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Portal sobre Oftalmologia Infantil e Estrabismo

Neste portal você encontrará, informações sobre causas, consequências e tratamentos.   Relacionado a saúde ocular. Todo feitos por um referência nacional em oftalmologia infantil e estrabismo.

A oftalmologista infantil Dra. Iara Debert

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Oftalmologia Infantil

Estrabismo

O estrabismo infantil, conhecido popularmente como “vesguice”, é uma condição ocular relativamente comum, afetando cerca de 2% a 4% das crianças. Caracteriza-se pelo desalinhamento dos olhos, onde um ou ambos desviam do ponto de fixação. Este desvio pode ser para dentro (esotropia), para fora (exotropia), para cima (hipertropia) ou para baixo (hipotropia). O diagnóstico e tratamento precoces são cruciais para prevenir complicações como a ambliopia (olho preguiçoso) e problemas de percepção de profundidade

É fundamental que o estrabismo infantil seja diagnosticado e tratado precocemente para evitar complicações na visão da criança, como ambliopia (olho preguiçoso) e problemas de percepção de profundidade. Neste artigo, vamos abordar as causas, sintomas, tipos de estrabismo e as principais opções de tratamento disponíveis.

Como é a Visão de Quem Tem Estrabismo?

A visão de uma pessoa com estrabismo pode variar dependendo do tipo e gravidade do desalinhamento. Como o cérebro recebe duas imagens diferentes (uma de cada olho), ele pode optar por suprimir a imagem do olho desviado para evitar a visão dupla (diplopia). Essa supressão, se não tratada, pode levar à ambliopia, onde o olho afetado não se desenvolve completamente, resultando em baixa visão

Algumas pessoas com estrabismo podem experimentar visão dupla, dificuldade em focar objetos, dores de cabeça e fadiga ocular. A percepção de profundidade, essencial para atividades como pegar objetos e praticar esportes, também pode ser afetada. Imagine tentar pegar uma bola com duas imagens dela levemente deslocadas – a coordenação entre mão e olho fica prejudicada.

Quando o bebê deixa de ser vesgo ?

Nos primeiros meses de vida, é normal que os olhos dos bebês apresentem um leve desalinhamento ocasional. Isso ocorre porque os músculos oculares ainda estão em desenvolvimento e aprendendo a trabalhar em conjunto. Geralmente, esse desalinhamento desaparece por volta dos 3 a 4 meses de idade.

No entanto, se o desalinhamento persistir após os 6 meses de idade ou se for constante ou muito perceptível, é fundamental procurar um oftalmologista pediátrico para avaliação. O diagnóstico e o tratamento precoces são essenciais para evitar complicações na visão da criança.

O que causa estrabismo infantil ?

O estrabismo infantil pode ser causado por diversos fatores, incluindo:

  • Genética: Histórico familiar de estrabismo aumenta as chances da criança desenvolver a condição.
  • Erros refrativos: Miopia, hipermetropia e astigmatismo não corrigidos podem contribuir para o estrabismo.
  • Problemas musculares: Desequilíbrio na força ou no controle dos músculos oculares.
  • Doenças neurológicas: Paralisia cerebral, hidrocefalia e síndrome de Down podem estar associadas ao estrabismo.
  • Prematuridade e baixo peso ao nascer: Bebês prematuros têm maior risco de desenvolver estrabismo.
  • Traumas oculares ou cerebrais: Lesões nos olhos ou no cérebro podem afetar o controle dos músculos oculares.

Tipos de Estrabismo

Existem diferentes tipos de estrabismo, classificados de acordo com a direção do desvio ocular:

  • Esotropia: Desvio convergente (para dentro). É o tipo mais comum e pode ser congênito (presente ao nascimento) ou adquirido.
  • Exotropia: Desvio divergente (para fora). Mais frequente em momentos de distração ou cansaço.
  • Hipertropia: Desvio para cima. Menos comum que os anteriores
  • Hipotropia: Desvio para baixo. Também menos frequente.

Sintomas de Estrabismo Infantil

Os sintomas do estrabismo infantil podem variar, mas os mais comuns incluem:

  • Desalinhamento ocular visível: um ou ambos os olhos desviam do ponto de fixação.
  • Fechamento de um dos olhos em ambientes com muita luz: A criança pode fechar um dos olhos para evitar a visão dupla.
  • Inclinação da cabeça para enxergar melhor: A criança inclina a cabeça para compensar o desalinhamento ocular.
  • Dificuldade em focar objetos: A criança pode ter dificuldade em acompanhar objetos em movimento.
  • Visão dupla (diplopia): A criança pode enxergar duas imagens do mesmo objeto.
  • Baixa visão em um dos olhos (ambliopia): O olho desviado pode apresentar baixa visão devido à supressão da imagem pelo cérebro.

Diagnóstico de Estrabismo

O diagnóstico de estrabismo é feito por um oftalmologista pediátrico através de um exame oftalmológico completo, que inclui:

  • Avaliação do alinhamento ocular: O médico observa a posição dos olhos da criança em diferentes posições do olhar.
  • Teste do reflexo corneano: Avalia a simetria do reflexo luminoso na córnea de cada olho.
  • Teste de cobertura: O médico cobre um olho de cada vez para observar a movimentação do outro olho.
  • Avaliação da refração: Determina a presença de erros refrativos (miopia, hipermetropia, astigmatismo).

Tratamentos para Estrabismo Infantil

O tratamento para estrabismo infantil varia de acordo com a causa, a gravidade e o tipo de desalinhamento. As principais opções incluem:

  • Óculos: Corrigem erros refrativos, melhorando o alinhamento e prevenindo a ambliopia. A criança pode precisar usar óculos o tempo todo ou apenas para determinadas atividades.

  • Tampão Ocular: Oclusão do olho mais forte para estimular o desenvolvimento do olho mais fraco. A frequência e duração variam conforme a gravidade da ambliopia. É fundamental a adesão da criança e da família a este tratamento, que pode ser desafiador.
  • Toxina Botulínica: Injeções para enfraquecer músculos oculares hiperativos, melhorando o alinhamento. Em alguns casos, o efeito é permanente; em outros, o tratamento deve ser repetido.
  • Cirurgia: Corrige o desalinhamento muscular, geralmente recomendada após as outras opções terapêuticas ou em casos com indicações específicas. A cirurgia costuma ser segura e eficaz.

Quanto tempo usar o tampão?

O tempo de uso do tampão ocular varia de acordo com a gravidade da ambliopia e a resposta da criança ao tratamento. O oftalmologista determinará a frequência e a duração do uso do tampão, que pode variar de poucas horas por dia a períodos mais prolongados.

Qual a melhor idade para fazer cirurgia de Estrabismo?

A idade ideal para cirurgia de estrabismo varia de acordo com tipo de estrabismo. Em alguns casos, é realizada próximo aos 12 meses de idade. Em outros, na criança maior, ou até na adolescência. Os adultos também podem ser submetidos à cirurgia para correção de estrabismo.

Qual a duração da Cirurgia de Estrabismo?

A cirurgia de estrabismo é geralmente realizada no hospital, com duração média de 1 a 2 horas, dependendo da complexidade do caso e também de quantos músculos oculares serão operados.

Pós-Operatório da Cirurgia de Estrabismo: Recuperação e Cuidados

Após a cirurgia, a criança pode apresentar vermelhidão, inchaço e desconforto nos olhos. O oftalmologista prescreverá colírios ou pomadas para ajudar na recuperação e prevenir infecções. É importante seguir as recomendações médicas quanto à higiene ocular, uso de medicamentos e retorno às atividades normais.

Conclusão

O estrabismo infantil é uma condição que requer atenção e tratamento precoce para evitar complicações na visão da criança. Com diagnóstico e tratamento adequados, a maioria das crianças com estrabismo pode alcançar um bom alinhamento ocular e um desenvolvimento visual saudável. É fundamental que os pais estejam atentos aos sinais de estrabismo e procurem um oftalmologista pediátrico para avaliação e acompanhamento

A jornada escolar é um marco na vida de qualquer criança, repleta de desafios e aprendizados. Para que essa jornada seja proveitosa, é crucial que o desenvolvimento da criança seja completo, incluindo a saúde visual. É comum, porém, que pais e educadores se questionem sobre a relação entre dificuldades de aprendizagem e problemas de visão.

Neste artigo, exploraremos essa relação complexa e crucial, desvendando mitos e oferecendo informações relevantes para garantir o desenvolvimento pleno de cada criança.

A Visão: Uma Janela para o Mundo da Aprendizagem

Imagine uma criança tentando ler um texto com letras borradas ou acompanhando um professor, com dificuldade em enxergar o quadro. Essa experiência, que pode parecer trivial, pode gerar frustração e impactar o aprendizado de forma significativa.

A visão, além de ser fundamental para a interação com o mundo, desempenha um papel crucial no processo de aprendizagem. Através da visão, a criança recebe informações sobre o ambiente, reconhece formas, cores, letras e números, desenvolve habilidades motoras finas para atividades como escrita e desenho, e compreende a linguagem corporal, essencial para a comunicação. A visão é o ponto de partida para o principal método de aprendizagem: reproduzir o exemplo com base na observação.

Problemas de Visão Comuns que Podem Afetar o Aprendizado:

A relação entre dificuldades de aprendizagem e visão é complexa e envolve uma série de fatores. A seguir, exploraremos alguns dos problemas visuais mais comuns em crianças que podem impactar o desempenho escolar:

  • Ambliopia (Olho Preguiçoso): Essa condição ocorre quando um olho não se desenvolve adequadamente, levando a uma perda de visão. A criança pode apresentar dificuldade em enxergar com o olho afetado, o que pode resultar em problemas com a percepção de profundidade, coordenação olho-mão e dificuldade em acompanhar textos, impactando a leitura e a escrita.
  • Estrabismo (Desvio dos Olhos): Quando os olhos não se alinham corretamente, a criança pode ter dificuldade em usar os dois olhos em conjunto (visão binocular). Isso pode levar à visão dupla, fadiga ocular, dificuldade de concentração e problemas com a percepção de profundidade, dificultando a leitura, escrita e a participação em atividades que exigem visão binocular adequada, como esportes.
  • Erro de Refração (Miopia, Hipermetropia, Astigmatismo): Esses erros de refração são problemas comuns que podem afetar a capacidade da criança de enxergar claramente à distância ou de perto. A miopia, por exemplo, dificulta a visão à distância, enquanto a hipermetropia dificulta a visão de perto. O astigmatismo causa distorção na visão, impactando a nitidez das imagens. Se não corrigidos, esses erros podem gerar fadiga ocular, dores de cabeça, dificuldade de concentração e desinteresse na leitura, impactando o desempenho escolar.
  • Deficiência Visual: A deficiência visual pode variar em grau, desde a baixa visão até a cegueira. Crianças com deficiência visual podem ter dificuldade em realizar atividades que envolvam a visão, como ler, escrever, realizar atividades de arte e participar de jogos que exigem boa visão.
  • Dislexia: Embora não seja um problema de visão, a dislexia é um distúrbio de aprendizagem que afeta a habilidade de ler e escrever, e que pode estar associada a dificuldades na percepção visual de letras, na distinção entre letras semelhantes e na memória visual. O acompanhamento com oftalmologista infantil vai esclarecer qual é a real dificuldade ou problema da criança, evitando diagnósticos equivocados.

Sintomas que Devem Alertar Pais e Educadores:

Alguns sinais podem indicar a presença de problemas de visão em crianças que afetam o aprendizado:

  • Dificuldade em acompanhar textos: A criança pode apresentar dificuldade em acompanhar as linhas de um livro, ter a impressão de que as letras estão tremidas ou saltar, ou cansar facilmente durante a leitura.
  • Desconforto ocular: Sensação de coceira, vermelhidão, lacrimejamento, sensibilidade à luz ou dores de cabeça podem indicar fadiga ocular, que pode estar relacionada a problemas de visão.
  • Distância inadequada para leitura e escrita: A criança pode sentar-se muito perto ou muito longe do material para ter uma boa visão.
  • Dificuldade em enxergar o quadro: A criança pode apresentar dificuldade em ler o que está escrito no quadro ou reclamar que as letras estão borradas ou pequenas demais.
  • Problemas com a coordenação olho-mão: Dificuldade em escrever, desenhar, pegar objetos pequenos ou realizar atividades que exigem precisão com as mãos podem indicar problemas de visão que afetam a coordenação.
  • Desinteresse pela leitura e escrita: A criança pode demonstrar desinteresse em atividades que envolvem a leitura e escrita, evitando-as ou apresentando dificuldade em se concentrar nessas tarefas.

Prevenção e Diagnóstico Precoce: Chaves para o Sucesso Escolar

É fundamental que a saúde visual da criança seja acompanhada desde cedo, a fim de prevenir e tratar qualquer problema que possa surgir. A visita ao oftalmologista deve ser realizada periodicamente, já na primeira infância.

Exames oftalmológicos completos, realizados por um profissional especializado, são essenciais para detectar problemas visuais e oferecer o tratamento adequado. A avaliação do oftalmologista, além de verificar a acuidade visual, avalia a saúde dos olhos, a capacidade de visão binocular e a presença de outros problemas que possam afetar o aprendizado.

Tratamento e Intervenção:

O tratamento para problemas de visão depende do tipo de alteração identificada. Pode incluir o uso de óculos ou lentes de contato para corrigir erros de refração, exercícios para fortalecer a visão e estimular a coordenação olho-mão, terapia ocupacional para desenvolver habilidades motoras finas e tratamento para condições como ambliopia e estrabismo.

O Papel Essencial dos Pais e Educadores:

Pais e educadores desempenham um papel fundamental na detecção e tratamento de problemas visuais em crianças. Observar os sintomas mencionados acima, manter acompanhamento médico regular e comunicar as dificuldades da criança ao oftalmologista e aos professores são medidas importantes para garantir o desenvolvimento pleno do aprendizado.

Conclusão:

A visão é um dos sentidos mais importantes para o aprendizado e o desenvolvimento da criança. Problemas visuais podem impactar negativamente o desempenho escolar, levando a frustração, dificuldades de concentração, baixo rendimento e até mesmo a desistência dos estudos.

É fundamental que pais, educadores e profissionais de saúde trabalhem em conjunto para garantir a saúde visual das crianças, detectando problemas precocemente, realizando o tratamento adequado e promovendo um ambiente escolar que atenda às necessidades de cada aluno.

Investir na saúde visual da criança é investir em seu futuro, garantindo que ela tenha as ferramentas necessárias para alcançar seu potencial máximo e construir um futuro brilhante.