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Portal sobre Oftalmologia Infantil e Estrabismo

Neste portal você encontrará, informações sobre causas, consequências e tratamentos.   Relacionado a saúde ocular. Todo feitos por um referência nacional em oftalmologia infantil e estrabismo.

A oftalmologista infantil Dra. Iara Debert

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Oftalmologia Infantil

Estrabismo

A catarata congênita é uma condição que atinge a visão das crianças desde o nascimento, representando um desafio significativo para o desenvolvimento visual e, consequentemente, interferindo na qualidade de vida. Entender a natureza dessa condição, suas causas e consequências, é crucial para oferecer tratamento adequado aos pequenos, permitindo-lhes um futuro promissor.

Olhar Turvo

A catarata congênita, também conhecida como catarata infantil, surge quando o cristalino, a lente natural do olho, perde sua transparência e se torna opaco. Isso impede a passagem da luz para a retina, afetando a visão progressivamente. A opacidade do cristalino, se assemelha a um véu que vai obscurecendo a visão, impedindo a formação de imagens nítidas, o que compromete a percepção visual do mundo.
Para entender melhor a catarata congênita, imagine o cristalino como a lente de uma câmera. Em condições normais, ele focaliza a luz na retina, permitindo que a imagem seja captada e transmitida ao cérebro. No entanto, com a opacidade, a luz é bloqueada ou distorcida, resultando em imagens embaçadas ou distorcidas, como se a câmera estivesse desfocada.

Causas da Catarata Congênita


As causas da catarata congênita são diversas, podendo ser hereditárias ou adquiridas durante a gestação. A causa hereditária está relacionada a mutações em genes específicos que são transmitidas geneticamente. Diversos genes podem estar envolvidos, e a herança pode ser autossômica dominante ou recessiva, dependendo do gene que sofreu a mutação.
As causas não genéticas, por sua vez, são mais complexas, incluindo uma série de fatores que podem impactar o desenvolvimento normal do cristalino durante a gestação.

O Impacto da Catarata Congênita na Visão da Criança


A catarata congênita, se não tratada, pode ter consequências sérias para a visão da criança, afetando seu desenvolvimento e qualidade de vida. As principais consequências incluem:


• Ambliopia (Olho Preguiçoso): A ambliopia, ou olho preguiçoso, ocorre quando o cérebro não recebe informações nítidas de um dos olhos devido à catarata. O cérebro, então, “desliga” o olho afetado, priorizando o olho com visão normal. Se não tratada, a ambliopia pode resultar em perda permanente da visão no olho afetado.


• Estrabismo (Desvio dos Olhos): O estrabismo, ou desvio dos olhos, pode ocorrer devido à falta de coordenação visual causada pela catarata. A criança pode apresentar um ou ambos os olhos desviados, o que pode afetar a percepção de profundidade e dificultar a realização de tarefas que exigem visão binocular, como ler e praticar esportes.


• Nistagmo (Movimento Involuntário dos Olhos): O nistagmo, caracterizado por movimentos involuntários e rápidos dos olhos, pode ocorrer em alguns casos de catarata congênita. O nistagmo pode dificultar a fixação do olhar e a visão clara.


• Retardo no Desenvolvimento Visual: A catarata congênita impede que a criança receba os estímulos visuais necessários para o desenvolvimento normal da visão. A falta de estímulos visuais pode levar a um retardo no desenvolvimento visual, afetando a acuidade visual, a percepção de cores e a capacidade de reconhecer formas e objetos.


• Dificuldades de Aprendizagem: A catarata congênita, em casos mais severos, pode impactar o desenvolvimento cognitivo e social da criança. Dificuldades de aprendizagem, problemas de atenção e dificuldades de interação social podem estar relacionados à deficiência visual.

Tratamento da Catarata Congênita


O diagnóstico de catarata congênita é dado por um médico oftalmologista, por isso é importante que, além do pediatra, a criança tenha o acompanhamento de um oftalmologista infantil.
O tratamento da catarata congênita consiste na cirurgia para remover o cristalino opaco e implantar uma lente intraocular artificial. A cirurgia, geralmente realizada com anestesia geral, é um procedimento seguro e eficaz, com excelentes resultados.

A cirurgia é um procedimento delicado que requer habilidade e expertise. É realizada por um oftalmologista especializado em cirurgia de catarata em crianças. O procedimento envolve a remoção do cristalino opaco através de uma pequena incisão. Após a remoção do cristalino, uma lente intraocular artificial é implantada no local, restaurando a visão sem obstrução.

Importância da Intervenção Precoce:


A intervenção precoce é crucial para garantir o sucesso do tratamento da catarata congênita e evitar as consequências negativas para a visão da criança. A cirurgia deve ser realizada o mais rápido possível, preferencialmente nos primeiros meses de vida, antes que a ambliopia se desenvolva.

Acompanhamento Pós Cirúrgico:


Após a cirurgia, o acompanhamento médico regular com o oftalmologista é essencial. O oftalmologista infantil monitorará a visão da criança, pois, mesmo após a cirurgia, ela ainda poderá desenvolver algum problema visual. Com o acompanhamento, o oftalmologista poderá rapidamente diagnosticar e prescrever óculos ou outro tratamento necessário.

Reabilitação Visual:


Em alguns casos, após a cirurgia, a criança pode precisar de terapia de reabilitação visual para desenvolver suas habilidades visuais e se adaptar à nova visão. A terapia de reabilitação visual pode incluir exercícios para os olhos, estimulação visual e treinamento para desenvolver a coordenação visual.

Conclusão:
A catarata congênita representa um desafio para o desenvolvimento visual, mas com o tratamento adequado e o acompanhamento especializado, as crianças podem ter uma visão normal e um futuro promissor. A detecção precoce, o tratamento cirúrgico realizado em tempo hábil e a reabilitação visual são fundamentais para garantir que a criança tenha a oportunidade de explorar o mundo com olhos saudáveis e uma visão clara.

Informações Adicionais:

• A catarata congênita é uma condição rara, mas é importante estar atento aos sinais e sintomas. Se você suspeitar que seu filho pode ter catarata congênita, consulte um oftalmologista.

• Existem diversas organizações e instituições que oferecem apoio e recursos para crianças com catarata congênita e suas famílias.

• A pesquisa e a inovação médica estão continuamente buscando novos métodos de tratamento e prevenção da catarata congênita.

Este texto foi escrito para fins informativos e não substitui a orientação médica profissional. Consulte sempre um oftalmologista para obter informações e tratamento específicos. A OIE conta com oftalmologistas infantis especializados para atender sua necessidade. Agende uma consulta!

Resumo: Os óculos de grau são instrumentos que nos auxiliam a enxergar melhor. As lentes corrigem o grau, mas não alteram seus olhos ou visão. Usa-las não fará com que o problema regrida. Da mesma forma que não as usar não agravará a miopia ou astigmatismo, por exemplo. Durante a leitura do artigo você vai entender sobre os tratamentos com óculos de grau, colírio de atropina e cirurgias para os problemas de visão mais comuns na infância e fase adulta.

Óculos de grau são acessórios comuns no rosto das pessoas. Para muitos, seu uso é indispensável. Para quem necessita de baixo grau de correção, é frequente dispensar (ou esquecer!) de usar os óculos, mas certamente já ouviu de alguém que, se não usar os óculos, o grau aumenta.

Deixar de usar óculos de grau quando forem recomendados pode ocasionar inconvenientes e desconfortos. Além, claro, da dificuldade para enxergar. Esses problemas podem ser:

  • Dor de cabeça
  • Dor nos olhos
  • Mal-estar

Apesar de frequentemente estarem relacionados ao aumento do grau, esses sintomas não apresentam ligação direta com o não uso dos óculos. A progressão do grau acontece por mudanças nos olhos durante o seu amadurecimento, período que vai do nascimento até, em média, os 17 anos. Portanto, é extremamente recomendado que crianças façam exames oftalmológicos de rotina e sejam acompanhadas por um oftalmologista infantil, mesmo sem grandes queixas sobre a visão.

Em alguns casos, a mudança de grau e o aumento do desconforto ocular podem estar associados ao uso excessivo de telas luminosas e diminuição de atividades ao ar livre.

Quando é recomendado usar óculos?

As causas mais comuns para o uso de óculos são:

  • Miopia (dificuldade para enxergar longe)
  • Hipermetropia (dificuldade para enxergar perto)
  • Astigmatismo (transtorno de refração)
  • Presbiopia (envelhecimento natural dos olhos)

Os óculos de grau também são recomendados em casos de estrabismo, um distúrbio que altera o alinhamento dos olhos, fazendo com que cada olho aponte para uma direção diferente, comprometendo o paralelismo entre os olhos. Esse distúrbio pode aparecer em qualquer fase da vida, desde bebês pequenos até idosos, porém é mais frequente na infância. O estrabismo ocorre em cerca de 3% das crianças, e, se o tratamento não for precoce, pode haver alguma perda de visão.

Hipermetropia e presbiopia acometem mais comumente a população adulta. Estima-se que cerca de 30% dos adultos e 70% dos idosos têm a necessidade de usar óculos de grau em decorrência desses transtornos de visão.

Miopia é um problema considerado comum e acomete grande parcela da população infantil e adulta. A miopia atrapalha a visão de longe e, em grande parte da população afetada, não é grave e não apresenta riscos. O uso de óculos corretivos é o principal tratamento, mas, como vimos, eles não interferem na progressão ou regressão do grau. A miopia manifesta-se, em média, aos 7 anos de idade, quando o crescimento da criança pode estar acompanhado do alongamento dos olhos, e evolui, comumente, até os 17 anos de idade.

Existe tratamento para controlar a progressão de grau?

Em casos de miopia que progride durante a infância, o tratamento com colírio de atropina controla a progressão do grau. Esse colírio é utilizado, em diferentes concentrações, para dilatar a pupila para exames de rotina, para tratamentos em casos de ambliopia (popularmente conhecida com olho preguiçoso) ou tratamento para controlar a progressão de grau em crianças míopes.

O tratamento com colírio de atropina é indicado apenas para crianças pois ele controla a progressão de grau, isso só é possível enquanto o olho ainda está em desenvolvimento (até, em média, os 17 anos). Após a estabilização do grau, apenas o uso dos óculos de grau, lentes de contato ou, em alguns casos, a cirurgia de correção, podem ajudar.

É importante frisar que o colírio não tem a capacidade de curar a miopia ou eliminar a necessidade do uso dos óculos. O tratamento apenas controla a progressão do grau. A cirurgia pode, na maioria dos casos, eliminar a necessidade do uso de óculos, porém, existem situações que a cirurgia somente reduz o grau. Converse com seu oftalmologista para entender qual a sua necessidade, indicação e possíveis resultados com cada tratamento.

Não quero usar óculos. Qual a alternativa?

O uso dos óculos corretivos prescritos pelo oftalmologista é o tratamento mais simples e seguro para todos os problemas de visão mencionados nesse artigo. Outros tratamentos com a mesma função são: lentes de contato ou procedimentos cirúrgicos. As cirurgias não são indicadas para todos os casos ou pessoas. Para saber qual o melhor tratamento para você ou seu filho, é necessário consultar o médico oftalmologista.

Lentes de grau

Existem muitos tipos de lentes de grau: monofocal, multifocal, com antirreflexo, e com filtros. A lente e o grau são diferentes para cada problema, ou problemas, pois, é frequente uma mesma pessoa ter diferentes transtornos de visão, como miopia e astigmatismo, por exemplo. Já o antirreflexo e os filtros são utilizados para maior conforto.

Posso compartilhar óculos e lentes?

A receita dos óculos é pessoal e feita de acordo com a necessidade específica de cada um. Mesmo que familiares ou amigos apresentem sintomas semelhantes, o problema ou grau de correção necessário podem ser muito diferentes, sendo assim, cada pessoa deve ter seus próprios óculos ou lentes de contato. Lembrando que, ao usar lentes de contato de outras pessoas, você corre o risco de ser infectado por bactérias ou fungos. Fique atento!

Conclusão: Deixar de usar óculos de grau não vai fazer com que o grau aumente, mas é importante conhecer o problema, os tratamentos e as soluções disponíveis para cada caso. Agende sua consulta na Clínica OIE e cuide da saúde dos seus olhos.