico preciso. Afinal, o estrabismo verdadeiro, se não tratado precocemente, pode comprometer a visão do bebê permanentemente. O acompanhamento profissional regular garante o desenvolvimento visual saudável da criança e a tranquilidade dos pais.